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Fisker de regresso em 2016?

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Fisker de regresso em 2016?

Depois de declarar falência em 2013, a Fisker parece estar de volta. Hoje pertença do Grupo Wanxiang, um dos maiores fabricantes chineses de componentes para automóveis, a marca acaba de assinar um contrato de locação de uma fábrica de automóveis de grandes dimensões, pelo prazo de onze anos e por um custo de 30 milhões de dólares. Ao que tudo indica, esta fábrica, situada no sul da Califórnia, destinar-se-á ao fabrico de automóveis híbridos plug-in, que poderão estar à venda já em meados do próximo ano – algo que, a confirmar-se, aponta para o renascimento também do projecto Karma.

Fundada em 2007 pelo designer Henrik Fisker (figura tão controversa quanto admirada, nomeadamente pelo trabalho que desenvolveu quando ao serviço da Aston Martin e da BMW), a Fisker teve o seu apogeu com a comercialização do Karma, um híbrido  de vocação desportiva e preço superior a cem mil dólares (cerca de 90 mil euros), que chegou a conquistar algumas estrelas de Hollywood. Durante os treze meses em que foi produzido, o Karma chegou a vender 2500 unidades, até que a sua produção teve que ser interrompida, em Novembro de 2012, em resultado dos inúmeros problemas que afectaram as suas baterias e que obrigaram à recolha da maior parte das unidades vendidas — e que resultaram não só na falência do respectivo fabricante, como causaram tais prejuízos à Fisker e à sua imagem, que esta acabou mesmo por falir, e o seu presidente por se demitir.

Henrik Fisker, em declarações ao jornal LA Times, a propósito do renascimento da marca que ostenta o seu nome, fez saber que pelo menos 20 dos seus antigos designers já estarão a trabalhar na nova Fisker, ao mesmo tempo que afirmou desconhecer se o seu próprio envolvimento e contributo irão ser pretendidos pelos novos proprietários da marca. Ainda assim, o designer de 52 anos declarou-se contente com o facto de a sua criação não ter sido totalmente em vão, embora lembrando que a aquisição dos activos da Fisker inclui um licenciamento para a utilização do seu nome e dos seus projectos, mas ao abrigo de um acordo com duração limitada no tempo e que findará dentro de alguns anos.

A verdade é que, por agora, pouco mais se sabe quanto ao futuro da Fisker. Mas uma coisa é certa: dificilmente esta será uma marca viável se voltar a não conseguir cumprir com o seu plano original de produzir em larga escala automóveis eléctricos a um preço acessível. Uma meta para cujo alcance o dinheiro parece não ser problema, ou não fosse a Wanxiang considerada a maior empresa do seu sector na China.

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