Mazda CX-30 2.0 Skyactiv-G AT AWD Excellence
Mazda
CX-30
2.0 Skyactiv-G AT AWD Excellence
2019
SUV
5
Integral
2.0
122/6000
182
11,7
7,3 (combinado WLTP)
165 (combinado WLTP)
37 020
Imagem atraente, Qualidade geral, Habitabilidade, Comportamento, Conforto de marcha, Versatilidade de utilização
Prestações modestas, Motor sensível às variações de carga/ritmo
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 182 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 10,3 |
0-400 m | 17,2 |
0-1000 m | 31,9 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em D | 6,1 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em D | 8,0 |
Distância de travagem | |
100-0 km/h | 36,4 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 4,8 |
Auto-estrada (80-100 km/h) | 7,6 |
Cidade | 8,9 |
Média ponderada (*) | 7,82 |
Autonomia média ponderada (km) | 614 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1410 |
Largura atrás | 1400 |
Comprimento à frente | 1080 |
Comprimento atrás | 700 |
Altura à frente | 970 |
Altura atrás | 960 |
Basta um primeiro e breve olhar ao novo Mazda CX-30 2.0 Skyactiv-G AT AWD Excellence protagonista deste ensaio, a mais dotada versão do modelo, entre as animadas pelo motor a gasolina de 112 cv de acesso à gama, para perceber o bom trabalho que a marca de Hiroshima tem vindo a desenvolver nesta matéria num domínio que continua a ser essencial para o êxito comercial de qualquer automóvel: o do estilo. Posicionado entre o CX-3 e o CX-5, o novo SUV nipónico será, porventura o mais elegante e atraente Mazda do momento, exibindo uma estética muito bem conseguida, com um notável equilíbrio entre formas e volumes, que lhe confere um ar dinâmico e versátil, como se pretende neste segmento, e sem que a sua imagem global deixe de ser imediatamente identificada com o seu construtor.
O interior, bastante semelhante ao do novo Mazda3, é outro dos grandes atributos do CX-30. Apesar da colocação mais elevada dos bancos, e da posição de condução, por consequência, também um pouco mais alta, o posto de condução é bastante envolvente, e a visibilidade boa em todos os sentidos – mesmo que o formato do óculo posterior não permite que, para trás, esta seja, propriamente, uma referência. Em compensação, a legibilidade, tanto da instrumentação, como do head-up display, não merece qualquer reparo, o que não deixa de ser um contributo importante para que o condutor se concentre devidamente na sua principal tarefa.
Também o design minimalista, que levou à redução ao mínimo do número de botões e alavancas de comando, contribui de forma decisiva para o excelente ambiente a bordo, o mesmo se podendo afirmar da decoração sóbria, mas elegante, e de uma excelente qualidade materiais, acabamentos e montagem. Por seu turno, as quotas de habitabilidade, muito semelhantes às da nova geração do familiar compacto da Mazda (só muito ligeiramente inferiores às deste em largura e altura, mas mantendo o mesmo padrão no que ao espaço para pernas atrás diz respeito, apesar da sua plataforma ser 70 mm mais curta entre eixdos do que a do Mazda3), permitem que quatro adultos viagem comodamente no CX-30, ao passo que a bagageira, com 430 litros de capacidade, ampliável até um máximo de 1406 litros, por via do rebatimento assimétrico do banco traseiro, também é de molde a satisfazer as necessidades familiares da esmagadora maioria dos clientes de um veículos desta categoria.
