Lexus IS 300h Executive+Pack Navegação Premium
Lexus
IS
2013
Familiares médios
4
Traseira
2.5 Híbrido
223/6000
200
8,3
103
42 305
Consumos a velocidades estabilizadas, Comportamento, Qualidade geral, Utilização suave
Pormenores de ergonomia, Ruído do motor em aceleração
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 200 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 8,6 |
0-400 m | 16,2 |
0-1000 m | 29,1 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em D | 4,5 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em D | 5,6 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 39,1 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 4,2 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 4,7 |
Cidade | 5,8 |
Média ponderada (*) | 5,26 |
Autonomia média ponderada (km) | 1255 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1395 |
Largura atrás | 1370 |
Comprimento à frente | 1130 |
Comprimento atrás | 770 |
Altura à frente | 920 |
Altura atrás | 970 |
Uma das principais novidades trazidas pela mais recente geração do IS foi a de que a Lexus abandonava os motores Diesel, apostando tudo nas soluções híbridas para motorizar as versões energeticamente mais eficientes dos seus modelos (mas não só, como o prova, por exemplo, a variante de topo da família LS). Com isto, a divisão de luxo da Toyota terá de assumir, pelo menos por agora, um papel necessariamente mais de marca de nicho no mercado europeu, ao mesmo tempo que a gama do seu familiar médio, em Portugal, fica reduzida à versão IS 300h, pois pouco sentido faria comercializar entre nós a variante IS 250 com motor V6 de 2,5 litros e 207 cv.
O novo IS 300h vem equipado com uma motorização híbrida composta por um motor de quatro cilindros em linha a gasolina de ciclo Atkinson e 2,5 litros de capacidade, com 181 cv/6000 rpm e 221 Nm constantes entre as 4200 rpm e as 5400 rpm; e por um motor eléctrico com 143 cv e 300 Nm, alimentado por baterias de Ni-MH – tudo combinado com uma transmissão de variação contínua. A potência combinada é de 223 cv, não anunciando a Lexus o valor máximo do binário combinado.
Não obstante as baterias obrigarem a um acréscimo de peso da ordem dos 65 kg (o IS 300h anuncia na balança 1620 kg), os valores em questão deixariam, em tese, antever um temperamento bastante dinâmico para a berlina nipónica. Algo que acaba por não se verificar totalmente na prática, e que os primeiros quilómetros desde logo deixam perceber – parecendo que a Lexus terá antes apostado (muito) forte na suavidade de condução e na redução dos consumos.
À partida, o sistema híbrido coloca à disposição do condutor três modos de funcionamento, que fazem variar a resposta do acelerador, da caixa e de sistemas periféricos como o ar condicionado : Eco, Normal e Sport. Existe ainda um botão para selecção do modo destinado à condução sobre superfícies de aderência precária (Snow), e outro que permite escolher o modo totalmente eléctrico (EV).
A este propósito, refira-se que o IS 300h, na melhor das hipóteses, consegue cumprir dois quilómetros sem recorrer ao motor de combustão, e desde que abaixo dos 50 km/h, pelo que é evidente que esta função se destina a situações muito particulares. Por isso, em cidade, a escolha deverá recair sobre o modo Eco, em que vêm ao de cima a suavidade e silêncio de funcionamento do grupo motopropulsor, combinadas com um excelente consumo (5,8 l/100 km nas nossas medições) e sem que para tal seja necessário conduzir com exageradas cautelas sobre o pedal da direita.
Se se pretender impor um ritmo mais acelerado em cidade, ou para condução em estrada aberta, será o modo Normal o preferível. A resposta ao acelerador é mais efectiva, mas o motor continua a primar por um funcionamento silencioso, assim como por consumos bastante contidos, um pouco acima dos quatro litros de gasolina por cada centena de quilómetros percorrida. Uma virtude que torna as viagens mais longas tão agradáveis como apetecíveis.
Menos convincente é o modo Sport. Com a transmissão a obrigar o motor a trabalhar a regimes mais elevados, é desaconselhável se se não pretender tirar todo o partido do mesmo, uma vez que tal implica um ruído de funcionamento mais elevado. Seleccionado este modo, o IS 300h brinda ainda o condutor com a emulação da sonoridade de um V8, emitida por um sintetizador, que pretende acompanhar a resposta do motor que realmente se encontra sob o capot (e também da transmissão, quando se faz uso das patilhas no volante para comando sequencial da mesma) – uma solução curiosa, mas que, na prática, peca por uma sonoridade demasiado artificial, e por nem sempre conseguir oferecer o sincronismo ideal com o motor de combustão. Felizmente que o dispositivo conta, não só com regulação do volume, como com a possibilidade de ser desligado.
