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Kia Sportage 1.7 CRDi TX

Artigo
Kia Sportage 1.7 CRDi TX

Visão geral
Marca:

Kia

Modelo:

Sportage

Versão:

1.7 CRDi TX

Ano lançamento:

2016

Segmento:

SUV

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.7 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

115/4000

Vel. máx. (km/h):

176

0-100 km/h (s):

11,5

CO2 (g/km):

119

PVP (€):

34 142/36 017

Gostámos

Qualidade interior em progresso, Habitabilidade, Comportamento e conforto de marcha, Equipamento de série

A rever

Prestações modestas, Preço

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Qualidade geral
8.0
Interior
8.0
Segurança
7.0
Motor e prestações
7.0
Desempenho dinâmico
7.0
Consumos e emissões
7.0
Conforto
7.0
Equipamento
8.0
Garantias
9.0
Preço
6.0
Se tem pressa...

O Sportage continua a ser o modelo mais importante para a Kia no mercado europeu. A sua nova geração, evoluída em praticamente todos os domínios, demonstra os cuidados dispensados pela marca coreana ao seu popular SUV

7.4
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Produzido na Eslováquia, o Sportage ainda é o modelo mais importante para a Kia na Europa. E, muito provavelmente, vai continuar a sê-lo ainda durante mais algum tempo, ou não fosse o segmento dos SUV e crossovers o que mais cresce no Velho Continente, para mais à razão de dois dígitos anuais.

É, por isso, fácil de entender a importância que tem para a marca coreana o lançamento de uma nova geração do Sportage. Que, em Portugal, por via da nossa peculiar fiscalidade, apenas é proposto em versões de tracção dianteira, sendo o motor turbodiesel 1.7 CRDi de 115 cv o mais procurado pelo consumidor luso. Justamente a combinação presente na unidade ensaiada, dotada ainda do nível de equipamento TX, por sinal o mais recheado da gama – entre os possíveis de combinar com esta unidade motriz (já que o GT Line está reservado à versão 2.0 CRDi de 136 cv).

Se, tecnicamente, o novo Sportage é quase um “irmão gémeo” do também novo Hyundai Tucson, nem por isso o SUV da Kia deixa de possuir a sua própria personalidade. Visualmente, até pode ser menos marcante e original do que o seu antecessor, mas não subsistem dúvidas que a sua aparência está mais actual, é mais consensual e, porventura, até mais apelativa. Sendo poucos aquele cujo olhar não é atraído pelo modelo sul-coreano, que consegue combinar o seu ar de SUV moderno com um porte e uma sensação de robustez mais típicas de um “jipe” convencional. No limite, há quem o acuse de haver algo nas suas linhas que faz lembrar os modelos da Porsche – não sei se foi essa a intenção de Peter Schereyer, o antigo homem forte do design da Audi que hoje supervisiona o design de todo o Grupo Hyundai, mas reconheça-se que também há piores referenciais com que ser comparado…

O novo Kia Sportage é senhor de linhas modernas e apelativas, mas há quem considere haver nele qualquer coisa que faz lembrar os SUV da Porsche. E também há comparações (bem) piores...

O novo Kia Sportage é senhor de linhas modernas e apelativas, mas há quem considere haver nele qualquer coisa que faz lembrar os SUV da Porsche. E também há comparações (bem) piores…

Uma jovialidade muito superior aquilo que é hábito encontrar é o primeiro elemento a cativar a atenção de quem pela primeira vez acede ao interior. O que muito se fica a dever a uma feliz escolha de cores (na unidade testada, conjugando o beige dos bancos em pele com o castanho e o beige do tablier bicolor e o preto dos restantes plásticos), que também ajuda a realçar o aumenta da qulidade tanto dos materiais, como dos respectivos acabamentos, a que se junta uma montagem rigorosa, como é da praxe na marca.

O bom ambiente a bordo é reforçado por uma insonorização competente (que se melhor não faz, é menos por culpa sua do que pelas características intrínsecas do motor) e pela ausência de ruídos parasitas, a confirmar o tal aumento do rigor construtivo. Não menos importante, a correcta posição de condução e o generoso espaço para passageiros e bagagens (os bancos traseiros oferecem regulação em inclinação das respectivas costas, a capacidade da mala cresceu 40 litros face ao anterio modelo), provando que os técnicos da marca souberam tirar bom partido do aumento de 40 m do comprimento exterior, e de 30 mm da distância entre eixos.

Uma feliz escolha de cores torna o habitáculo bastante acolhedor. A qualidade de construção progrediu face à anterior geração do Sportage

Uma feliz escolha de cores torna o habitáculo bastante acolhedor. A qualidade de construção progrediu face à anterior geração do Sportage

Para passar, finalmente, à acção, é necessário o contributo do motor, que continua a ser algo justo para quem aspire a uma condução mais dinâmica, e ainda para mais quando a caixa de velocidades apresenta um escalonamento tão longo, em especial das suas três últimas relações (a isso obrigam consumos e emissões, e algo teria que ser prejudicado…). Os 115 cv oferecidos são não mais do que aceitáveis para esta categoria; o binário máximo de 280 Nm, constante entre as 1250 rpm e as 2750 rpm, favorece mais o uso em cidade, ou o rolar em estrada a velocidades moderadas, do que uma utilização mais empenhada.