Na base da oferta de motores do CX-30 está o quatro cilindros a gasolina de 2,0 litros da família Skyactiv-G, uma unidade atmosférica dotada de sistema de desactivação dos cilindros (pode desligar dois cilindros em situações de baixa carga, para reduzir os consumos) e tecnologia mild hybrid, assente num alternador/motor de arranque integrados e numa bateria de iões de lítio de 24 Volt, com a missão de recuperar parte da energia em desaceleração e travagem, e de assistir o motor térmico nos arranques. Com 122 cv de potência às 6000 rpm, e um binário máximo de 213 Nm/4000 rpm, este propulsor surge associado, no CX-30 2.0 Skyactiv-G AT AWD Excellence, a uma caixa de velocidades automática de seis relações, e a um sistema de tracção integral com elementos de baixo atrito, que funciona de forma integrada com o controlo de estabilidade com vectorização de binário GVC Plus.
Em termos de desempenho, pode afirmar-se que este motor acaba por cumprir a sua tarefa, mas sem deslumbrar. Em estrada e auto-estrada, a velocidades minimamente estabilizadas, e dentro dos limites impostos por lei, os consumos até são de excelente nível, equiparáveis, por exemplo, aos de um moderno motor 1.4 Turbo a gasolina com cerca de 140 cv. E mesmo em cidade, desde que se tenha alguma contenção com o pedal da direita, a média alcançada também é bastante aceitável.
Num caso, como no outro, provam-se as vantagens das soluções adoptadas para incrementar a eficiência da unidade motriz – sendo até possível acompanhar, em tempo real, no ecrã do sistema de infoentretenimento, o funcionamento do sistema de desactivação de cilindros. Só que, também em ambos os casos, variações mais intensas de carga e de regime, ou mesmo o enfrentar de um relevo mais acentuado, implicam, de imediato, consumos bastante menos simpáticos, não sendo difícil, a ritmos mais intensos, registar médias superiores a 12,0 l/100 km. Por isso, para poupar na carteira, e usufruir do melhor que este motor tem para dar, o ideal é mesmo rolar, sempre que possível, com cargas de intensidade baixa ou média sobre o acelerador, numa toda calma, tipicamente familiar, aquela em que também é mais o notório o funcionamento suave e silencioso deste propulsor.
Já os pais de família mais apressados tenderão a considerar este 2.0 Skyactiv-G um pouco “curto” para as suas pretensões, tanto mais que a caixa automática também não os auxiliará, propriamente, a alcançar os seus desideratos. Ou seja, e por um lado, temos uma maior morosidade do motor em subir de rotação a partir das 4000 rpm, acompanhada de um ruído de funcionamento algo elevado para uma unidade atmosférica acima deste regime. Por outro, temos uma caixa de velocidades que, apesar de uma segunda relação algo longa, ainda apresenta um fosso excessivo entre as segunda e terceira relações, além de tender, em especial quando selecionado o modo de condução Sport (que, basicamente, pouco mais oferece do que uma maior celeridade na selecção de uma mudança mais “curta” quando se pressiona o acelerador com maior intensidade) a manter a mudança engrenada até à redline (estabelecida próximo das 7000 rpm) – mesmo que acima das 6000 rpm a que é atingida a potência máxima o motor pouco ou nada tenha para oferecer.
Daqui resultam, desde logo, e como referido, um aumento sensível dos consumos e do ruído de funcionamento do motor. E sem que as prestações o justifiquem, pois não são mais do que aceitáveis para um SUV com estas características. O que acaba por conferir uma outra importância às patilhas de comando montadas no volante: seja em condução mais intenso, ou a ritmos moderados, nada como fazer bom uso das mesmas para antecipar as desmultiplicações logo que o motor superar a sua faixa ideal de funcionamento, assim incrementando-se o agrado de condução e reduzindo-se o consumo.
Pelo contrário, poucas serão as críticas a fazer ao comportamento dinâmico. Apesar da altura ao solo de 175 mm, e do centro de gravidade mais elevado do que numa berlina, o SUV japonês conduz-se como um automóvel convencional, evidenciando reduzida tendência para adornar em curva, e patenteando um magnifico controlo dos movimentos da carroçaria, além de oferecer um conforto de marcha de nível superior. Com uma direcção rápida e precisa, e um sistema de travagem competente, o CX-30 2.0 Skyactiv-G AT AWD Excellence é extremamente fácil e agradável de utilizar até em traçados mais sinuosos, nos quais, e tanto mais quanto mais reduzida for a aderência do piso, o sistema de tracção integral tende a ser um precioso auxiliar.
