Kia Optima Sportswagon 1.7 CRDi 7DCT GT Line

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O motor 1.7 CRDi de 141 cv é competente, mas algo justo sempre que se faz uso de toda a capcidade de transporte de passageiros e carga da Optima Sportswagon

O carregamento sem fios, por indução, para smartphones também faz parte do equipamento de série da mais dotada versão da nova carrinha Optima

Kia Optima Sportswagon 1.7 CRDi 7DCT GT Line

O espaço disponível atrás é verdadeiramente fantástico, permitindo aí acomodar, com toda a facilidade, ocupantes adultos

A camâra de visão panorâmica oferece diversas perspectivas do que se passa em torno do veículo

Kia Optima Sportswagon 1.7 CRDi 7DCT GT Line

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Kia Optima Sportswagon 1.7 CRDi 7DCT GT Line

A camâra de visão panorâmica oferece diversas perspectivas do que se passa em torno do veículo

Kia Optima Sportswagon 1.7 CRDi 7DCT GT Line

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As jantes de 18" são de série na nova carrinha de topo da Kia

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Dispositivos de segurança é o que também não falta na nova Optima Sportwswagon

Kia Optima Sportswagon 1.7 CRDi 7DCT GT Line

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Mais do que uma surpresa, a nova Optima Sportswagon acaba por ser a confirmação do (bom) trabalho que a Kia vem desenvolvendo nos últimos anos, no sentido de se poder bater, de igual para igual, com as principais referências europeias nos segmentos em que concorre. Além dos valores que sempre foram intrínsecos às suas criações, a marca coreana tem vindo a apostar forte em áreas especialmente sensíveis aos consumidores dos Velho Continente, como sejam a estética exterior e interior, a qualidade dos materiais utilizados no habitáculo ou o agrado de utilização, entre outros. Tudo rematado, como é da praxe, por um preço, no mínimo, competitivo.

Recém-chegada ao mercado português, a nova carrinha de topo da Kia apenas é proposta entre nós com o motor 1.7 CRDi, o que faz todo o sentido tendo em conta que as vendas, nesta classe, cabem, esmagadoramente, a modelos animados por motores a gasóleo, regra a que este modelo não fugirá, pelo menos até que chegue, em 2017, a sua versão híbrida plug-in. Aqui em análise está, por isso, a Optima Sportswagon 1.7 CRDi 7DCT GT Line, ou seja, a variante mais refinada da família, dotada do nível de equipamento mais recheado e da caixa pilotada de dupla embraiagem e sete velocidades.

Visualmente, a nova Kia Optima Sportswagon exibe linhas modernas e apelativas, com algum dinamismo até

Que começa por cativar logo num primeiro olhar. Com mais de 4,8 metros de comprimento, não só possui um porte considerável, como exibe linhas sóbrias mas com uma certa elegância, que nesta versão GT Line, com os seus elementos específicos (como os faróis por LED ou as ponteiras de escape cromadas), ganham, até, algum dinamismo extra que não deixa de agradar à vista.

Mais impressionante, o interior. A habitabilidade é, simplesmente, excelente, e das melhores da classe, nomeadamente em termos do espaço disponibilizado para as pernas de quem viaja atrás. Aqui se começando a comprovar a competência da Optima Sportswagon enquanto familiar, permitindo transportar com toda a comodidade, pelo menos, dois passageiros adultos no banco traseiro.

Além de uma elevada qualidade geral, e de um equipamento de série extremamente rico, o interior oferece uma habitabilidade notável, em particular atrás

Ainda no habitáculo, e a par de uma decoração apelativa, é forçoso salientar a elevada qualidade geral oferecida, garantida não só pela montagem rigorosa, típica dos fabricantes orientais, como por materiais e acabamentos de nível superior – não temendo a comparação, nesta matéria, com os melhores representantes da classe dos familiares médios oriundos das marcas ditas generalistas. Quanto ao equipamento de série, de segurança como de conforto, é do mais completo que se pode encontrar a este nível, ao ponto de a Optima Sportswagon 1.7 CRDi 7DCT GT Line apenas propor dois opcionais: o tecto panorâmico e a pintura metalizada, por sinal presentes na unidade ensaiada.

Não sendo a maior da classe, a mala conta, também ela, com uma generosa capacidade, que varia entre 552 litros e 1686 litros. Para ajudar ao transporte das bagagens, o banco traseiro rebate na proporção 40/20/40, ao passo que a bagageira conta com vários elementos para acomodar e fixar os pertences dos ocupantes (olhais de fixação, barras extensíveis que correm sobre calhas, cintas e redes elásticas), com um fundo falso, com manípulos para rebatimento dos bancos nos seus painéis interiores e com um portão traseiro de operação eléctrica com função “mãos-livres”. Mais era difícil pedir…

A par de uma muito generosa capacidade, a mala conta com diversas soluções para acomodar as bagagens que incrementam a sua versatilidade. O portão traseiro é eléctrico e conta com função “mãos-livres”

Já ao volante, o condutor (tal como o passageiro da frente) usufrui de um banco desportivo capaz de oferecer um bom suporte, mas nem por isso pouco confortável, antes pelo contrário. Ainda assim, e apesar das múltiplas regulações eléctricas do banco dianteiro, e também em altura e profundidade da coluna de direcção, o posto de condução, sendo correcto, não deixa de ser um pouco elevado, o que também já não é, propriamente, novidade no Optima.

