Hyundai Santa Fe 7Wagon 2.2 CRDi 4×2 Style
Hyundai
Santa Fe
7Wagon 2.2 CRDi 4x2 Style
2013
SUV
5
Dianteira
2.2 Diesel
197/3800
190
9,4
147
42 740/43 540
Motor poderoso, Prestações, Conforto, Habitabilidade, Versatilidade interior, Classe 1 nas portagens
Motricidade, Direcção artificial, Preço elevado, Qualidade de alguns materiais
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 190 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 9,5 |
0-400 m | 16,8 |
0-1000 m | 30,4 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 3ª | – |
Em 4ª | 5,9 |
Em 5ª | 8,8 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 4ª | – |
Em 5ª | 8,3 |
Em 6ª | 10,9 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 37,8 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 4,9 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 5,7 |
Cidade | 8,1 |
Média ponderada (*) | 6,98 |
Autonomia média ponderada (km) | 917 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1490 |
Largura atrás | 1470 |
Largura 3ª fila | 1350 |
Comprimento à frente | 1090 |
Comprimento atrás | 775 |
Comprimento 3ª fila | 595 |
Altura à frente | 980 |
Altura atrás | 960 |
Altura 3ª fila | 870 |
Mais pela lotação que oferecem do que, propriamente, pela sua (maior ou menor) polivalência de utilização, os SUV de grande porte com sete lugares são, não raro, eleitos pelos chefes de famílias mais numerosas, ou por aqueles que frequentemente necessitam de transportar maior número de passageiros, e não são grandes adeptos dos mais convencionais monovolumes. Uma situação vulgar em Portugal, em que os modelos deste género dotados de tracção total são particularmente penalizados pela fiscalidade, dominando as vendas as variantes de tracção às duas rodas, as tais não tão polivalentes.
É o que se passa com um dos modelos mais populares entre nós nesta classe, o Hyundai Santa Fe 7Wagon, que recentemente conheceu uma nova geração, e aqui analisamos na versão 2.2 CRDi de tracção dianteira, com o nível de equipamento Style. Ainda que tendo por base a mesma plataforma do seu antecessor, o novo Santa Fe evoluiu significativamente em todos os domínios, e isso é perceptível logo num primeiro olhar.
Aliás, a aparência exterior é mesmo um dos seus trunfos principais. Graças à nova linguagem de design Storm Edge, o Santa Fe ganhou linhas bastante mais modernas e consensuais do que até aqui, e nitidamente mais capazes de satisfazer os gostos dos europeus. Mais comprido mas mais baixo do que o anterior, o que se traduz numa silhueta mais fluída., o novo Santa Fe consegue disfarçar com relativo êxito a imponência das suas dimensões, resultando num automóvel bastante atraente.
Mas o grande atributo do novo Santa Fe até é bem capaz de ser o seu poderoso motor turbodiesel. Com 2,2 litros, este quatro cilindros, ao dispor de injecção common-rail a 1800 bar com injectores piezoeléctricos, e de turbo de geometria variável, consegue oferece nada menos do que 197 cv de potência, e um não menos convincente binário máximo de 422 Nm logo às 1800 rpm.
Melhor ainda do que este números é a tradução prática dos mesmos, com o Santa Fe a responder sempre de forma pronta às solicitações do acelerador, no que é coadjuvado por uma caixa bem escalonada, de comando suave, ainda que pouco rápido e preciso quando utilizado de forma mais intensiva. Como se esperaria, as prestações são de grande nível, absolutamente referenciais para a classe em termos de recuperações e acelerações (menos de 10 segundos para um SUV a gasóleo de quase cinco metros e praticamente duas toneladas é um valor a que é impossível ficar indiferente), e a velocidade máxima “fica-se” pelos 190 km/h apenas porque a Hyundai decidiu limitá-la a esse valor. Não menos impressionante, e apesar de o Santa Fe 2.2 CRDi nem contar com sistema start/stop, os consumos não são nada exagerados, sobretudo em estrada, com a média ponderada por nós obtida a ficar abaixo dos 7,0 l/100 km, sendo que mesmo numa utilização abusiva do pedal da direita pouco superam os 12,0 l/100 km.
