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Mazda MX-5 1.5 Skyactiv-G Excellence Navi

Artigo
Mazda MX-5 1.5 Skyactiv-G Excellence Navi

Visão geral
Marca:

Mazda

Modelo:

MX-5

Versão:

1.5 Skyactiv-G Excellence Navi

Ano lançamento:

2015

Segmento:

Roadsters

Nº Portas:

2

Tracção:

Traseira

Motor:

1.5

Pot. máx. (cv/rpm):

131/7000

Vel. máx. (km/h):

204

0-100 km/h (s):

8,3

CO2 (g/km):

139

PVP (€):

30 551

Gostámos

Châssis comunicativo, Motor progressivo, Comportamento, Feeling Mecânico, Binómio Prestações/Consumos, Preço, Sistema de remoção da capota

A rever

Intrusão do catalisador no lugar do passageiro, Habitabilidade

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Qualidade geral
7.0
Interior
7.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
8.0
Desempenho dinâmico
9.0
Consumos e emissões
9.0
Conforto
8.0
Equipamento
8.0
Garantias
7.0
Preço
8.0
Se tem pressa...

Chegado à sua quarta geração, o roadster mais vendido de sempre continua a ser uma referência do mercado, pelo enorme prazer que proporciona a quem o conduz, mesmo na sua versão de acesso, com motor 1.5 de 131 cv

7.9
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Não é impunemente que se vende quase um milhão de unidades ao longo de 26 anos e três gerações, ou que se ostenta o título de roadster mais vendido de sempre. Estes predicados sempre muito caros a qualquer marca (e especialmente aos seus departamentos de marketing…) acarretam consigo substantivas responsabilidades, como seja não defraudar expectativas quando chega a hora de lançar uma geração totalmente nova… e que o é efectivamente. E mais ainda quando, nesta sua quarta encarnação, também conhecida como geração ND, o emblemático Mazda MX-5, dos seus antecessores, nada mais herda do que o nome, as proporções e a filosofia – leve, compacto, de arquitectura simples e comportamento eficaz, tudo traduzido em emoção e prazer ao volante.

Tudo o resto é novo. Inclusive os motores, quer seja o 2.0 de 160 cv, ou o 1.5 de 131 cv de acesso à gama, que equipa a versão aqui analisada, dotada ainda do nível de equipamento de topo Excellence. A nova plataforma, essa, é a mesma que a Fiat também utilizará em vários modelos do grupo, do recém-revelado 124 Spyder (e que mais tarde será alvo de uma interpretação por parte da Abarth) ao futuro roadster da Alfa Romeo. Obrigatoriamente, a tracção é traseira e o motor está instalado na frente, agora numa colocação ainda mais baixa e recuada do que anteriormente, o que ajuda a baixar também o centro de gravidade.

Visualmente, o novel MX-5 tem tudo para agradar. Formas modernas, inspiradas na linguagem Kodo Design do construtor de Hiroshima, pautadas por linhas agressivas e muito fluídas, em que se destacam a frente acutilante, com os seus faróis rasgados e a grelha de generosas dimensões, e a traseira com os seus grupos ópticos de grafismo circular. Na unidade ensaiada, a combinação entre o branco carroçaria e o preto da capota, das jantes e das caixas dos retrovisores exteriores é bastante feliz e ajuda a incrementar o apelo visual do modelo.

É fácil gostar do MX-5 quando parado: as típicas proporções da carroçaria juntam-se, aqui, a um design moderno, marcado por linhas agressivas e nem conseguidas

É fácil gostar do MX-5 quando parado: as típicas proporções da carroçaria juntam-se, aqui, a um design moderno, marcado por linhas agressivas e nem conseguidas

O modernizado interior, se bem que simples, prima pela funcionalidade e exibe uma apreciável qualidade geral, mesmo que menos garantida pela qualidade dos materiais do que pelo rigor da montagem e dos acabamentos. Contudo, também devido às dimensões exteriores mais compactas do que no anterior modelo, em que até a distância entre eixos foi encurtada 20 mm, a habitabilidade é ainda mais exígua, ao passo que a capacidade da mala perdeu 20 litros, não indo agora além dos 130 litros.

Como se tudo isto não bastasse, do lado do passageiro existe uma “bossa” junto ao túnel central, sob a qual está montado o catalisador, que transtorna por completo o conforto de quem ocupe tal lugar, nunca se sabendo bem onde colocar os pés, pois as pernas nunca conseguem ir na sua posição natural – situação que, obviamente, é tanto mais perturbante quanto mais longas forem as viagens. Vale a quem ocupa o lugar mais apetecido a bordo o facto de usufruir de uma posição de condução praticamente perfeita, baixa, com um óptimo posicionamento relativo entre o banco, o pequeno volante (de dimensões e pega soberbas) e a pedaleira.

Quanto à capota, é de lona, e, como sempre, destaca-se pela sua simplicidade absoluta, pautando-se pela forma fácil como, com um só movimento de mão, é fácil removê-la ou colocá-la. Quando montada, e sem ser neste particular uma referência, proporciona um correcto isolamento térmico e acústico do habitáculo.

