Dendobrium: o hiperdesportivo eléctrico de Singapura
O (anunciado) advento do automóvel eléctrico parece ser, também, o de uma nova e extensa geração de superdesportivos e hiperdesportivos – pelo menos a avaliar pela quantidade de protótipos e modelos deste género que, quase em catadupa, tem vindo a ser revelada nos últimos tempos. Claro que há razões que ajudam a perceber o fenómeno: de marketing (os super/hiperdesportivos tendem a ser mais “sexy” e chamativos do que as propostas mais racionais), comerciais (é sempre mais fácil vender uma mão cheia de modelos com potências surreais a valores astronómicos, do que largos milhares, ou até milhões, de automóveis destinados ao comum mortal) e, até, de espaço (num automóvel de porte considerável, em que viajarão, no máximo, duas pessoas, será menos complicado instalar baterias capazes de assegurar uma autonomia digna desse nome do que num modelo compacto que tenha que transportar uma família e respectivos pertences).
Mas as coisas são como são, e os hiperdesportivos eléctricos chegam de quase todas as latitudes. Até mesmo de Singapura, com a Vanda Electrics a eleger o Salão de Genebra para revelar o Dendrobium, um protótipo de linhas radicais, que adopta o mesmo nome de uma orquídea do seu país natal.
E não por acaso. Além do exotismo das linhas exteriores, este exótico bilugar promete oferecer um sistema automático de operação das portas e do tejadilho, de abertura sincronizada, a fazer lembrar… uma orquídea totalmente aberta. A isto há a juntar um interior dominado pela fibra de carbono e pelo couro genuíno.
Parceira da Vanda Electrics, a Williams Advanced Engineering, a divisão de engenharia da Williams, terá dado um contributo determinante para o desenvolvimento do Dendrobium, ao ter sido responsável pela aerodinâmica, pelas estruturas leves e pela integração dos elementos mecânicos. Quanto ao motor, nada foi adiantado pela empresa de Singapura para além de que o motor contará “com os mais recentes desenvolvimentos em termos de motorizações eléctricas”, mas alguns rumores apontam para uma potência na casa dos 1500 cv, para uma velocidade máxima superior a 300 km/h e para uma aceleração 0-100 km/h cumprida em cerca de 2,5 segundos.
Garantido é que o exemplar exposto na mostra helvética será apenas um protótipo, essencialmente destinado a dar a conhecer o construtor oriental e as suas valências, e a recolher sugestões que deverão utilizadas em futuros projectos, também eles a desenvolver com a Williams. É que, por ora, a Vanda Electrics tem como cartões de visita apenas dois veículos eléctricos: um pequeno comercial com 100 quilómetros de autonomia e 40 km/h de velocidade, e uma scooter com não mais do que 60 km de autonomia.
