Hyundai i30 1.6 CRDi Launch Edition
Hyundai
i30
1.6 CRDI Launch Edition
2017
Familiares compactos
5
Dianteira
1.6 Diesel
136/4000
200
10,2
102
29 600
Facilidade de condução, Comportamento, Motor refinado, Qualidade em crescendo, Relação preço/equipamento
Consumos perfectíveis, Caixa demasiado longa
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 200 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 10,6 |
0-400 m | 18,4 |
0-1000 m | 32,2 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 3ª | 6,2 |
Em 4ª | 8,1 |
Em 5ª | 10,7 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 4ª | 9,4 |
Em 5ª | 10,7 |
Em 6ª | 13,9 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 34,9 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 4,6 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 5,7 |
Cidade | 6,9 |
Média ponderada (*) | 6,20 |
Autonomia média ponderada (km) | 806 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1445 |
Largura atrás | 1420 |
Comprimento à frente | 1090 |
Comprimento atrás | 720 |
Altura à frente | 1020 |
Altura atrás | 960 |
É sabido que a Hyundai tem como ambição tornar-se, logo a seguir ao virar da década, na marca asiática com maior peso no mercado europeu. E que parte significativa da sua estratégia para o conseguir passa por uma ofensiva de produto que prevê o lançamento de diversas novidades em quase todos os domínios.
Uma meta que dependerá, em boa parte, da aceitação da mais recente geração do seu familiar compacto. Um modelo destinado aquele que ainda vai sendo o segmento mais importante do mercado automóvel do Velho Continente, e que aqui é avaliado na sua versão turbodiesel, que se prevê seja a mais procurada por terras lusas.
Logo num primeiro olhar, é possível ter uma noção dos principais pressupostos que estiveram subjacentes ao desenvolvimento no novo i30. Nota-se uma preocupação em aproximar a sua estética daquilo que vão sendo os padrões estilísticos mais do agrado dos consumidores do Velho Continente, ao ponto de alguns traços não deixarem de evocar alguns dos seus rivais europeus.
Não que a sua aparência exterior deixe, por isso, de ser cativante. Bem pelo contrário. Contudo, também é inquestionável que lhe falta alguma personalidade própria, que o torne menos anónimo, e que lhe confira outra chama – podendo, até, considerar-se que houve, neste particular, algum retrocesso face a outras criações recentes da Hyundai, porventura menos consensuais, mas, decerto, visualmente mais “emotivas”.
O mesmo raciocínio pode aplicar-se ao habitáculo. A ergonomia é, globalmente, de bom nível, o posto de condução é correcto e a decoração interior não merece grandes reparos, não fosse o facto de, também ela, carecer de alguma jovialidade. Até o grafismo da instrumentação e do sistema de infoentretenimento é marcado por um evidente classicismo, que sem dúvida facilita a visualização e torna a navegação nos menus deveras intuitiva, mas dificilmente deixará quem quer que seja deslumbrado.
No capítulo da qualidade, também é notório o esforço dos técnicos coreanos em aproximar o i30 dos padrões europeus, contando o modelo com materiais macios e de apreciável qualidade nas zonas mais visíveis e de maior contacto com os utilizadores, combinados com plásticos mais rijos e menos nobres nas restantes áreas. Ainda assim, nada que, na prática, traga consequências de maior, muito por culpa do proverbial rigor da montagem das criações da Hyundai, o garante da quase ausência de ruídos parasitas, mesmo nas situações mais exigentes.
A habitabilidade, essa, é não mais do que correcta para este segmento, já que o espaço para pernas atrás está longe de ser uma referência. Em compensação, a bagageira é das mais amplas da classe, graças a uma capacidade que varia entre 395 litros e 1301 litros, além de primar por um acesso bastante fácil.
Quanto à mecânica, e mais uma vez, a competência do i30 1.6 CRDi volta a ser inquestionável, mas sem que tal se traduza na envolvência que se espera de um modelo que pretende ser uma das referências da sua classe. Com 136 cv e um binário máximo de 280 Nm, constante entre as 1500 rpm e as 2000 rpm, o motor turbodiesel de 1582 cc oferece uma resposta convincente e prova ser um dos mais refinados da sua categoria, brilhando pelo seu funcionamento suave e silencioso, coadjuvado pelo bom isolamento do habitáculo, em termos de acústica e vibrações.
