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Kia Optima 1.7 CRDi ISG TX Auto

Artigo
Kia Optima 1.7 CRDi ISG TX Auto

Visão geral
Marca:

Kia

Modelo:

Optima

Versão:

1.7 CRDi ISG TX Auto

Ano lançamento:

2014

Segmento:

Familiares médios

Nº Portas:

4

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.7 DIesel

Pot. máx. (cv/rpm):

136/4000

Vel. máx. (km/h):

197

0-100 km/h (s):

11,6

CO2 (g/km):

158

PVP (€):

39 082/42 022

Gostámos

Relação preço/equipamento, Consumos, Condução fácil, Conforto, Espaço interior

A rever

Preço da caixa automática, Imagem de marca no segmento

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Qualidade geral
7.0
Interior
8.0
Segurança
7.0
Motor e prestações
6.0
Desempenho dinâmico
7.0
Consumos e emissões
9.0
Conforto
8.0
Equipamento
8.0
Garantias
9.0
Preço
7.0
Se tem pressa...

Para quem não tem preconceitos, o Kia Optima 1.7 CRDi é uma proposta a levar em linha de conta no segmento dos familiares médios. Muito homógeneo e agradável de conduzir, oferece ainda consumos deveras frugais e adopta uma postura comercial que pode ser decisiva nos dias que correm

7.6
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Lançado na Coreia do Sul em 2010, e na Europa em 2012, o Optima é o mais recente representante da Kia no segmento dos familiares médios, e tem na sua génese o objectivo de cativar para as fileiras do seu construtor uma nova clientela. Sobretudo na Europa, e nomeadamente entre aqueles que ainda olham para esta como uma marca cujo argumentário assenta, fundamentalmente, em modelos de baixa gama, propostos a preços mais em conta do que os  praticados pela principal concorrência.

Já no Salão de Genebra deste ano, a Kia apresentou um Optima revisto, tanto a nível estético como de alguns detalhes de acabamento e equipamento, mas que, no essencial, pouco ou nada mudou mecanicamente face ao seu antecessor, excepção feita à versão híbrida, não disponível no mercado português – onde o modelo, aliás, apenas é proposto apenas com o motor 1.7 CRDi de 136 cv e o nível de equipamento TX.

As linhas do Optima são modernas e agradáveis à vista, comprovando a evolução que a Kia tem vindo a registar neste domínio

As linhas do Optima são modernas e agradáveis à vista, comprovando a evolução que a Kia tem vindo a registar neste domínio

A meu ver, o grande óbice desta proposta reside, não nela própria, mas numa questão que ainda é transversal à própria Kia, e especialmente penalizante neste segmento: a imagem de que a marca ainda padece na Europa (pese embora o meritório trabalho que tem vindo a levar a cabo, de há anos a esta parte, para alterar tal estado de coisas, com resultados mais do que evidentes nas suas vendas). Por isso, a implementação do Optima dependerá muito mais de um esforço de marketing e comercial, do que da própria valia do automóvel – isto é, convencer o consumidor que este não é um produto de “segunda” e, não menos importante, que não desvalorizará de forma penosa em pouco tempo.

Enquadrada esta questão, valerá, então, a pena olhar para este Kia Optima 1.7 CRDi TX sem preconceitos. E o primeiro olhar convence: com linhas modernas e atractivas, que, sem esconderem a sua proveniência, se lhe garantem uma pose distinta e dinâmica, esta berlina só ganhou em apelo com a actualização estética de que foi alvo, além de que passou a contar com um desempenho aerodinâmico bem mais eficaz, com o Cx a passar de 0,29 para 0,26 – prova do bom trabalho levado a cabo pela equipa de designer liderada por Peter Schreyer.

A habitabilidade é muito generosa, merecendo particulares encómios o espaço oferecido aos ocupantes do banco traseiro

A habitabilidade é muito generosa, merecendo particulares encómios o espaço oferecido aos ocupantes do banco traseiro

Com 4845 mm de comprimento por 1830 de largura, o Optima conta, também, com uma generosa habitabilidade, sendo notável o espaço disponibilizado a quem viaja atrás. A bagageira oferece uns apreciáveis 505 litros, e até conta com o rebatimento do banco traseiro para poder ser ampliada, se bem que a configuração de três volumes da carroçaria implique que a área que dá acesso da mala ao habitáculo seja bastante mais estreita do que a boca de carga desta.

Com uma decoração sóbria, nitidamente a pensar no cliente tipo deste segmento, o Optima dispõe de uma construção de bom nível, embora tal lhe seja garantido menos pela qualidade dois materiais (na sua maioria, aquém do proposto pela principal concorrência europeia) do que pelo rigor da montagem. Não obstante, o resultado final acaba por ser bastante interessante, como o prova o reduzido número de ruídos parasitas passíveis de serem detectados, mesmo em pisos de menor qualidade.

Outro argumento que a Kia utilizou em Portugal para tentar impor o Optima foi dotá-lo de um recheado equipamento de série, onde apenas a pintura metalizada, as jantes de 18″ com pneus um pouco mais largos e o sistema de navegação (inclui a câmara de estacionamento traseira e o sistema de som Infinity) são opcionais. O posto de condução é correcto, mesmo que um pouco mais elevado do que o ideal, e o novo volante desportivo é bastante mais atraente e funcional do que o anterior, sendo até bastante funcional operar os comandos que através do mesmo permitem controlar quase tudo (cruise-control, limitador de velocidade, comandos por voz, telefone, sistema de som, computador de bordo, paramterização da assistência da direcção).

