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Kia cee’d GT 1.6 Turbo GDI 204 cv 5p

Artigo
Kia cee’d GT 1.6 Turbo GDI 204 cv 5p

Visão geral
Marca:

Kia

Modelo:

cee'd

Versão:

GT 1.6 Turbo GDI 204 cv 5P

Ano lançamento:

2013

Segmento:

Familiares compactos

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.6

Pot. máx. (cv/rpm):

204/6000

Vel. máx. (km/h):

230

0-100 km/h (s):

7,7

CO2 (g/km):

171

PVP (€):

29 932/31 282

Gostámos

Motor poderoso, Prestações, Agilidade, Preço competitivo

A rever

ESP não desligável e muito interventivo, Direcção vaga, Volante multifunções confuso

Nosso Rating
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Qualidade geral
7.0
Interior
6.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
9.0
Desempenho dinâmico
7.1
Consumos e emissões
5.0
Conforto
7.0
Equipamento
9.0
Garantias
9.0
Preço
9.0
Se tem pressa...

N asua versão de cinco portas, o Kia cee+d GT mantém inalterados todos os atributos já conhecidos do Coupé, com a versatilidade adicional que lhe é conferida pelas portas traseiras. As prestações exuberantes e o comportamento eficaz são os seus principais argumentos enquanto desportivo. Os pontos menos positivos acabam por ser plenamente compensados por um preço abaixo da fasquia psicológica dos €30 000

7.6
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Menos de 30 000 euros por um desportivo compacto (ou um compacto desportivo…) com mais de 200 cv e prestações dignas de registo não é uma combinação, nem vulgar, nem a que seja fácil ficar indiferente. Mas é isso mesmo que a Kia propõe com o cee’d GT 1.6 Turbo. Que pode ser adquirido tanto na visualmente mais dinâmica versão coupé de três portas (já aqui analisada), como na mais versátil variante de cinco portas que desta feita avaliamos.

Obviamente, as diferenças entre ambos não são por demais substantivas. Além das discerníveis a olho nu, a derivação de cariz mais familiar distingue-se pelo acesso à traseira mais facilitado; pelo maior desafogo nos lugares posteriores, sobretudo em altura (o espaço interior é, basicamente, o mesmo, mas a sua distribuição mais equilibrada, além de beneficiar da maior altura da carroçaria do cinco portas, única diferença nas dimensões exteriores dos dois modelos); pela bagageira com mais 93 litros de capacidade com o banco traseiro rebatido; e pelos 23 kg extra que acusa na balança.

Mesmo que não dispondo daquela agressividade extra que uma carroçaria de três portas sempre oferece, há que reconhecer ao cee’d GT de cinco portas um inegável apelo visual, bem de acordo com a sua vocação, e no qual a maioria não deixa de reparar. As linhas são equilibradas, os vários elementos bem combinados entre si, tudo concorrendo para garantir a pretendida noção de dinamismo que uma proposta deste género sempre procura. Pessoalmente, apenas dispensava aquele conjunto adicional de luzes aplicadas nos extremos do pára-choques dianteiro, formado por quatro lâmpadas de LED, que pouco ou nada têm que ver com a fluidez das formas da carroçaria. Sinceramente, se já não sou particular adepto de solução análoga aplicada pela Porsche no 919 de competição, neste Kia ainda o sou menos.

A aparência exterior é agressiva e bem conseguida, apesar de os faróis adicionais em LED não condizerem na perfeição com as fluídas linhas da carroçaria

A aparência exterior é agressiva e bem conseguida, apesar de os faróis adicionais em LED não condizerem na perfeição com as fluídas linhas da carroçaria

Uma vez no habitáculo, não consigo evitar algum desapontamento, desde logo pela decoração bastante soturna, nitidamente contrastante com a aparência exterior. À excepção dos bancos com bom apoio lateral, pouco mais há digno de menção. É um facto que o informativo painel de instrumentos, sempre que no volante se pressiona o botão GT, até oferece uns gráficos ilustrativos da entrega de binário e da pressão do turbo, mas situações há em que a oferta de informação chega a parecer excessiva, para além de que o grafismo adoptado podia ser um pouco mais discreto e menos perturbante da tarefa da condução quando esta exige a máxima concentração.

Não menos confuso é o volante, com inúmeros botões espalhados em redor da sua secção central – para além de que é maior do que o ideal e a sua pega também não é a mais perfeita para um desportivo. Já a apreciável qualidade interior é menos garantida pela nobreza dos materiais utilizados do que pelo rigor da montagem, o que também já não é novo em automóveis desta proveniência. Tudo factores que começam a deixar perceber o porquê de um diferencial de preço tão significativo entre o cee’d GT e a principal concorrência.