Mas o principal defeito do modo Sport é mesmo não corresponder, na prática, às expectativas criadas pela sua designação e pelo rendimento oferecido pela motorização. Numa utilização mais desportiva, a unidade motriz continua a primar por uma notória linearidade da resposta (embora acompanhada daquele ruído esforçado e pouco agradável do motor, típico das transmissões CVT), mas sem o ímpeto que se esperaria e desejaria, podendo a Lexus ter feito um pouco mais na forma como o motor eléctrico ajuda o térmico a oferecer um maior vigor. Nem que fosse através de uma função seleccionável pelo condutor nas circunstâncias em que tal lhe aprouvesse. Em compensação, esta progressividade reflecte-se nos consumos, que mesmo usando e abusando do acelerador dificilmente superam os 14,0 l/100 km, ao passo que as prestações são de bom nível nas acelerações e recuperações, ficando a velocidade máxima por uns algo modestos 200 km/h (sendo já em esforço que o IS 300h passa dos 190 km/h).
É claro que muita desta sensação de “saber a pouco” se deve também à qualidade do châssis, muito equilibrado e eficaz. Os primeiros encómios vão para a direcção de assistência eléctrica, porventura um pouco “pesada” em cidade, mas com um óptimo tacto e uma das melhores do género do momento, em termos de rapidez como de sensibilidade, precisão e comunicação com o condutor, em condução mais empenhada.
Depois, a correcta distribuição do peso de 50% sobre cada eixo, em conjunto com a afinação relativamente firme da suspensão, capaz de controlar com eficácia os movimentos da carroçaria, e com um trem dianteiro muito preciso e rigoroso, transformam a condução em traçados sinuosos numa tarefa por demais agradável, que só não atinge outros níveis de emoção e divertimento devido ao referido desempenho menos intempestivo do motor nestas circunstâncias. É um facto que as seis posições pré-definidas da transmissão, seleccionáveis através das patilhas no volante, disfarçam um pouco esta carência, mas não a eliminando por completo.
E é pena que assim seja, tanto mais que é possível inibir por completo a intervenção do controlo de estabilidade, o que, com outra resposta do motor, se traduziria num enorme gozo ao volante. Assim, só é possível usufruir de outra agilidade em curva, garantida pelas derivas de traseira, em piso húmido ou molhado, já que, sobre asfalto seco e em bom estado, a elevada motricidade do trem traseiro torna extremamente difícil quebrar a ligação entre a borracha e o alcatrão, mesmo quando a isso instado nas trocas de apoio, seja através do volante como dos travões. Travões que cumprem em pleno a sua função, embora (como é vulgar em modelos com motorização total ou parcialmente eléctrica) padeçam de um tacto pouco natural, que exige habituação para que as travagens não sejam desnecessariamente bruscas a baixa velocidade, especialmente em cidade.
Com um dos melhores châssis da actualidade na sua categoria, o IS 300h deixa, deste modo, “água na boca” para perceber do que seria este capaz quando combinado com um motor realmente poderoso – abrindo excelentes perspectivas a uma hipotética versão “F”. Mas, para os que não tenham no temperamento desportivo uma exigência incontornável, o modelo conta com outros atributos nada desprezíveis, como um pisar sólido mas em que as irregularidades são absorvidas com muita competência, não penalizando os seus ocupantes quando tem que enfrentar pisos mais irregulares, usufruindo estes sempre de um nível de conforto digno de nota.
Aliás, a qualidade de vida a bordo é mesmo um dos grandes trunfos do IS 300h. A qualidade geral é de nível superior e a decoração sóbria mas moderna e apelativa. A funcionalidade não merece reparos de maior, excepção feita à profusão de botões de comando em que a marca teima em insistir, alguns “escondidos#” em lugares mais recônditos, dificultando o acesso quando se está a conduzir.
O posto de condução, esse, é soberbo. Ao volante de excelente desenho e tacto a condizer juntam-se os bancos cómodos mas com um apreciável nível de apoio lateral, assim como um painel de instrumentos digital com uma excelente legibilidade, e em que a informação fornecida variante consoante o modo de funcionamento do motor seleccionado (no modo Sport conta com iluminação vermelha, e o indicador de carga é substituído por um conta-rotações). Completo é, ainda, o sistema de infoentretenimento, embora o comando do tipo “rato de computador”, em que a Lexus continua a apostar para o operar, embora melhor do que noutras realizações da marca, continue a não convencer… O relógio analógico, instalado na consola central, é uma exigência antiga dos clientes da marca, ficando por saber se a solução encontrada é a que preconizavam.
