Marcas alemãs lutam por salvar os motores Diesel
Entre acusações de manipulação de emissões, cartelização e outras alegadas atitudes menos abonatórias, os fabricantes de automóveis alemães lutam, agora, e em conjunto, por salvar os motores Diesel de uma morte anunciada na sua própria casa, depois dos anúncios já feitos nesse sentido pela França e pelo Reino Unido. Os grupos BMW, Daimler, VW e a Opel acordaram já na instalação de novo software de gestão dos motores a gasóleo que permitirá reduzir drasticamente as respectivas emissões, nomeadamente dos nocivos óxidos de azoto (NOx), assim tentando evitar não só medidas financeiramente mais dispendiosas, como que estes sejam banidos de diversas cidades germânicas.
A medida, apresentada já às autoridades governamentais teutónicas, abrangerá qualquer coisa como cerca de cinco milhões de automóveis animados por motores Diesel homologados segundo as normas Euro 5 e, nalguns casos, Euro 6, e permitirá reduzir as suas emissões de NOx entre 25-30%. Com isto, os construtores asseguram que a redução da poluição será, pelo menos, tão significativa quanto as proibições de circulação de automóveis a gasóleo propostas pelas principais cidades do país.
Por seu turno, Alexander Dobrindt, ministro alemão dos transportes, referiu que os construtores alemães comprometeram-se, ainda, a financiar incentivos que estimulem os consumidores a trocar automóveis a gasóleo com dez ou mais anos por outros novos, com emissões mais baixas (algo que a BMW tem já em marcha – saiba tudo aqui. Assegurando, igualmente, que, em conjunto com a sua colega com a pasta do Ambiente, Barbara Hendricks, tudo será feito para evitar as proibições de circulação destes veículos nas cidades do país.
Após o encontro entre os executivos da indústria automóvel alemã e os responsáveis governamentais, Dieter Zetsche, CEO da Daimler, referiu que “enquanto os automóveis eléctricos tiverem uma pequena quota de mercado, optimizar os Diesel é a forma mais efectiva de alcançar as metas ambientais no transporte rodoviário”.