Mazda2 HB 1.5 Skyactiv-G 90 cv Advance Navi
Mazda
2
HB 1.5 Skyactiv-G 90 cv Advance Navi
2018
Utilitários
5
Dianteira
1.5
90/6000
183
9,4
3,7/4,5/5,9 (Extra-urbano/Combinado/Urbano)
105
18 879/19 279 (Unidade testada)
Comportamento, Comando da caixa, Conforto de marcha, Robustez interior
Caixa longa, Reprises morosas, Espaço atrás
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 183 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 9,8 |
0-400 m | 17,1 |
0-1000 m | 31,9 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 4ª | 12,8 |
Em 5ª | 19,8 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 4ª | 15,7 |
Em 5ª | 23,0 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 37,8 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 4,4 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 5,8 |
Cidade | 6,7 |
Média ponderada (*) | 6,06 |
Autonomia média ponderada (km) | 726 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1370 |
Largura atrás | 1300 |
Comprimento à frente | 1120 |
Comprimento atrás | 680 |
Altura à frente | 1020 |
Altura atrás | 910 |
A par da mais recente evolução sofrida pelo seu utilitário, a marca de Hiroshima decidiu introduzir na respectiva gama um novo nível de equipamento intermédio (posicionado entre o Evolve e o Adcance, continuando a estar na base da oferta o Essence), por sinal disponível somente com a versão de 90 cv do seu motor 1.5 a gasolina – também ela intermédia, existindo, ainda, a de 75 cv e a de 115 cv. E é, justamente, o renovado Mazda2 HB 1.5 Skyactiv-G 90 cv Advance Navi (o que significa que também conta com sistema de navegação) que, desta feita, está aqui em análise.
Visualmente, o Mazda2 passou a exibir linhas que se aproximam bastante das do seu “irmão” mais velho Mazda3, o que, apesar da sua discrição, lhe conferem uma aparência bastante agradável e apelativa, e uma pose muito interessante para um modelo destas dimensões e deste segmento. Graças à integração de vários elementos estilísticos típicos da linguagem de design do construtor nipónico, em que se destaca a grelha com o símbolo da Mazda, o resultado final é deveras convincente, com o azul eleito para revestir a carroçaria da unidade a ser uma escolha bastante feliz, pelo extra de jovialidade e distinção que lhe confere.
Mais sóbrio, um tanto soturno, até, o interior: quase totalmente preto, como é “obrigatório” numa proposta oriunda de um construtor oriental, tem como únicas notas de destaque, ao nível da decoração, o bonito volante com dimensões e uma pega acima de qualquer reparo, e as aplicações a imitar a carbono (o friso brilhante aplicado no tablier, e as molduras mate nas pegas das portas). Em compensação, o posto de condução é extremamente correcto e acolhedor, seja pelo devido posicionamento relativo entre os vários comandos, seja pelos bancos cómodos e com um encaixe apreciável para um automóvel desta categoria e com a vocação do Mazda2.
A qualidade de construção também é a habitualmente encontrada nas criações nipónicas destinadas a este segmento, dominada por plásticos, maioritariamente, duros, mas com o rigor da montagem e dos acabamentos a assegurar uma quase ausência de ruídos parasitas. Já a habitabilidade é não mais do que mediana, merecendo nota especial o facto de o espaço para pernas atrás estar longe de ser uma referência. A capacidade da bagageira também não encanta, além de padecer de um acesso algo estreito, que não facilita as operações de carga e descarga.
Pelo contrário, e fazendo jus à aposta, transversal a toda a sua oferta, que o seu construtor sempre faz neste domínio, a condução é uma área em que o Mazda2 tende a brilhar. Ainda que, no caso em apreço, a mecânica convença mais pelo agrado de condução e pelos consumos, do que, propriamente, pelas prestações ou pelo desempenho numa utilização mais intensiva.
Continuando a dispensar a sobrealimentação nos seus motores a gasolina, assim contrariando uma tendência crescente do sector, sobretudo em unidades de reduzida capacidade, a Mazda recorrer aqui ao quatro cilindros de 1,5 litros, 90 cv e 148 Nm, um propulsor que acaba por se mostrar não mais do que honesto para as aspirações e vocação do Mazda2 1.5 Skyactiv-G 90 cv, oferecendo uma resposta suficientemente pronta para uma condução convencional em percurso urbano, a par de uma meritória suavidade e silêncio de funcionamento, apenas se fazendo ouvir, mas sem nunca se tornar incómodo, a regimes mais elevados.