Numa utilização convencional, dentro daquilo que será a exigência típica do seu cliente padrão, o Santa Fe é um SUV que cumpre com tudo aquilo que dele se espera. As suspensões evoluídas, e de afinação macia, garantem um nível de conforto sempre elevado, confirmado pelo funcionamento suave e relativamente silencioso do motor, a não ser nos arranques a frio, em que peca por algum excesso de ruído. A par disto tudo, na maioria das circunstâncias, o comportamento dinâmico também não desvirtua o resultado final, pautado que é pela honestidade e previsibilidade de reacções, tornando a condução fácil e muito agradável.
As principais limitações surgirão quando os mais sensíveis ao rendimento do motor dele pretenderem tirar pleno partido, em especial em estradas mais retorcidas. Isto porque a ausência de tracção total, a brandura do amortecimento, o centro de gravidade alto e a sofrível qualidade dos pneus Nexen N8000 (felizmente não prejudicam muito as travagens) têm como consequência constantes perdas de tracção sempre que se pretende negociar curvas de modo mais empenhado, obrigando o ESP a actuar em permanência (ou as rodas a patinar quando se opta por inibir o seu funcionamento, neste caso havendo também que lidar com uma tendência prematura para uma forte subviragem) – tudo se agravando exponencial quando a aderência proporcionada pelo asfalto é mais reduzida, como em piso húmido ou molhado.
Por seu turno, a direcção de assistência eléctria, não obstante dispor de três modos de funcionamento selecionáveis pelo condutor (Confort, Normal e Sport), é sempre sobreassistida, demasiado filtrada e pouco informativa em qualquer situação, acabando por ser o intermédio o modo mais recomendável, já que é aquele em que o tacto seu é, pelo menos, menos artificial. Embora nem mesmo aqui as mencionadas carências de motricidade deixem de se traduzir em desagradáveis sacudidelas do volante nas solicitações mais extremas.
E também não é no capítulo dinâmico que o Santa Fe mais prima pela versatilidade. Com tracção apenas dianteira, e ângulos característicos pouco favoráveis (mormente o ventral), as incursões por outros pisos que não o asfalto acabam por ficar bastante limitadas, sendo mais um “todos os caminhos” do que um todo-o-terreno – até porque o único auxiliar à condução de que dispõe neste particular é o sistema electrónico de controlo de descidas.
Se não, vejamos: espaço em abundância nas duas primeiras filas de bancos, com a vantagem da segunda contar com regulação longitudinal dos assentos (24 cm), o que permite ajustar o espaço concedido aos ocupantes da terceira fla em função das necessidades do momento (único senão, o lugar central é solidário com o esquerdo, pelo que a mencionada regulação longitudinal tem de ser a mesma em ambos). Já os que se sentam na terceira fila são obrigados a alguma ginástica para aí chegar (até porque o ângulo de abertura das portas traseiras não é dos mais generosos), e a aceder pelo lado direito do veículo (o banco direito da segunda fila é o único que avança para o permitir), mas contam com uma das melhores habitabilidades do segmento, com os bancos da terceira fila a acolher com relativa facilidade adultos até 1,80 m de estatura.
O transporte de bagagens acaba por ser outro trunfo do novo Santa Fe. Se, com sete lugares, a capacidade da mala é, naturalmente, diminuta, já com cinco passageiros a bordo é bastante ampla (516 litros), tornando-se o modelo quase um furgão quando se opta por rebater por completo as duas filas de bancos, passando a bagageira a oferecer 1615 litros de capacidade. Não menos importante, os bancos da terceira fila podem ser rebatidos num só movimento, através quer de um manipulo existente nas respectivas costas, quer de alavancas instaladas para o efeito nos painéis laterais da bagageira; os bancos da segunda fila também rebatem facilmente; e até existe um engenhoso compartimento num alçapão sob o piso da mala para albergar a chapeleira, não sendo por isso, necessário, deixá-la para trás quando se pretende fazer uso dos sete lugares.
