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Citroën C4 Cactus 1.2 PureTech 110 Auto Shine

Artigo
Citroën C4 Cactus 1.2 PureTech 110 Auto Shine

Visão geral
Marca:

Citroën

Modelo:

C4 Cactus

Versão:

1.2 PureTech 110 Auto Shine

Ano lançamento:

2018

Segmento:

Utilitários

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.2

Pot. máx. (cv/rpm):

110/5500

Vel. máx. (km/h):

188

0-100 km/h (s):

10,9

Consumos (l/100 km):

4,6/5,3/6,4
(Extra-urbano/Combinado/Urbano)

CO2 (g/km):

119

PVP (€):

23 057/25 782 (unidade testada)

Gostámos

Conforto de marcha, Consumos, Habitabilidade, Originalidade interior, Equipamento, Preço competitivo

A rever

Vidros traseiros de abertura a compasso, Detalhes de construção, Imagem mais madura mas menos arrojada

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Qualidade geral
6.0
Interior
7.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
8.0
Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
8.0
Conforto
9.0
Equipamento
8.0
Garantias
7.0
Preço
7.0
Se tem pressa...

Mesmo tendo perdido alguma da sua originalidade, não restam dúvidas de que o (profundamente) revisto C4 Cactus amadureceu, evoluiu em quase todos os domínios e é um melhor automóvel do que o seu antecessor. A versão 1.2 PureTech é a única a poder montar caixa de velocidades automática, responsável por um substancial aumento do conforto e agrado de condução para quem a puder pagar

7.6
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Declaração de interesse: em termos de estilo como de conceito, pela ousadia da forma como da própria Citroën em enveredar por tal caminho, sempre fui admirador confesso da geração original do C4 Cactus, lançada em 2014. Mesmo sabendo que esta esteve sempre longe de ser a criação mais consensual da casa do double chevron – embora também se possa questionar quantas, no seu próprio tempo, o foram realmente entre as que marcaram uma época…

Por isso, à partida para o teste do novo C4 Cactus 1.2 PureTech 110 Auto Shine, a única variante de transmissão automática do profundamente renovado utilitário francês, estava assumidamente longe de ser fã do rumo seguido pela Citroën nesta alteração de meio de ciclo. Uma proposta, por um lado, muito mais personalizável, é um facto, seguramente menos associada ao conceito low cost, e também menos aparentada com um SUV (com o C3 Aircross a assumir, agora, tal papel neste segmento na gama do fabricante gaulês); mas em que esta superior maturidade e maior refinamento também redundaram num automóvel que me é visualmente menos apelativo, porque decididamente menos irreverente e disruptivo.

Porventura mais consensual, o renovado C4 Cactus perdeu, sem dúvida, boa parte da originalidade e irreverência do modelo original

Porventura mais consensual, o renovado C4 Cactus perdeu, sem dúvida, boa parte da originalidade e irreverência do modelo original

Na prática, o renovado C4 Cactus, para ganhar uma maior abrangência, que até levou à descontinuação do C4 “normal”, adopta uma estética que, não sendo, propriamente, banal, é original apenas o quanto baste para se destacar de toda a concorrência, sendo tal a diferença para o seu antecessor, que deste herdou não mais do que 10% dos painéis da carroçaria. Termos como crossover deixaram de fazer parte do seu léxico comunicacional, em favor de outros como berlina, pelo caminho tendo ainda perdido as barras de tejadilho e, principalmente, as controversas, mas inconfundíveis, almofadas de ar Airbumps, agora montadas na base das portas e reduzidas à sua mínima expressão, em termos visuais como de utilidade, sendo pouco mais do que meramente decorativas e recordação de um passado cada vez mais distante.

Felizmente que a evolução operada no C4 Cactus foi tal que está longe de se limitar à aparência exterior. O habitáculo, com uma aparência, também ela, mais madura e refinada, começa por se impor pelo muito atraente padrão dos bancos, a fazer lembrar modelos de outras eras.  O tablier minimalista, esse, continua a ser o mais original do segmento, a que há que juntar, na unidade ensaiada, o ambiente interior Metropolitan Red, composto pelo tablier e extremos dos bancos de tonalidade avermelhada.