Sob o capot está instalado o conhecido motor turbodiesel de 1,7 litros, agora capaz de oferecer 141 cv e um binário máximo de 340 Nm, constante entre as 1750 rpm e as 2500 rpm. Com mais 5 cv e mais 15 Nm do que na sua versão anterior, o aumento do rendimento da unidade motriz faz sentir-se, sobretudo, ao nível das recuperações, embora as acelerações também tenham registado uma ligeira progressão. Nesta versão equipada com a caixa 7DCT, e face ao que conhecíamos da berlina Optima de 136 cv, os consumos são um pouco mais reduzidos a velocidades estabilizadas em estrada aberta, mas sendo a diferença bem menos notória em percurso urbano, mantendo-se alguma incapacidade desta transmissão para bem lidar com estas condições de utilização.

A caixa pilotada 7DCT é rapida e suava, mas merece ser aprimorada na sua função de comando ma ual sequencial

Propondo os modos de utilização Eco, Normal e Sport, em que varia, essencialmente, a sensibilidade da reposta ao acelerador, este motor acaba por cumprir na maioria das situações, mas não mais. A regimes mais elevados, ou em carga, a sua sonoridade acaba por ser mais audível do que o desejável no habitáculo; quando se transporta maior quantidade de passageiros e/ou carga, as suas (naturais) limitações acabam por vir ao de cima, reflectindo-se na celeridade da progessão, nas hesitações da caixa em selecionar a mudança ideal nas situações mais exigentes e no aumento do consumo, que facilmente ronda os 10,0 l/100 km.

Ainda no que concerne à caixa pilotada, é da mais elementar justiça reconhecer a sua capacidade para garantir trocas de mudança rápidas e suaves. Mas também não é possível deixar de mencionar que, nem mesmo quando comandada manualmente através das patilhas no volante, e até no modo Sport, deixa de seleccionar a mudança superior quando o motor atinge a red-line, o que não é a condição mais satisfatória para quem pretenda usufruir de uma outra envolvência ao volante. Sendo que, com a caixa 7DCT, a nova Optima Sportswagon anuncia mais 0,9 segundos nos 0-100 km/h, embora esta seja a única opção de transmissão disponível com o nível de acabamentos GT Line.

O comportamento dinâmico é pautado, essencialmente, por um elevado conforto de marcha, a que se junta uma condução fácil e agradável

O comportamento dinâmico, esse, tem por principal virtude combinar um excelente conforto de marcha sobre qualquer tipo de piso com uma apreciável eficácia, mesmo que o amortecimento tenda a privilegiar o primeiro. Ainda assim, o anunciado aumento de 50% da rigidez estrutural, em conjunto com a evoluída suspensão, e o recurso (pelo menos na unidade ensaiada) a uns competentes pneus Michelin Pilot Sport 3, acaba por garantir a esta carrinha um desempenho muito interessante na esmagadora maioria das situações, desde que utilizada da forma para que foi concebida.

Já quem pretender impor ritmos mais empenhados terá que lidar com algumas limitações que não se podem considerar, propriamente, como defeitos num automóvel com esta vocação. Apesar do ESP ser possível de desligar, e da sigla GT Line incluída na sua designação comercial, o facto é que, sempre que a toada é mais intensa, em particular nos traçados mais sinuosos, a frente acaba por ceder, o que traduz numa manifesta tendência para a subviragem nas solicitações mais exigentes em curva. Ao mesmo tempo, a direcção, que agora monta o motor eléctrico, que garante a respectiva assistência, na cremalheira, e não na coluna de direcção, apesar de mais precisa do que anteriormente, continua a ser sobreassistida e, sobretudo, algo vaga no ponto central.

O preço é outro dos grandes atributos da nova Kia Optima Sportswagon, muito contribuindo para torná-la numa proposta extremamente apetecível

Em compensação, o preço a que a nova carrinha de topo sul-coreana é proposta entre nós é, inequivocamente, um dos seus maiores trunfos. Nesta versão mais dotada, os €44 022 pedidos baixam para €38 022 por via da campanha de lançamento que a Kia tem em vigor, e que inclui €4100 de desconto directo e mais €1900 para quem optar pelo financiamento da marca. O que permite que a versão de acesso seja proposta a partir de uns quase irresistíveis €32 432, sempre com a famosa garantia de 7 anos ou 100 mil quilómetros.

Apesar disso, o próprio importador nacional da marca reconhece que, para ter sucesso neste segmento, é necessário conquistar os clientes frotistas, aqueles que asseguram o grosso das vendas. À nova Optima Sportswagon não faltam argumentos objectivos, seguramente suficientes para convencer boa parte dos seus potenciais clientes particulares. Resta saber que valores residuais lhe atribuirão as gestoras de frotas para apurar das suas reais hipóteses de sucesso entre nós.