Referencia, também, para a habitabilidade, agora mais generosa, mercê, quer do aumento da distância entre eixos em 70 mm (o que se reflectiu decisivamente no espaço disponível para pernas atrás), quer do recurso pelo novo IS a uma versão “encurtada” da plataforma do GS, o que acarretou notórios benefícios ao nível da largura. Melhorável, a altura disponível atrás, condicionada pela acentuada quebra da linha do tejadilho em direcção à traseira. Quanto à mala, a colocação das baterias agora sob o respectivo piso permite-lhe oferecer uns razoáveis 450 litros (apenas menos 30 litros que no IS 250) e, não menos importante, o rebatimento assimétrico do banco posterior, para maior versatilidade.
Importante para todos, e mais ainda a este nível, é gostar-se visualmente do automóvel que se conduz. Neste aspecto, o IS 300h pouco terá a temer, exibindo linhas angulosas mas aerodinamicamente eficazes (Cx de 0,26), tipicamente Lexus, mas bastante mais marcantes e personalizadas do que as do modelo anterior, às quais será fácil ficar rendido.
Ainda mais apelativa e convincente é a postura comercial do IS 300h. Nesta versão Executive com Pack de Navegação Premium, conta com um muito completo equipamento de série e custa €42 305, valor por demais competitivo face aos rivais com idêntico nível de potência, sejam eles a gasolina ou a gasóleo. Vantagem que se torna ainda mais evidente para os que, dispensando algum do equipamento de conforto, optem pela variante de acesso Business, proposta por €38 000. Assim se deixem convencer os irredutíveis dos motores a gasóleo…
Motor de combustão | Motor de combustão |
Tipo | 4 cil. em linha, longit., diant. |
Cilindrada (cc) | 2494 |
Diâmetro x curso (mm) | 90,0×98,0 |
Taxa de compressão | 13,0:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas com distribuição variável |
Potência máxima (cv/rpm) | 181/6000 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 221/4200-5400 |
Alimentação | injecção mista |
Motor eléctrico | |
Tipo | Síncrono de íman permanente |
Potência máxima (cv/rpm) | 143/n.d. |
Binário máximo (Nm/rpm) | 300/0 |
Bateria | Ni-MH |
Rendimento combinado | |
Potência máxima combinada (cv/rpm) | 223/6000 |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4660/1810/1430 |
Distância entre eixos (mm) | 2800 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1535/1550 |
Jantes – pneus | n.d.Jx17″ – 225/45 (Bridgestone Turanza) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1620 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 7,26 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 450/66 |
Transmissão | |
Tracção | traseira |
Caixa de velocidades | automática de variação contínua com 6 pré-selecções+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica variável |
Diâmetro de viragem (m) | 11,0 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (n.d.) |
Traseiros (ø mm) | Discos ventilados (n.d.) |
Suspensões | |
Dianteira | Independente, com braço triangulares sobrepostos |
Traseira | Multilink |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 5 anos ou 160 000 km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km (mudança de óleo 15 000 km) |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais
Airbag para os joelhos para condutor e passageiro
Aribags de cortina
Encostos de cabeça activos
Controlo electrónico de estabilidade
Assistente aos arranques em subida (HAC)
Cintos dianteiros+laterais traseiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Capot com sistema Pop Up para protecção de peões
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Cruise-control
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante desportivo em pele/regulável em altura+profundidade/com patilhas de comando da caixa
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica
Rádio com leitor de CD/mp3/DVD+8 altifalantes+entrada USB+rádio digital DAB+ecrã 7″
Sistema de navegação
Mãos-livres Bluetooh para telemóvel+áudio
Vidros eléctricos FR+TR
Retrovisores eléctricos+aquecidos
Retrovisor interior electrocromático
Sensor de chuva
Sensores de estacionamento frente/trás+câmara de estacionamento traseira
Chave electrónica
Alarme
Faróis de Xénon
Faróis de nevoeiro
Luzes diurnas+farolins traseiros por LED
Iluminação interior por LED
Controlo de som activo
Jantes de liga leve de 17”
Sistema de monitorização da pressão dos pneus