Este é um opcional importante por incluir, ainda, os novos e amplos bancos dianteiros Advanced Comfort, com regulação em altura (e também do apoio lombar para o condutor), agora independentes e dotados de espumas de diferentes densidades – a que reveste a primeira camada mais branda; o núcleo recorrendo a uma outra, de alta densidade, para evitar o cansaço numa utilização mais prolongada. Indubitavelmente mais macios e confortáveis no dia-a-dia, pecam, todavia, pela falta de apoio lateral e por uma excessiva brandura que acabam por penalizar quem os ocupa nas deslocações mais longas, ao contrário do que seria o seu objectivo.

A decoração interior é um primor de elegância e originalidade, e o padrão dos bancos é delicioso. Pena que a qualidade geral não tenha evoluído em conformidade

A decoração interior é um primor de elegância e originalidade, e o padrão dos bancos é delicioso. Pena que a qualidade geral não tenha evoluído em conformidade

De resto, a habitabilidade continua a ser bastante desafogada, inclusivamente atrás, e a bagageira oferece uns razoáveis 358 litros de capacidade, naturalmente ampliáveis mediante o rebatimento assimétrico do banco traseiro, no caso, até uns significativos 1170 litros. O que merecia ser revisto, até por contrariar a qualidade do design interior, é a sofrível qualidade da esmagadora maioria dos materiais utilizados, e respectiva montagem, assim como a ausência recorrente do conta-rotações num painel de instrumentos excessivamente minimalista, e os vidros traseiros de abertura apenas a compasso.

Já ocupando o melhor lugar a bordo, é tempo de conhecer um dos principais trunfos do novo C4 Cactus: o conforto substancialmente melhorado, de tal modo que este passou a ser, sem sobra de dúvida, o mais confortável representante da sua classe. Até o conforto acústico também aumentou de forma evidente, por via da utilização de maior quantidade de material fonoabsorvente, de um pára-brisas acústico e de vidros laterais mais espessos. Contudo, a must do renovado C4 Cactus são mesmo os amortecedores progressivos com um batente hidráulico PHC em cada um dos seus extremos, conceito nascido na competição, que pretende recriar, através de um sistema muito menos complexo e oneroso, a mítica suspensão hidropneumática da Citroën.

Sucintamente, o princípio de funcionamento desta solução assenta num amortecimento suave, para absorver as irregularidades de alta frequência (desníveis do piso, estradas de empedrado), que vai progressivamente ficando mais firme, para controlar os movimentos de maior amplitude. O que é assegurado pela passagem de óleo por orifícios de diâmetro cada vez menor, à medida que curso do amortecedor se esgota, com o batente hidráulico, que, em compressão, ao absorver energia, ao invés de apenas a dissipar, a impedir o efeito de ricochete no final do referido curso.

O conforto de marcha é "só" o mais elevado da classe, decido à nova e eficiente suspensão com batentes hidráulicos progressivos

O conforto de marcha é “só” o mais elevado da classe, decido à nova e eficiente suspensão com batentes hidráulicos progressivos

Mesmo com pneus de baixo perfil, o sistema funciona de forma convincente, garantindo ao C4 Cactus um conforto digno dos invejáveis pergaminhos da Citroën neste particular, e uma capacidade para enfrentar as irregularidades como nenhum outro neste segmento, com a direcção e a embraiagem leves a facilitarem a condução em cidade, que é onde a maioria deverá passar boa parte do seu tempo. Obviamente que nem tudo são vantagens: prova de que o C4 Cactus não foi feito para grandes correrias, adoptar ritmos mais intensos, em traçados mais sinuosos, implica ter que lidar com movimentos de carroçaria que podiam ser melhor controlados, devido ao acentuado adornar em curva e aos pneus Goodyear Efficient Grip, de medida 205/50R17, mais vocacionados para poupar combustível do que para garantir a máxima aderência.

Quando assim acontece, as reações são menos progressivas do que o ideal, e fica patente a tendência para a subviragem, embora a agilidade da anterior geração se mantenha: basta levantar o pé para fazer rodar um pouco a traseira com toda a naturalidade, ,lamentando-se que que a calibragem excessivamente conservadora do controlo electrónico de estabilidade (impossível de desligar) impeça os mais atrevidos de tirar melhor partido deste trunfo. Fora de estrada, e provando que Citroën ainda não foi ao ponto de cortar por completo com as origens, a altura ao solo de 155 mm até permite algumas pequenas aventuras, devendo quem pretender ir mais longe eleger, por €300 adicionais, o opcional controlo de tracção otimizado Grip Control.