A caixa automática contribui decisivamente para melhorar a experiência de condução, mas o seu custo não é reduzido (€5000)

A caixa automática contribui decisivamente para melhorar a experiência de condução, mas o seu custo não é reduzido (€5000)

Já o motor turbodiesel de 1,7 litros e 136 cv faz o que pode, com toda a honestidade, para lidar com um automóvel cujo peso, em vazio, já supera a tonelada e meia. E mais ainda nesta variante equipada com caixa automática de seis velocidades, em que as prestações – que jã não eram brilhantes na versão manual – são ainda menos fulgurantes. Contudo, é também por isso que esta opção faz todo o sentido… para quem possa pagar os €5000 pedidos por esta transmissão.

Se assim for, as vantagens são evidentes. À proverbial maior descontração ao volante, e ao maior conforto de condução, esta caixa consegue até adicionar a sensação de ser mais “despachado” o Optima 1.7 CRDi automático do que o manual (o que é em absoluto desmentido pelas medições…), já que não obriga ao frequente recurso à alavanca de comando. Por outro lado, e sem ser um primor de rapidez ou decisão no modo totalmente automático, o facto é que no modo Sport as coisas melhoram um pouco, ao passo que as patilhas no volante ajudam a obviar a algumas hesitações quando se pretende imprimir um ritmo mais acelerado (para isso, há que não esquecer de manter o motor acima das 2000 rpm, dado a sua resposta algo anémica abaixo deste regime). Por fim, é fundamental sublinhar que os consumos praticamente não são afectados (continuando a ser, numa palavra, excelentes!), e que até o ruído do motor parece invadir menos o habitáculo, porventura porque, por defeito, esta caixa troca de mudança mais cedo do que o que seria a tendência natural do condutor numa versão manual.

Dinamicamente, o Optima cumpre com competência e honestidade aquilo a que se propõe. No fundo, o que se exige a um automóvel de vocação eminentemente familiar: não deslumbra, mas também nunca desliude e o conforto é sempre elevado

Dinamicamente, o Optima cumpre com competência e honestidade aquilo a que se propõe. No fundo, o que se exige a um automóvel de vocação eminentemente familiar: não deslumbra, mas também nunca desliude e o conforto é sempre elevado

Dinamicamente, o Kia Optima CRDi volta a revelar-se uma proposta equilibrada, nao deslumbrando mas também não comprometendo. Assento num muito bem conseguido compromisso conforto/eficácia, a afinação do châssis garante sempre um elevado nível de comodidade, a par de um pisar seguro e sólido, e de um comportamento pautado por reacções previsíveis e fáceis de controlar nos limites. Como o ESP até desliga em duas etapas, não foi enjeitada a oportunidade de sujeitar este familiar a uma utilização mais empenhada, sendo que, aí, nas solicitações mais vigorosas, a tendência subviradora do trem dianteiro aparece com relativa facilidade, a mesma com que se contraria através do simples aliviar do acelerador. Já em piso escorregadio, é notória alguma carência de motricidade do trem dianteiro, algo que se resolve em boa parte com a adopção de uns pneus de melhor qualidade do que os modestos Nexen montados de série. Uma palavra para a direcção, com três níveis de assistência eléctrica – não só nenhum deles revela grandes diferenças entre si (pelo que o intermédio será o eleito em qualquer circunstância), com uma maior informação sobre aquio que se passa com as rodas só ajudaria a melhorar a experiência de condução.

Competente e muito honesto, o Kia Optima 1.7 CRDi TX Auto é daqueles automóveis capazes de surpreender quem olha para uma nova proposta com ideias pré-concebidas. Homogéneo, não brilhando especialmente em nenhum domínio, mas também nunca desiludindo, cumpre com brio com tudo a que se propõe e ainda consegue uma enorme economia de utilização (consumos frugais, revisões espaçados no tempo ou na quilometragem) a garantias únicas no mercado (sete anos ou 150 000 km de garantia geral, incluindo assistência em viagem, transferível entre proprietários) e a um preço competitivo, que ainda o é mais quando se atenta no equipamento proposto de série. Já a opção da caixa automática recomenda-se pelo que melhora o agrado de utilização, mas o seu custo parece um pouco deslocado daquilo que é a postura comercial do modelo e da própria marca.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais
Airbags de cortina
Encostos de cabeça activos
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Fixações Isofix
Controlo electrónico de estabilidade
Assistente aos arranques em subidas
Travão de estacionamento eléctrico
Alarme
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Bancos em pele
Bancos dianteiros com regulação em altura+lombar
Banco do condutor regulável electricamente+2 memórias
Bancos aquecidos FR/TR
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções com patilhas de comando da caixa de velocidades
Direcção de assistência eléctrica com três modos
Mãos-livres Bluetooth
Sistema de som Infinity com leitor de CD/mp3+11 altifalantes+subwoofer+tomadas USB/Aux/iPod
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Cruise-control
Faróis dianteiros direccionais+lava+faróis+luzes diurnas por LED
Faróis de nevoeiro
Sensor de luz/chuva
Jantes de liga leve de 17″
Sensores de estacionamento+câmara de estacionamento traseira
Tecto panorâmico
Pneu sobressalente normal

Pintura metalizada (€290)
Jantes de liga leve de 18″ com pneus 225/45 (€700)
Pack Navigation (€1950, inclui sistema de navegação com seis actualizações de mapas, câmara de estacionamento traseira, sistema de som Infinity, antena tipo “barbatana de tubarão”)

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zyrgon