A condicionar a unidade motriz está uma caixa manual de cinco velocidades senhora de um comando fabuloso em termos de precisão, suavidade e rapidez, mas que padece de um escalonamento bastante longo das suas duas últimas relações (a quinta, então, ara pouco mais serve para fazer baixar o regime do motor, e poupar combustível, a velocidades de cruzeiro), nitidamente a privilegiar os consumos, mas que, ao mesmo tempo, condicionam bastante o agrado de utilização quando a carga transportada é mais elevada, ou se pretendem impor ritmos um pouco mais dinâmicos. E que também não ajuda a mitigar o facto de, sempre que o ar condicionado se encontra ligado, a resposta do motor ser, notoriamente, bastante mais anémica…
A favor desta combinação, os consumos; numa utilização convencional, são de bom nível tanto em cidade, como em estrada e auto-estrada a velocidades estabilizadas – e, mesmo quando se dispensam as preocupações com o pedal da direita, tendem a ficar aquém dos 8,0 l/100 km. Contudo, se a intenção for adoptar ritmos mais intensos, sobretudo em traçados com maiores variações de velocidade, há que contar com recuperações que chegam a ser exasperantes, não sendo raro ter que reduzir-se duas relações para que se consiga obter o resultado desejado. Para obviar esta limitação, a única solução é recorrer de forma frequente à caixa, na maioria das vezes esquecer a quarta e quinta relações, e, dando bom uso às três primeiras, manter o motor acima das 4000 rpm a que é atingido o binário máximo para usufruir de algum dinamismo ao volante.
Quando assim é, vem ao de cima a excelente afinação do châssis, que, desde logo, garante um óptimo conforto em quaisquer circunstâncias, graças à facilidade com que a suspensão digere a maioria das irregularidades, mas sem que para tal tenha que ser demasiado macia, pelo contrário – antes dispõe da firmeza necessária para controlar devidamente os movimentos da carroçaria, inclusive nas trocas de apoio mais intensas e exigentes. Atributo que, por seu turno, contribui de forma decisiva para uma eficácia digna de registo, a par da honestidade e previsibilidade das reacções, de uma frente rápida e incivisa, e de um eixo traseiro que a segue de modo fiel.
Desprovido que quaisquer pretensões desportivos, o Mazda2 1.5 Skyactiv-G 90 cv não se nega, todavia, uma a utilização mais empenhada, respondendo com celeridade às solicitações do condutor, e denotando uma elevada boa agilidade, sempre possível de incrementar mediante o desligar do ESP. A tudo isto há que juntar os comandos muito precisos, a direcção rápida e com bom feedback e travões competentes e com bom tacto, pelo que o resultado final só não é ainda melhor devido às limitações impostas pelo equipamento pneumático eleito para equipar o modelo, pouco fadado para lidar com solicitações mais impetuosas e exigentes, ao revelar notórias dificuldades em colocar potência no chão nos arranques e acelerações mais intensos (e ainda mais com rodas viradas), e em digerir as entradas em curva mais optimistas, acabando por amplificar a tendência para subviragem.
É da mais elementar justiça reconhecer, todavia, que este será um tipo de utilização que dificilmente será imposta ao Mazda2 pela esmagadora maioria dos seus potenciais compradores, seguramente mais sensíveis aos argumentos do conforto, da economia, da segurança e da facilidade de utilização. E, também, a um equipamento de série muito completo, que justificar, e como!, um preço que, à partida, e em absoluto, poderá não parecer dos mais competitivos da classe, mas que, contas (bem) feitas, acaba por não o ser assim tão pouco.
Motor | |
Tipo | 4 cil. em linha, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1496 |
Diâmetro x curso (mm) | 74,5×85,8 |
Taxa de compressão | 14,0:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 90/6000 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 148/4000 |
Alimentação | injecção directa |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4060/1695/1495 |
Distância entre eixos (mm) | 2570 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1498/1485 |
Jantes – pneus (série) | 6 1/2Jx16" – 195/60 (Toyo Proxes R39) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 975 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 10,83 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 280-950/44 |
Transmissão | |
Tracção | Dianteira |
Caixa de velocidades | manual de 5+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica variável |
Diâmetro de viragem (m) | 9,8 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (258) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (200) |
Suspensões | |
Dianteira | MacPherson |
Traseira | Eixo semi-rígido |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/não |
Garantias | |
Garantia geral | 3 anos ou 100 000 km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 20 000 km ou 12 meses |
Airbag de duplo estágio para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Assistente aos arranques em subida
Alerta de saída involuntária da faixa de rodagem
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Cruise control+limitador de velocidade
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele multifunções regulável em altura+profundidade
Rádio+6 altifalantes+tomada USB
Sistema de navegação
Mãos-livres Bluetooth
Acesso+arranque sem chave
Vidros eléctricos dianteiros+traseiros
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Sensores de estacionamento traseiros
Câmara de estacionamento traseira
Faróis dianteiros por LED
Faróis de nevoeiro
Jantes de liga leve de 16"
Roda suplente de emergência
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Pintura metalizada (€400)