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Elon Musk confirma regresso do Roadster à gama da Tesla

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Elon Musk confirma regresso do Roadster à gama da Tesla

A Tesla é, hoje, um verdadeiro fenómeno de popularidade, e uma das raras novas marcas de automóveis que, de há muito tempo a esta parte, conseguiu abalar a chamada indústria tradicional, há largos anos dominada, basicamente, pelos mesmos construtores. E se outras alterações relevantes houve neste panorama, na sua maioria decorreram de aquisições feitas por “outsiders” de nomes perfeitamente firmados no sector – como a compra a Volvo por parte dos chineses da Geely, ou da Jaguar e da Land Rover pela Tata, só para dar os exemplos, porventura, mais emblemáticos.

Actualmente, a maioria reconhecerá a Tesla como uma marca que se apresenta no mercado com uma gama composta por propostas marcadas por um inequívoco carácter prático. Todas eléctricas, todas de cariz familiar: a berlina Model S, o SUV Model X e o futuro Model 3, a berlina de médio porte que começará a ser vendida a partir do próximo ano. Tudo modelos (extremamente) velozes, é um facto, mas, ainda assim, vincadamente racionais.

Mas nem sempre foi assim. Bem pelo contrário. O que trouxe a casa de Palo Alto para a ribalta foi mesmo um automóvel que apelava, acima de tudo, aos sentidos. Corria o ano de 2008 quando a, então, desconhecida Tesla lançou no mercado o Roadster, um desportivo de dois lugares sem tejadilho de propulsão eléctrica que, na sua essência, se pode definir como um Lotus Elise em que o motor de combustão deu lugar a um motor eléctrico alimentado por um conjunto de baterias.

Embora, ainda hoje, a marca californiana disponibilize actualizações várias e regulares para o modelo, as vendas do Roadster terminaram em 2012. Originalmente com uma autonomia na casa dos 320 quilómetros (as unidades de produção mais recente já ofereciam um pouco mais), não ficou, propriamente, conhecido pela sua eficácia dinâmica (o elevado peso que lhe era imposto pelas baterias dificilmente o permitiria), mas nem por isso deixa de perdurar na memória dos mais acérrimos indefectíveis da Tesla, que não raro questionam o seu “hiperactivo” CEO acerca do tema.

Ora, foi, justamente, numa dessas demandas, levada a cabo no Twitter, poucos dias antes do natal, por um adepto da Tesla, que Elon Musk confirmou, in persona, que o Roadster vai mesmo voltar à oferta da marca. Embora o empresário sul-africano não tenha deixado de frisar que isso só será realidade dentro de alguns anos, até já há quem avance com sugestões de nome para o novo modelo, e reconheça-se que Model R é um que faria todo o sentido.

Claro que já não é expectável que, desta feita, a base seja a de um Lotus. Nem sequer a de um qualquer outro fornecedor externo. A marca progrediu (e como!) desde então para que a plataforma do seu novo desportivo seja da própria Tesla – muito provavelmente, uma versão mais curta daquela que está na base do Model 3. Do mesmo modo que as linhas exteriores deverão estar de acordo com os seus mais recentes cânones estilísticos.

Evolução drástica deverá ser registada ao nível tanto da autonomia como das prestações e do comportamento dinâmico. E tudo devido a um simples factor: as baterias. Se a versão de topo de um Model S é capaz de oferecer qualquer coisa como 2,7 segundos nos 0-100 km/h e uma velocidade máxima limitada a 250 km/h, é fácil imaginar o quanto o novo Roadster poderá alcançar sendo bastante mais compacto e leve, e isto ainda que se mantenha fiel ao purismo da tracção traseira, assim dispensando o segundo motor que permite aos P100D alcançarem tão exuberantes acelerações.

Por outro lado, com a evolução que se vem registando no domínio das baterias, mesmo com a tecnologia hoje disponível, também não custa antever que a nova geração do modelo possa ser, ao mesmo tempo, bastante mais leve (logo, eficaz) do que a original, e senhora de uma autonomia bem mais generosa. E tudo se conjugaria, assim, para um regresso ao mais alto nível do elemento paixão à oferta de uma das mais surpreendentes marcas de automóveis das últimas décadas.

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zyrgon