Mazda MX-5 1.8 Roadster Coupé Zen Edition

Mazda MX-5 1.8 Roadster Coupé Zen Edition

No MX-5 Zen Edition, os faróis de nevoeiro fazem parte do equipamento de série

Um dos principais sinais distintivos do MX-5 Zen Edition são os bancos em pele beije e castanha escura

O tejadilho rígido removível, mais versátil, não será o que mais favorece as linhas do MX-5, mas a edição Zen Edition só está disponível no formato Roadster Coupé

Mazda MX-5 1.8 Roadster Coupé Zen Edition

As jantes de liga leve de 17" também são um dos atributos desta série especial

Mazda MX-5 1.8 Roadster Coupé Zen Edition

Mazda MX-5 1.8 Roadster Coupé Zen Edition

Mazda MX-5 1.8 Roadster Coupé Zen Edition

Mazda MX-5 1.8 Roadster Coupé Zen Edition

Passaram já 25 anos. Foi em 1989 que nasceu o roadster mais popular de sempre em todo o mundo, e que conta já com quase um milhão de unidades vendidas. À medida que se aproxima o final do tempo de vida útil desta sua terceira geração, o Mazda MX-5 vai conhecendo algumas (re)interpretações, que, de substantivo, pouco ou nada trazem de novo – apenas visam manter vivo o élan à volta deste automóvel tão especial. Mas que são sempre uma oportunidade soberba para recordar o quanto vale a pena desfrutar dos seus igualmente especiais atributos.

O convívio com a nova ediçãoo especial Zen Edition serviu para isso mesmo. Para usufruir de um conceito tão puro, do tempo em que o homem ainda mandava mais do que a máquina, em que o peso contido, distribuído em iguais proporções pelos dois eixos, se combina com o centro de gravidade muito baixo, com a posição de condução rente ao chão (perfeita para um automóvel deste género) e com a tracção traseira, pois claro!

Simples, funcional e marcado por uma posição de condução muito baixa, o habitáculo do Mazda MX-5 faz jus à vocação do modelo. Esta série especial Zen Edition conta com bancos em pele beije, que combinam muito bem com a exclusiva cor da carroçaria

A distingui-lo dos demais, o MX-5 Zen Edition tem, como é habitual, a dotação de equipamento. Disponível apenas na configuração Roadster Coupé, e com o motor 1.8 de 126 cv, conta com uma pintura exclusiva Titanium Flash, que se combina de modo perfeito com o revestimento em pele beije e castanha escura dos bancos desportivos, num interior tão simples quanto funcional. Do lote de equipamento fazem ainda parte as jantes de liga leve de 17” com acabamento especial, os faróis de nevoeiro, as aplicações metálicas no interior, a pedaleira em alumínio, o ar condicionado automático, o sistema de navegação, o rádio com leitor de CD e o sistema mãos-livres Bluetooh.

Mas o que realmente impressiona no MX-5 é o seu desempenho. Se a maioria dos comandos são algo duros (embraiagem, caixa de velocidades, até a direcção é algo “pesada”) para um uso quotidiano, ajustam-se na perfeição a uma utilização mais desportiva. O posto de condução é óptimo, mesmo que o volante só regule em altura, a caixa de manípulo e curso curtos cumpre a sua tarefa sem reparos, tal como a direcção bastante directa. E se o progresso tecnológico não poderia passar ao lado do MX-5, não é de somenos que o ESP possa ser desligado através de um simples toque num botão – assim, sem mais.

Desfrutar das sensações de conduzir um roadster leve, de tracção traseira e com uma pureza de reacções quase absoluta só é possível, a este nível de preço, no Mazda MX-5. O que ajuda a explicar o porquê de ser este o modelo mais vendido de sempre em todo o mundo na sua categoria…

O resto? O resto é puro prazer! Porque o grande trunfo do MX-5 talvez seja não ter nada em excesso – peso em excesso, electrónica em excesso, ou outros “mimos” em excesso. Tudo se conjuga para proporcionar ao condutor as sensações só possíveis de obter num descapotável leve, ágil, de tracção posterior e assumidamente sobrevirador.

Perfeito? Longe disso… Pessoalmente, prefiro a capota de lona, até em termos estéticos, mesmo reconhecendo que o tejadilho rígido removível (operável em meros 12 segundos) confere a este roadster uma outra versatilidade, ainda que a velocidades mais elevadas os ruídos aerodinâmicos continuem a predominar no habitáculo. O motor 1.8 de 126 cv, apesar de garantir prestações razoáveis, além da sonoridade pouco entusiasmante, também não é o ideal para usufruir das qualidades do châssis, não permitindo tirar partido do mesmo modo das derivas de traseira que o 2.0 de 160 cv.

O motor 1.8 de 126 cv não faz jus às potencialidades do châssis, mas garante um preço mais em conta e é o único proposto com a série especial Zen Edition

Mas, de resto, está lá tudo. Até o preço: não há, nos dias que correm, outro automóvel no mercado capaz de oferecer tanta pureza, diversão e prazer por pouco mais de trinta mil euros. €34 259 no caso deste Zen Edition, justificados pela capota rígida removível e pela dotação de equipamento. Podendo os mais exigentes e ambiciosos optar sempre pela mais dotada versão Sport de 160 cv, disponível a partir de €37 660.

Em breve o MX-5 conhecerá a sua quarta geração. Muito se espera desse modelo que a Mazda está a desenvolver em conjunto com o Grupo Fiat, e que dará também origem ao sucessor do Alfa Romeo Spider. Os inúmeros adeptos do roadster japonês decerto ansiarão por que a evolução que seguramente se verificará não desvirtue o espírito nem o classicismo da condução do modelo original. Até lá, o actual MX-5 continua a ser uma excelente proposta para os apreciadores de uma espécie cada vez mais rara de automóvel.