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Jeep Cherokee 2.0 MJD Longitude 4×2 140cv

Artigo
Jeep Cherokee 2.0 MJD Longitude 4×2 140cv

Visão geral
Marca:

Jeep

Modelo:

Cherokee

Versão:

2.0 MJD Longitude 4x2 140cv

Ano lançamento:

2014

Segmento:

SUV

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

2.0 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

140/3750

Vel. máx. (km/h):

350/1500

0-100 km/h (s):

10,9

CO2 (g/km):

139

PVP (€):

43 000/45 600

Gostámos

Conforto, Espaço interior, Consumos

A rever

Travagem, Ruído do motor, Stop/start lento, Preço

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Qualidade geral
7.0
Interior
7.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
6.0
Desempenho dinâmico
7.0
Se tem pressa...

Com uma estética arrojada e uma filosofia diferente dos seus antecessores, o primeiro Jeep Cherokee da FIAT pretende colocar o grupo italiano no segmento dos SUV, cada vez mais preocupado com o espaço e o conforto. O problema é que o preço é mais espaçoso do que confortável.

7.0
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Associar as fotos que está a ver com o nome que vê no título, poderá levar o caro leitor a achar que nos equivocámos, ou que estamos muito baralhados. Estará, por esta altura, a perguntar como será possível ser este o novo Jeep Cherokee? Lembrar-se-á que, quando vieram para Portugal os primeiros Cherokee, no final dos ano 90 do século passado, tinham linhas rectilíneas, muito americanas, que não inovavam, mas transmitiam robustez, que os tornou veículos bastante desejados. Tinham mesmo ar de jipe. Eram outros tempos, em que a palavra SUV não aparecia em cada canto. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, por isso deixou de haver espaço para automóveis com aquelas características. Agora, todos procuram a imagem de um jipe, mas com o comportamento de uma vulgar berlina, esquecendo elementos como a tracção integral, já que não é necessária para subir passeios nem para passar por cima dos buracos das nossas estradas. Foi neste contexto, já sob a alçada da FIAT, que a Jeep desenvolveu a nova geração do Cherokee, que se destaca por uma imagem muito mais arrojada e jovial, de forma a conseguir combater num segmento dominado pelo Audi Q3, pelo BMW X1 e pelo Mercedes-Benz GLA.

Quando vi as primeiras fotos oficiais, também fiquei algo apreensivo e confesso que achei o Cherokee esquisito e feio. Quando nos cruzámos no parque da Jeep, comecei a mudar de opinião. Afinal, até resulta bem ao vivo. É original e, pelo menos face aos concorrentes, está muito mais perto de se parecer com um jipe, até por ser consideravelmente mais alto. O problema é que o segmento premium é muito exigente e a carroçaria do Cherokee começa logo por falhar numa análise estática, ao apresentar algumas folgas incompreensíveis entre paineis, nomeadamente no capot e na porta da bagageira.

O Cherokee tem um desenho muito peculiar, mas que resulta melhor ao vivo do que em fotografia

O Cherokee tem um desenho muito peculiar, mas que resulta melhor ao vivo do que em fotografia

No habitáculo, o rigor continua a não estar ao nível da concorrência alemã, ainda que a solução encontrada para revestir a parte superior do tablier seja bastante conseguida, não só pela qualidade do material empregue, mas principalmente pelo efeito causado pela costura em cor contrastante, que o faz parecer revestido a pele. O problema é quando começamos a descer a visão, altura em que nos deparamos com materiais de qualidade mediana, pouco consonantes com o preço pedido pelo Cherokee. Isto acaba por sair relativamente disfarçado por um habitáculo bem desenhado, ainda que pouco arrojado, onde o monitor central de 8,4” ganha especial destaque. Excelente definição, boa interface e com todas as funcionalidades que esperamos no dias de hoje, vem dar um toque de modernidade ao interior do Cherokee, que acaba por se prolongar pelo painel de instrumentos, que oferece um ecrã LCD, que contém imensas informações e é facilmente personalizável. Curiosamente, apesar da presença de dois computadores de bordo, nenhum deles é capaz de nos dizer a velocidade média.

O desenho interior não é propriamente inovar, mas convence pela. Os materiais alternam entre o bom e o mediano

O desenho interior não é propriamente inovar, mas convence pela. Os materiais alternam entre o bom e o mediano

Como bom automóvel com raízes americanas, ainda que já casado com a FIAT, o Cherokee tem alguns pormenores pouco lógicos, como é o caso dos comandos do sistema áudio, colocados na parte traseira do volante, que partilha com outros automóveis da marca. Cada vez que queremos aumentar o volume ou mudar a música que surge do emparelhamento por bluetooth com o nosso smartphone, temos de parar uns segundos para pensarmos em que botão queremos, realmente, carregar. Na mesma linha de pensamento surge o botão que comanda a abertura eléctrica da porta da bagageira, colocado junto à coluna de direcção. Sendo uma função com uma utilização importante num automóvel como este, qual o motivo para ter uma colocação bastante pior que, por exemplo, o botão do stop/start ou do ESP? Felizmente, no que toca a outros aspectos de ordem prática, o Cherooke está melhor pensado.

