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McLaren BP23 em 2019 com V6 híbrido por 2,3 milhões

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McLaren BP23 em 2019 com V6 híbrido por 2,3 milhões

Eis a primeira imagem que permite antever as formas do futuro hiperdesportivo da McLaren, o seu mais potente e aerodinâmico automóvel de estrada de sempre. Conhecido pela sigla de código BP23, integrará a família Ultimate Series (a mais exclusiva da marca) e sucede ao P1, embora também seja por muitos visto como o herdeiro do emblemático F1, de 1993.

Em boa parte, por também oferecer três lugares, com o condutor sentado em posição central, e daí a sua designação: “BP2” alude ao facto de ser o segundo de uma linhagem de modelos totalmente personalizados (besopke), “3” ao número de lugares disponíveis. Mas esta não é a perspectiva da McLaren, devido quer às diferenças conceptuais e técnicas existentes entre ambos, quer aos redobrados esforços que os engenheiros efectuaram para facilitar o acesso do condutor ao seu lugar, onde irá encontrar um banco de dimensões convencionais, sendo os dos passageiros ligeiramente mais pequenos, embora aptos a acomodar dois adultos.

A McLaren sublinha, ainda, que o BP23 não será um carro de corridas com matrículas, nem o automóvel perfeito para conduzir em pista, antes um estradista de elevadíssimas prestações, apto a oferecer em todas as circunstâncias um elevado conforto, mesmo em viagens mais longas. E refere as criações da Bugatti da era moderna para estabelecer um paralelismo com a filosofia de produto adoptada pelo BP23.

Com um preço estimado de 2,3 milhões de euros à saída de fábrica, o BP23 teve muito mais candidatos à sua compra do que número de unidades a produzir – apenas 106, todas com destinatário já definido. E foram esses 106 felizardos os primeiros a receber o esquisso de um coupé (o único formato de carroçaria que a McLaren admite servir a um automóvel deste calibre) de linhas muitos esguias, eleitos em função da sua fidelidade para com a McLaren, e do uso que dão aos seus modelos, em detromento dos que os adquirem mais na perspectiva do coleccionismo, do investimento… ou da especulação! E como cada qual irá especificar, previamente, inúmeros componentes do seu BP23 juntamente com os especialistas da MSO (McLaren Special Operations, o departamento de veículos especiais da marca), está garantido que não existirão dois BP23 iguais.

O BP23 marcará, de igual modo, o regresso da tecnologia híbrida aos modelos da McLaren, pela primeira vez introduzida pelo P1, e que, desta feita, se estenderá, depois, ao resto da sua oferta. Depois de anunciar ter por objectivo que metade dos modelos por si produzidos, a partir de 2022, contem com uma qualquer solução de propulsão híbrida, a McLaren, pela voz do seu responsável máximo, Mike Flewitt, fez saber que o BP23 recorrerá já a uma motorização deste género.

Em princípio, conjugando um motor V6 turbo (quem sabe o do novo NSX, sendo a Honda parceira histórica da McLaren…) com um pack de baterias mais potente do que o utilizado pelo P1 de 930 cv, e com a potência combinada a superar, agora, os 1000 cv. A opção por um V6 poderá dever-se, também, a uma questão de peso, para compensar o acréscimo ditado pela vertente eléctrica do sistema de propulsão – 140 kg, no caso do P1.

Quanto à estrutura, na base do BP23 estará, naturalmente, uma monocoque em fibra de carbono, mas de nova geração, capaz de acomodar facilmente os componentes eléctricos do sistema híbrido e de sofrer alterações bem mais radicais do que as permitidas pelas duas versões da estrutura Monocell, que a McLaren tem utilizado nos seus modelos de estrada desde o MP12-C. Alterações essas que poderão, por exemplo, criar versões com mais ou menos lugares do BP23, seja um bilugar, com igual liberdade de movimento para condutor e passageiro, seja um 2+2.

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zyrgon