Funcional e (no nível Excellence Navi) bem equipado, o habitáculo do novo MX-5 padece. todavia, de uma exiguidade de espaço, condicionante que se estende à bagageira. Em compensação, a posição de condução é soberba

Funcional e (no nível Excellence Navi) bem equipado, o habitáculo do novo MX-5 padece. todavia, de uma exiguidade de espaço, condicionante que se estende à bagageira. Em compensação, a posição de condução é soberba

Mas tudo isto assume importância relativa quando em causa está um automóvel pensado e criado, acima de tudo, para proporcionar prazer ao volante, sendo em marcha que vêm ao de cima os melhores atributos do novo MX-5 1.5 Skyactiv-G. Neste domínio, a nova plataforma volta a desempenhar papel de destaque, por contribuir decisivamente, graças a um extenso recurso ao alumínio, para um redução do peso de cerca de 100 kg face à anterior geração, combinada com um substancial aumento da rigidez estrutural – factores que, quando combinados, só se poderão traduzir em benefícios para o desempenho dinâmico.

É em boa parte por isso que o motor de 1,5 litros, capaz de oferecer 131 cv e 150 Nm (mais 5 cv do que o anterior 1.8, mas menos 17 Nm de binário máximo, e sendo este atingido um pouco mais tarde), ao ter que lidar com uma relação peso/potência mais favorável, acaba por fazer muito boa figura no novo MX-5. Com uma resposta bastante constante e progressiva, e bem coadjuvado por uma caixa manual de seis velocidades de escalonamento não excessivamente longo (excepção feita à última relação), é em boa parte o garante de uma condução fácil e agradável a ritmos moderados, e por prestações bastante aceitáveis (o modelo é quase um segundo mais rápido nos 0-100 km/h do que o anterior MX-5 1.8, e nas recuperações os ganhos chegam a ser de quatro segundos).

Fazendo bom uso de uma transmissão com um comando viril, mas extremamente curto e rápido, e com um tacto soberbo, de forma a manter o motor na faixa ideal de funcionamento (acima das 4000 rpm e até ao regime de corte de 7500 rpm), o condutor do MX-5 1.5 consegue mesmo impor ritmos mais empenhados com uma boa dose de emoção, para o que concorre igualmente uma sonoridade cativante, a denotar o bom trabalho feito também nesta área. Os consumos, muito frugais a velocidades estabilizadas, nunca chegam a ser preocupantes mesmo quando da mecânica se retira tudo o que esta tem para dar – sendo, mais uma vez, notórios os progressos registados face ao anterior MX-5 1.8., ao ponto de o depósito de 45 litros (menos 5 litros do que anteriormente) não condicionar a autonomia.

Leve, muito reactivo e extremamente ágil e eficaz, o novo MX-5 é fonte quase inesgotável de enorme prazer ao volante, mesmo na versão 1.5 de 131 cv

Leve, muito reactivo e extremamente ágil e eficaz, o novo MX-5 é fonte quase inesgotável de enorme prazer ao volante, mesmo na versão 1.5 de 131 cv

O comportamento, esse, está acima de grandes reparos. Comunicando com o condutor de forma brilhante, o novo MX-5 não precisa de adoptar uma regulação de suspensão excessivamente firme para exibir uma eficácia de nível superior, atributo que garante que o conforto se situa sempre num patamar surpreendentemente elevado. Através de uma direcção muito directa e informativa, a rápida e precisa frente inscreve-se em curva com toda a naturalidade, com o eixo traseiro a sobressair pela fidelidade com que segue o dianteiro.

Para um registo mais ousado, vale a pena inibir o funcionamento do controlo de estabilidade para usufruir de saídas de traseira relativamente fáceis de provocar, e mais ainda de controlar. O que é conseguido mais através do jogar com as transferências de massa e os apoios, e os desequilíbrios daí resultantes, do que propriamente em potência – escassa para realizar power slides, e mais ainda para os manter. Não obstante, não deixa de ser um enorme gozo enfrentar os traçados mais retorcidos tirando partido deste acréscimo de agilidade, da bem dimensionada pedaleira para efectuar o “ponta-tacão”, da óptima direcção para realizar as necessárias contra-brecagens.

Fácil será também concluir que as prestações são algo justas face ao potencial do châssis, e que tudo isto assumirá, decerto, outra dimensão na versão mais poderosa da gama, com o seu motor de 2,0 litros de 160 cv – e não é por acaso que o MX-5 2.0 é o único, da nova geração, a propor o opcional autoblocante traseiro. Contudo, para os que não puderem fazer tal escolha (os preços do MX-5 2.0 começam nos €39 435), é imperioso salientar que esta variante de acesso já dá muito boa conta de si, já é capaz de garantir muitos e bons momentos de prazer e emoção ao volante, e com custo associados bem mais contidos. Não só de utilização, como, principalmente, de aquisição: se a unidade ensaiada orça em pouco mais de 30 mil euros, a versão mais em conta do novo MX-5, sem nada perder para a ensaiada no capítulo da dinâmica, custa entre nós pouco mais de 24 mil euros, valor por demais atractivo face a tudo aquilo que é capaz de proporcionar.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Alerta de saída involuntária da faixa de rodagem
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Bancos em pele
Volante em pele regulável em altura
Volante multifunções
Rádio com leitor de CD+sistema de som premium Bose
Mãos-livres Bluetooth
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Sistema de navegação
Cruise-control
Acesso+arranque sem chave
Sensores de luz/chuva
Sensores de estacionamento traseiros
Faróis por LED
Assistente de máximos
Jantes de liga leve de 16”
Sistema de monitorização da pressão dos pneus

 

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zyrgon