O problema é que a caixa manual de seis velocidades não só conta com um comando suave, mas pouco receptivo a um manuseamento mais rápido, como o seu escalonamento demasiado longo acaba por ensombrar o desempenho da unidade motriz, tanto em termos de prestações, como do agrado de utilização e, inclusive, dos consumos. Uma vez que, cumprindo-se os limites de velocidade legalmente impostos, é praticamente impossível usar a sexta relação em cidade, acaba por ser inevitável um recurso frequente à transmissão, que leva a que o consumo em ambiente urbano esteja longe do conseguido pelos melhores representantes deste segmento.
Ao mesmo tempo, as recuperações são, igualmente, das mais lentas da classe, o que leva a que os consumos, em estrada, também só sejam francamente atraentes quando se consegue circular a uma velocidade bastante estabilizada. Daqui se depreendendo, ainda, que, em traçados mais sinuosos, ou em percursos com maiores variações de velocidade, a resposta do motor nunca ofereça a pujança que o seu rendimento faria esperar.
E é pena que assim seja, já que o comportamento dinâmico é mesmo um dos grandes trunfos do novo i30 1.6 CRDi, que neste particular já pouco fica a dever aos seus mais reputados e dotados rivais europeus. Tanto pelo tacto e precisão de todos os comandos, como pela estabilidade a alta velocidade e pela eficácia em curva garantida pelas suas evoluídas suspensões, não esquecendo um controlo de estabilidade com uma afinação que evita a sua entrada prematura em funcionamento, e que, além do mais, pode ser totalmente desligado se o condutor assim o entender.
O conforto também se situa em plano superior, mesmo que a afinação firme do amortecimento não permita que, no mau piso, as irregularidades não sejam sentidas pelos ocupantes, mas sem que tal seja por demais impositivo. Mais um atributo que muito ajuda a que a facilidade e o agrado de utilização sejam, sem dúvida, um dos maiores trunfos deste i30 CRDi.
Do que, felizmente, a Hyundai ainda não abdicou foi de dotar a generalidade dos seus modelos de uma relação preço/equipamento extremamente competitiva – regra a que não foge o seu novo familiar compacto, e ainda mais nesta sua versão de lançamento. Por menos de 30 mil euros, o i30 1.6 CRDi Launch Edition conta com uma dotação de série francamente generosa e apelativa, merecendo aqui destaque especial os dispositivos de segurança activa na mesma incluídos, como o sistema de auxílio à manutenção na faixa de rodagem, a travagem autónoma de emergência com alerta de colisão dianteira e o sistema de alerta de fadiga do condutor.
O i30 CRDi é, pois, e acima de tudo, um automóvel extremamente confiável, que mesmo nos domínios em que não brilha oferece a garantia de não fazer má figura. Para se bater sem receios com as grandes referências europeias falta-lhe, apenas, um pequeno passo, que por vezes é o mais difícil de dar: ganhar uma maior personalidade estética, exterior e interior, e, principalmente, conseguir juntar às suas invejáveis qualidades racionais uma maior emotividade. Ou mais “alma”, para empregar um termo mais metafísico.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha Diesel, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1582 |
Diâmetroxcurso (mm) | 77,0×84,0 |
Taxa de compressão | 16,0:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 136/4000 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 280/1500-2000 |
Alimentação | injecção directa common-rail |
Sobrealimentação | turbo VGT+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4340/1795/1455 |
Distância entre eixos (mm) | 2650 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1553/1567 |
Jantes – pneus | 7 1/2Jx16″ – 225/45 (Michelin Primacy 3) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1263 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 9,28 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 395-1301/50 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira |
Caixa de velocidades | manual de 6+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica |
Diâmetro de viragem (m) | 10,6 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (–) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (–) |
Suspensões | |
Dianteira | Independente, tipo MacPherson |
Traseira | Multi-link |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 5 anos sem limite de km |
Garantia de pintura | 5 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km ou 24 meses |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de força
Sistema de auxílio à manutenção na faixa de rodagem
Sistema de alerta de fadiga do condutor
Travagem autónoma de emergência com alerta de colisão dianteira
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Cruise-control+limitador de velocidade
Bancos em pele+tecido
Bancos dianteiros com regulação em altura/apoio lombar (eléctrica)
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica
Auto-rádio com ecrã táctil 8″+entradas USB/Aux+leitor de cartões SD+6 altifalantes
Sistema de navegação
Mãos-livres Bluetooth
Carregador por indução para smartphones
Vidros eléctricos FR/TR
Vidros traseiros escurecidos
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Sensores de luz+chuva
Sensores de estacionamento traseiros
Câmara de estacionamento traseira
Faróis dianteiros+traseiros por LED
Luzes diurnas por LED
Assistente de máximos
Faróis de nevoeiro+luzes de curva
Alarme
Jantes de liga leve de 17″
Tomadas de 12 V na consola central+bagageira
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Pneu sobressalente normal