Neste ponto, talvez seja interessante salientar que, apesar da sua apreciável aceitação na Europa, o Santa Fe é um SUV construído nos EUA, e que aí tem registado um sucesso invejável, estando, assim, muito orientado para satisfazer as pretensões desse mercado. Talvez por isso (apesar de a Hyundai afirmar que o châssis da versão europeia foi afinado a pensar no Velho Continente) o conforto prevaleça de modo tão notório sobre a eficácia; seguramente por isso o ambiente interior está um pouco aquém daquilo a que a marca sul-coreana já nos habituou com os seus modelos realmente orientados para a Europa – se a montagem é rigorosa, o design é demasiado soturno e a qualidade dos materiais não mais do que aceitável a este nível, sofrível até nalgumas zonas (os revestimentos dos pilares centrais e traseiros, as molduras dos puxadores das portas e os plásticos das zonas mais recônditas do habitáculo comprovam-no).
O preço, esse, reflecte o facto de o novo Santa Fe ser a proposta do seu segmento, não só mais convincente em termos dinâmicos, como a mais, moderna, evoluída e uma das mais versáteis ao nível do habitáculo – é dos mais elevados da classe, começando nos €36 640 pedidos pela versão de acesso Comfort, e orçando a dotada do nível de equipamento Style em €42 470. mas sempre tem a seu favor o facto de ser Classe 1 nas portagens nacionais, o que não é de somenos.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha Diesel, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 2199 |
Diâmetro x curso (mm) | 85,4,0×96,0 |
Taxa de compressão | 16,0:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 197/3800 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 422/1800-2500 |
Alimentação | injecção directa common-rail com injectores piezo |
Sobrealimentação | turbocompressor VGT+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4690/1890/1680 |
Distância entre eixos (mm) | 2700 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1633/1644 |
Jantes – pneus | 7Jx17″ – 235/65 (Nexen N8000) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1971 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 10,0 |
Capacidade da mala/depósito (l) | n.d.-516-1615/63 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira |
Caixa de velocidades | manual de 6+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica |
Diâmetro de viragem (m) | 10,9 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (320) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (302) |
Suspensões | |
Dianteira | McPherson |
Traseira | Multilink |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Aptidões TT | |
Ângulos de ataque/saída/ventral (º) | 16,5/21,2/16,6 |
Inclinação lateral máx./pendente máx.(º) | n.d./n.d. |
Altura ao solo/passagem a vau (mm) | 180/n.d. |
Garantias | |
Garantia geral | 5 anos sem limite de km |
Garantia de pintura | 5 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km ou 24 meses |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Assistente aos arranques em subidas+Controlo electrónico de descida
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Ar condicionado electrónico bizona
Computador de bordo
Cruise-control+limitador de velocidade
Direcção Flex Steer com assistência eléctrica variável e três modos de funcionamento
Banco rebatível 40/20/40
Bancos em pele+aquecidos na frente
Banco do condutor com regulação eléctrica
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Rádio com leitor de CD/mp3/entradas USB+Aux
Mãos-livres Bluetooth
Vidros eléctricos FR/TR
Vidros escurecidos
Cortinas nas janelas traseiras
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático com bússula
Faróis de nevoeiro
Sensor de luz+chuva
Sensores de estacionamento FR+TR
Alarme
Jantes de liga leve de 17”
Barras de tejadilho
Tomada de 220V na bagageira
Pack Tecno (€160) – inclui sistema de navegação; câmara de estacionamento traseira)
Pack Lux (€1200 – inclui tecto panorâmico; vidros com controlo solar; pilares dianteiros revestidos por tecido)