O banco traseiro, com regulação longitudinal, permite oferecer imenso espaço para as pernas dos ocupantes, que ainda beneficiam de bastante desafogo em largura e altura. O espaço só não é perfeito para cinco passageiros porque o lugar central tem uma configuração que o deixa algo estreito, para além da intromissão evidente do túnel central. A regulação longitunidal do banco traseiro ganha especial importância quando olhamos para os 412 litros de capacidade da bagageira, que não são especialmente referenciais, ficando abaixo de qualquer um dos seus três concorrentes, ainda que por muito pouco. Avançado o banco traseiro a capacidade pode atingir 500 litros, mas torna-se impossível transportar no assento posterior. Nota de relevo para a versatilidade da bagageira, que conta com um fundo falso, um tapete reversível, vários olhais de fixação e ganchos para sacos.

O banco traseiro está divido na proporção 60/40, seja para a regulação longitudinal, ou para o rebatimento

O banco traseiro está divido na proporção 60/40, seja para a regulação longitudinal, ou para o rebatimento

À frente, o condutor encontra facilmente a melhor posição de condução, até porque as regulações são amplas e os comandos principais estão bem colocados. Fruto da posição da condução elevada, a visibilidade é bastante para todos os ângulos, facilitando a condução, principalmente em cidade, que parece, curiosamente, ser um dos locais onde o Cherokee se sente melhor. A direcção é suficientemente leve, a suspensão filtra as irregularidades com toda a tranquilidade e o motor tem uma faixa de utilização suficientemente alargada para não causa embaraços nas velocidades mais baixas. Menos bem comporta-se o acelerador, por ter bastante inércia, e a caixa de velocidades que é algo rude na engrenagem. Também não é demasiado pedir uma embraiagem de curso mais curto. Saindo para a auto-estrada, o motor 2.0 Multijet acaba por revelar algumas limitações para lidar com o elevado peso do SUV americo-italiano, principalmente a partir da altura em que ultrapassamos o limite legal de velocidade.

Nesta altura, principalmente quando entramos nos regimes médios, o habitáculo é invadido por um excesso de ruído, desconhecido até então. Neste aspecto, o Cherokee não é um automóvel particularmente refinado e acaba por beliscar um conforto geral muito bem conseguido, superior a grande parte da sua concorrência. O melhor é que, apesar da suavidade da suspensão, o comportamento nada tem de impreciso e, muito menos, inseguro. É possível andar bem depressa sem apanhar qualquer susto. Contudo, há que ter em conta que o eixo dianteiro não aguenta muita velocidade na inscrição, até pela pouca eficácia dos pneus mistos, mas nada que um aliviar de pé não resolva facilmente. O ESP, que nunca se desliga totalmente, resolve os casos mais extremos.

O banco traseiro está divido na proporção 60/40, seja para a regulação longitudinal, ou para o rebatimento

O banco traseiro está divido na proporção 60/40, seja para a regulação longitudinal, ou para o rebatimento

Olhando para a lista de equipamento de série desta versão Longitude, não ficamos particularmente impressionados, mas é, ainda assim, mais completa que aquelas que podemos encontrar nos seus rivais. Não se percebe, contudo, a ausência, por exemplo, do sensor de luz e chuva. O problema surge quando olhamos para os 43 000 euros pedidos por esta versão de entrada, que fica cerca de dois a três mil euros acima da concorrência, ainda que ofereça um pouco mais de equipamento. Menos refinado que a concorrência e com motor Diesel a pedir melhoramentos em termos de ruído, o Cherokee terá uma vida bastante difícil neste segmento. No caso na unidade ensaiada, com três pacotes de equipamento, os 45 600 euros pedidos podem assustar muitos possíveis compradores.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Ar condicionado automático com regulação independente
Computador de bordo
Bancos do condutor com regulação em altura/apoio lombar
Ecrã táctil de 5″ com ligação bluetooth, entradas USB e Aux
Banco traseiro rebatível e regulável longitudinalmente 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções, em pele
Direcção com assistência electrohidráulica variável
Vidros dianteiros laminados
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Cruise-control+limitador de velocidade
Faróis de nevoeiro com luzes de curva
Jantes de liga leve de 17″
Sensores traseiros de estacionamento
Kit anti-furo
Caixa de primeiros socorros
Travão de estacionamento eléctrico

Pintura metalizada (€500)
Pacote Comfort: retrovisor interior electrocromático, banco do condutor com regulação eléctrica, porta da bagageira com abertura eléctrica, sensor de luz e chuva (€800)
Pacote technology: ecrã táctil de 8,4″ com sistema de navegação, sistema de som Alpine e acesso mãos-livres ao habitáculo (€1450)
Pacote Dynamic: Jantes de 18″ (€350)

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Sobre o autor
zyrgon