No fora de estrada, e não obstante a ausência de “redutoras” ou bloqueios de diferencial, como é normal num SUV, o CX-30 de tracção total também é capaz de surpreender, superando por vezes com inusitado à vontade, bastante mais obstáculos e dificuldades do que aquilo em que a maioria crerá, e isto apesar de nem sequer os seus pneus terem qualquer vocação para pisar outros terrenos que não o asfalto. Neste particular, única nota menos positiva, a impossibilidade de inibir por completo o controlo electrónico de estabilidade, o que não deixaria de ser útil num veículo que, estando longe de ser um “TT” puro e duro, também não se furta a umas aventuras por estradões de terra e afins.
Inquestionavelmente uma das propostas mais agradáveis da actual oferta da Mazda, o seu novo SUV de médio porte prima pelo equilíbrio geral, por um forte apelo estético e por uma aprimorada dinâmica. Na versão CX-30 2.0 Skyactiv-G AT AWD Excellence aqui avaliada, a mais dotada, em termos mecânicos e de equipamento, entre as animadas pelo motor a gasolina de acesso à gama, a muito completa dotação de equipamento de série só contribui para aumentar o respectivo apelo, merecendo aqui destaque o completo leque de sistemas avançados de assistência à condução, e os muito confortáveis bancos revestido a pele de apreciável qualidade. O reverso da medalha é um preço já não muito longe dos 40 mil euros, ou seja, demasiado próximo do praticado por modelos do género, mas oriundos de marcas de prestigio.
Motor | |
Tipo | 4 cil. em linha, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1998 |
Diâmetroxcurso (mm) | 83,5x91,2 |
Taxa de compressão | 13,0:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 122/6000 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 213/4000 |
Alimentação | injecção directa de gasolina |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4395/1795/1540 |
Distância entre eixos (mm) | 2655 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1565/1565 |
Jantes – pneus | 7Jx18″ – 215/55 (Toyo Proxes R56) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1371 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 11,23 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 430-1406/48 |
Transmissão | |
Tracção | integral |
Caixa de velocidades | automática de 6+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica |
Diâmetro de viragem (m) | 10,6 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (295) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (265) |
Suspensões | |
Dianteira | Independente, tipo MacPherson |
Traseira | Eixo semi-rígido |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 3 anos ou 100 000 km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km ou 24 meses |
Airbag de duplo estágio para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Travagem autónoma de emergência com alerta de colisão frontal e detecção de peões
Sistema de monitorização do ângulo morto com alerta de tráfego traseiro
Alerta de tráfego pela traseira com função de travagem
Alerta de atenção do condutor
Assistente à manutenção na faixa de rodagem
Sistema de leitura de sinais de trânsito
Assistente aos arranques em subida
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Travão de estacionamento eléctrico
Cruise control adaptativo+limitador de velocidade
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Bancos em pele
Banco do condutor regulável electricamente
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele multifunções, regulável em altura+profundidade
Sistema de infoentretenimento com ecrã táctil de 8"+rádio+sistema de som Bose com 8 altifalantes+tomada USB
Sistema de navegação
Mãos-livres Bluetooth
Head-up display
Acesso+arranque sem chave
Vidros traseiros escurecidos
Vidros eléctricos dianteiros+traseiros
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Portão traseiro eléctrico
Sensores de luz+chuva
Sensores de estacionamento dianteiros+traseiros
Câmara de estacionamento traseira
Faróis dianteiros por LED adaptativos
Farolins traseiros por LED
Faróis de nevoeiro
Assistente de máximos
Jantes de liga leve de 18"
Kit de reparação de furos
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Pintura metalizada (€700)