Aliás, em auto-estrada, é difícil superar os 140 km/h sem recorrer à caixa de velocidades, tão longa é a sua sexta relação, com a situação a sofrer um esperado agravamento sempre que se transporta maior quantidade de passageiros e/ou carga. Ao mesmo tempo, sempre que se exige mais do motor, este responde com um ruído esforçado, e o inevitável aumento dos consumos, se bem que não seja fácil ir muito para lá dos 10,5 l/100 km numa utilização exigente, mas ainda minimamente “civilizada”.

Se o motor 1.7 CRDi de 115 cv já é um pouco justo para fazer face aos quase 1500 kg do Sportage, a caixa muito longa acaba por condicionar em definitivo o agrado de utilização

Se o motor 1.7 CRDi de 115 cv já é um pouco justo para fazer face aos quase 1500 kg do Sportage, a caixa muito longa acaba por condicionar em definitivo o agrado de utilização

Já a velocidades moderadas, a média ponderada por nós obtida de 6,72 l/100 km não deixará se convencer a maioria dos potenciais clientes deste Sportage, e isto apesar do aumento do peso em 85 kg face ao modelo da geração anterior, bem como do seu consumo algo superior em ambiente urbano. Já em termos de prestações, as acelerações até são um pouco melhores, mas (mais uma vez aqui) a caixa demasiado longa prejudica de forma evidente as reprises, sobretudo em sexta relação, obrigando o condutor a um trabalho mais aturado para manter um ritmo minimamente constante em percursos com maiores variações de velocidade.

Bem melhor é o comportamento dinâmico. Apesar da afinação da suspensão permitir algum adornar em curva, e da direcção continuar demasiado leve e vaga (ainda que melhor do que anteriormente), o pisar é sólido e os movimentos da carroçaria são sempre bem controlados, o que se traduz em reacções honestas e previsíveis, e num desempenho neutro, mais equilibrado e acessível do que, propriamente, envolvente ou por demais eficaz. E como tracção também não falta (os pneus de medida 245/45R18 assim o garantem), digamos que faz tudo bem, também por culpa do aumento da rigidez torsional, mas sem nunca deslumbrar quem vai ao volante.

Fácil de conduzir, o novo Sportage impressiona também pelo conforto dinâmico que oferece em qualquer circunstância

Fácil de conduzir, o novo Sportage impressiona também pelo conforto dinâmico que oferece em qualquer circunstância

Em compensação, e em boa parte devido ao facto de a Kia ter decidido manter a evoluída suspensão traseira do tipo multilink (o que se saúda), o conforto é sempre elevado, mesmo em mau piso ou no fora de estrada. Ainda que tal tipo de incursões esteja limitado pela tracção apenas dianteira, e pelas rodas de 18” que para pouco mais servem do que embelezar – vale, neste particular, ao condutor Sportage 1.7 CRDi o curso minimamente longo da suspensão, a altura ao solo superior ao normal, o ESP totalmente desligável (em duas fases) e o controlo eletrónico de descidas HDC para ainda poder usufruir de algumas aventuras.

Só que o desempenho em todo-o-terreno estará longe de ser preocupação primordial para o potencial comprador de um Sportage 1.7 CRDi TX. Certamente mais sensível a este ser um modelo com todas as funcionalidades de SUV moderno, nomeadamente a sua utilização fácil em cidade, em estrada e nas demais situações do quotidiano. E que, mais do que um familiar compacto “disfarçado”, ainda conserva algo de “TT” nas formas e no desempenho. E se o preço de €34 142 não será o mais concorrencial do segmento, há que lembrar que a campanha de lançamento ainda em vigor dá uma ajuda, baixando o valor de aquisição para uns mais atraentes €30 642.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Controlo electrónico de descidas (HDC)
Assistente aos arranques em subida (HSA)
Sistema de assistência à manutenção na faixa de rodagem
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Fixações Isofix
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Cruise control+limitador de velocidade
Bancos em pele+tecido
Banco do condutor com regulação em altura+lombar
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Sistema multimédia com ecrã táctil de 7,2″+leitor de mp3+entradas USB/Aux+6 altifalantes
Mãos-livres Bluetooth
Sistema de navegação
Sensores de estacionamento FR/TR+câmara de estacionamento traseira
Vidros eléctricos FR/TR
Vidros traseiros escurecidos
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Luzes diurnas por LED
Faróis de nevoeiro
Sensor de luz+chuva
Jantes de liga leve de 19
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Roda suplente normal
Barras de tejadilho

Pintura metalizada (€375)
Tecto panorâmico (€1500 – inclui: tecto panorâmico+estofos em pele)

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zyrgon