Para o motor de três cilindros sobrealimentado 1.2 PureTech, com 110 cv, sobram elogios: suave e silencioso, continua a ser um dos melhores da sua categoria, cumprindo, e bem, com o que se lhe exige. Bastante disponível a baixo e médio regime, e exibindo um maior fulgor acima das 3000 rpm, anda bem e gasta pouco, oferece uma sonoridade interessante e garante prestações de bom nível (no que é ajudado por um peso do conjunto inferior a 1100 kg), tudo concorrendo para uma condução fácil e descontraída na maioria das situações.

Não sendo este o modelos mais eficaz do segmento, a condução do C4 Cactus é fácil e segura, as prestações de bom nível e os consumos comedidos

Não sendo este o modelos mais eficaz do segmento, a condução do C4 Cactus é fácil e segura, as prestações de bom nível e os consumos comedidos

Os consumos são bastante razoáveis na maioria das situações, e até podem ser melhorados mediante o recurso ao comando manual em sequência (no punho da caixa, já que não existem patilhas no volante) para antecipar as desmultiplicações. Seja como for, sem grandes preocupações, e mesmo em ritmos mais dinâmicos, a média ronda os 8,5 l/100 km, e mesmo já perto limites tende a ficar aquém dos 10 l/100 km, o que não deixa de ser digno de registo para um modelo a gasolina com este nível de performances.

Já a caixa automática de seis velocidades, que não acrescenta mais do que 40 kg ao peso do conjunto, “casa” muito bem com o motor, mostrando-se rápida, suave e inteligente na generalidade das situações, sendo, por isso, uma mais-valia a ter em conta, em especial no perímetro urbano, por tornar a condução bem mais cómoda. A questão é saber se, num modelo que prima por um preço competitivo (€23 057 euros nesta versão com nível de equipamento de topo), esta será a opção mais procurada pela maioria para investir €1600 euros adicionais num automóvel que, com caixa manual, nesta configuração, pode ser adquirido por poucos mais de €20 000, e que, na sua versão de acesso, com a mesma motorização, orça em cerca de €19 000. A questão é tanto mais pertinente quanto se atenta que, para quem a transmissão manual não seja um óbice, o C4 Cactus animado pela versão de 130 cv deste mesmo motor custa só mais €800.

Cada qual faça as suas contas, mas imperioso é lembrar que, sejam quais forem os valores em questão, aos mesmos deverá ser aplicado um desconto de €3000, o atribuído pela Citroën enquanto durar a campanha que presentemente tem em vigor para o lançamento do renovado C4 Cactus. Valor que pode muito bem ser aproveitado para aumentar a segurança através dos opcionais sistemas de auxílio à condução, como acontecia na C4 Cactus aqui analisado, dotado do Pack  Drive Assist (por €550, inclui a travagem autónoma de emergência, o alerta de saída involuntária da faixa de rodagem, os alerta de atenção e fadiga do condutor, e o sistema de leitura de sinais de trânsito) e do sistema de monitorização do ângulo morto (€675).

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Cruise control+limitador de velocidade
Banco do condutor regulável em altura+apoio lombar
bando do passageiro regulável em altura
Banco traseiro rebatível 60/40
Pedaleira em alumínio
Volante em pele multifunções regulável em altura+profundidade
Direcção com assistência eléctrica variável
Rádio com ecrã táctil de 7"+6 altifalantes+tomada USB
Citroën Connect Box com Pack SOS+assistência
Mãos-livres Bluetooth
Mirror Screen (Apple CarPlay+Android Auto+MirrorLink)
Sistema de navegação
Vidros eléctricos dianteiros
Vidros traseiros escurecidos
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Luzes diurnas por LED
Sensores de estacionamento dianteiros+traseiros
Sensor de luz+chuva
Faróis de nevoeiro com função de curva
Jantes de liga leve de 17"
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit anti-furo

Pack Shine (€550 – inclui: Pack City Camera Plus+acesso/arranque sem chave)
Ambiente Metropolitan Red (€450 – inclui: banco do condutor com regulação do apoio lombar+banco do passageiro com regulação em altura)
Pack Drive Assist (€550 – inclui: Travagem autónoma de emergência+AFIL+alerta de saída involuntária da faixa de rodagem+alerta de atenção do condutor+alerta de fadiga do condutor+sistema de leitura de sinais de trânsito)
Sistema de monitorização do ângulo morto (€675)
Pintura nacarada (€750)

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zyrgon