Não sendo desprezíveis, estas pechas tenderão, pelo menos, a relativizar-se caso o cee’d GT cumpra com o que dele se espera quando utilizado da forma para que foi desenvolvido. E, aí, as coisas correm, nitidamente, mais de feição ao modelo coreano. Com 204 cv de potência, e um binário máximo de 265 Nm constante entre as 1750 rpm e as 4500 rpm, o motor, mesmo que a sua sonoridade nunca chegue a entusiasmar, pecando por uma excessiva discrição, é mesmo um dos grandes atributos deste c’eed, suportando bastante bem uma toada calma, nitidamente familiar, mas nunca se escusando a enfrentar ritmos mais intempestivos.

O interior é bem mais conservador e soturno do que as linhas exteriores, e o volante peca pelo excesso de botões

O interior é bem mais conservador e soturno do que as linhas exteriores, e o volante peca pelo excesso de botões

Com um fôlego que chega a impressionar, este pequeno 1.6 sobrealimentado não tem qualquer dificuldade em cumprir os 0-100 km/h em menos de oito segundos, do mesmo modo que é fácil mantê-lo no seu regime ideal de funcionamento graças a uma caixa que, não sendo particularmente rápida, tem um escalonamento bastante próximo entre as suas seis relações (o reverso da medalha são consumos pouco competitivos, que nunca são baixos, e facilmente se aproximam dos 15,0 l/100 km quando se tira do motor tudo o que este tem para dar).

Já o châssis adopta uma afinação mais de compromisso, acabando por impedir que o cee’d GT alcance todo o seu potencial. A suspensão, ainda que evoluída, face às versões “normais” do modelo não recebeu mais do que molas ligeiramente mais firmes e barras estabilizadoras mais grossas, o que lhe permite enfrentar os maus pisos com grande à vontade para um automóvel de pendor desportivo equipado com rodas de 18” e pneus de baixo perfil, e isto sem nunca deixar de controlar muito bem os movimentos da carroçaria, o que é um ponto a favor na hora de transportar a família.

Contudo, em curva, e no momento da inserção, começa por ser a direcção muito pouco informativa a não permitir que se aponte a frente para o local ideal. Para tentar contornar esta limitação, assim como para usufruir de alguma agilidade extra, é sempre possível tentar jogar com a traseira, e com o desequilíbrio de massas, nomeadamente aliviando a pressão sobre o pedal da direita em apoio para usufruir de algum escorregar do eixo posterior. O cee’d GT começa por não se fazer rogado, mas acto quase contínuo o ESP entra em acção e corta em grande parte o divertimento e a eficácia.

A caixa de relações curtas é um precioso auxiliar do poderoso motor em ritmos desportivos, ainda que os consumos se ressintam

A caixa de relações curtas é um precioso auxiliar do poderoso motor em ritmos desportivos, ainda que os consumos se ressintam

De facto, é pena que a Kia não confie em absoluto, nem nas capacidades da sua criação, nem nos dotes dos seus clientes, para fazer uso de um controlo de estabilidade passível de ser desligado. Pouco sentido fazendo configurar um eixo traseiro com esta vivacidade quando, depois, a electrónica não o permite de todo desfrutar. De igual modo, seria preferível perder um pouco em conforto de marcha e adoptar um setting de suspensão mais firme para que o eixo dianteiro não tivesse tanta dificuldade em digerir as descargas de binário sempre que se esmaga o acelerador à saída das curvas, de que resultam as previsíveis perdas de motricidade, que só não são maiores porque – lá está! – o ESP volta a fazer sentir a sua presença.

Acabo este texto quase como comecei: mesmo com todos os seus aspectos melhoráveis, o Kia cee’d GT 1.6 Turbo de cinco portas é um compacto desportivo praticamente único no nosso mercado. E porquê? Porque qualquer rival digno desse nome custa, no mínimo, mais €10 000 do que o modelo coreano. Uma verba mais do que suficiente para, por exemplo, introduzir algumas melhorias a posteriori no modelo e, ainda assim, ficar com uma boa “demasia” no bolso.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Bancos dianteiros com regulação em altura/apoio lombar
Bancos desportivos Recaro
Banco rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
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Direcção com assistência variável
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Rádio com leitor de CD++entradas USB/Aux
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Cruise-control+limitador de velocidade
Sensores traseiros de estacionamento
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Kit anti-furo
Sistema de monitorização da pressão dos pneus

Sistema de navegação+camara de marcha-atrás (€1350)

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zyrgon