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Mercedes-Benz C200 Bluetec

Artigo
Mercedes-Benz C200 Bluetec

Visão geral
Marca:

Mercedes-Benz

Modelo:

Classe C

Versão:

C200 Bluetec

Ano lançamento:

2014

Segmento:

Familiares médios

Nº Portas:

4

Tracção:

Traseira

Motor:

1.6 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

136/3800

Vel. máx. (km/h):

218

0-100 km/h (s):

9,7

CO2 (g/km):

99

PVP (€):

41 223/48 612

Gostámos

Relação conforto-dinâmica, Consumos, Preço, Refinamento

A rever

Caixa manual, Sistema Garmin não condiz com nobreza do habitáculo

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Qualidade geral
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Interior
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Segurança
8.0
Motor e prestações
7.0
Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
10
Conforto
9.0
Equipamento
6.0
Garantias
8.0
Preço
9.0
Se tem pressa...

O Mercedes-Benz C200 Bluetec é a maneira ideal de ter um Classe C a baixo preço – 41 mil euros de preço base – sem um sacrifício excessivo de performance. Junte-o à caixa automática 7G-Tronic e terá nele um familiar médio praticamente sem pecados.

8.3
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O automóvel que aqui vê é um contra-senso rolante: é um Classe C, mas tem um motor Renault; é um Classe C, mas custa, de base, pouco mais de 40 mil euros. Se a primeira premissa pouco ou nada lhe dirá, numa primeira observação, a segunda dir-lhe-á, certamente, o mesmo que a mim: posso ter um Classe C por um preço relativamente… contido. De facto, este C200 Bluetec não ultrapassa os 50 mil euros com todos os opcionais incluídos, uma raridade tão rara, passe o pleonasmo, que dificilmente voltará a ver algo parecido no segmento… pelo menos até à chegada dos motores de três cilindros ao BMW Série 3.

O motor 1.6 é, na prática, o mesmo bloco da Renault: um 1.6 dCi com 130 cv que, aqui, se desmonta em duas versões – uma com menor potência, apenas 116 cv, e outra com ligeiramente mais, 136 cv. A designação “200 Bluetec” fala-nos do mais potente e, durante os primeiros momentos, até acaba por ser um momento de pura consternação. Teve que vir um motor “de fora” mostrar o que é um Classe C Diesel sem um trabalhar quase agrícola… O ruído de funcionamento é, de facto, completamente atenuado face à motorização de 2,1 litros da Mercedes-Benz, estando todo o “packaging” brilhantemente executado de modo a retirar toda e qualquer parecença com o 1.6 dCi da Renault.

Embraiagem largada e, logo desde o primeiro instante, nada se estranha e tudo se entranha. Os 300 Nm adequam-se na perfeição às necessidades do C e, com pouca rotação (1500-2500 rpm) faz-se tudo o que é necessário no pára-arranca. No habitáculo, um elemento alienígena espera-nos: uma caixa manual de seis velocidades. A Mercedes-Benz habituou-nos a toda uma vida de caixas automáticas e é com alguma surpresa que encontramos uma unidade manual. Mas é, também, com alguma surpresa que o C200 Bluetec e o seu habitáculo ergonomicamente perfeito não tenham nascido para ter uma unidade deste género: o posicionamento é o mesmo do selector da caixa automática, mas como existe necessidade efectiva de trabalhar o manípulo desta, problemas de concepção começam a surgir: o prolongamento da consola central é demasiado elevado, o que faz com que de cada vez que se queira efectuar uma passagem de caixa, o nosso cotovelo sirva de pára-choques no duelo homem-consola central. E depois de inúmeros pequenos ajustes à posição de condução, é com algum pesar que digo que não consegui encontrar nenhuma posição que me satisfizesse por completo. Além do mais, a caixa tem um tipo de acção que não coaduna com a condução calma e sedosa a que o Classe C nos convida; pelo contrário, mais parece a caixa de um BMW Série 3 de há três gerações, super-mecânica na sua acção e com embraiagem relativamente pesada; para compensar isto, a Mercedes-Benz até inclui um excelente sistema de ponta-tacão automática, apenas disponível no modo Sport+ do “Agility Select”, o selector de modo de condução da Mercedes-Benz. É um elemento estranho à escola Mercedes-Benz e isso nota-se. Mas nada que não se resolva com a introdução da caixa automática 7G-Tronic que, apesar de não ser perfeita, continua a fazer um excelente trabalho.

Mercedes-Benz C180 Bluetec

A caixa manual de seis velocidades é um elemento estranho ao serviço no Classe C. O manuseamento é sofrível

Naquilo a que se pode chamar de uma condução ecológica, o C200 Bluetec surpreende pelos baixíssimos consumos registados: uma média de apenas 5,5 l/100 km não está ao alcance de todo e qualquer rival de segmento, notando-se que para isto contribui uma caixa consideravelmente longa – a velocidade máxima anunciada é de 218 km/h, o que ajuda a atestar esta “largura de espectro” -, mas é, ainda assim, consideravelmente prática, especialmente a partir do momento em que se sai de um ambiente urbano e se começa a utilizar o motor sempre em faixas de rotação acima das 2000 rpm, zona a partir da qual o 1.6 Diesel começa efectivamente a “carburar”.

Mercedes-Benz C180 Bluetec

O modo Sport+, ou pelo menos a configuração Individual com o modo Sport+ do motor seleccionado, permite à caixa manual executar um excelente ponta-tacão electrónico. O ideal é configurar o modo Individual de modo a ter o motor em Sport+, a direcção em Sport+, o start/stop activado e o ar condicionado em “confort”

Ao sair da cidade começa a sentir-se que este C 200 Bluetec não é um automóvel propriamente lesto, havendo alguma dificuldade em ganhar, e manter, velocidades muito acima dos limites legais, sendo precisa alguma paciência para as ultrapassagens mais apertadas. Nesta altura, os condutores mais exigentes poderão ficar defraudados, ou a pensar no C 200 Bluetec. Desiludido ninguém ficará com os consumos, notáveis em qualquer situação. Os pouco mais de 6 l/100 km registado em consumo urbano dizem, geralmente, respeito a automóveis do segmento abaixo (de onde, para todos os efeitos, provém este motor), acrescentando-se a isto valores sempre muito comedidos a 90 e a 120 km/h.

Mercedes-Benz C180 Bluetec

O motor de origem Renault foi “rodado” 90º para passar a fazer parte de uma arquitectura longitudinal, mas nota-se a revisão profunda para silenciá-lo e, até, refiná-lo. O binário máximo de 300 Nm está disponível a partir das 1500 rpm e mantém-se constante até às 3000 rpm

Tal como no C180 Bluetec que é um dos destaques desta edição, o C200 Bluetec está equipado com jantes de 17″. Do ponto de vista estético, as pequenas jantes dão a sensação de que o perfil é demasiado alto para um automóvel Premium, mas tudo faz sentido a partir do momento em que se começam a cruzar os primeiros maus pisos com um amortecimento verdadeiramente aveludado. Este conforto inexcedível paga-se com limites mais curtos de aderência face, por exemplo, à versão C220 Bluetec já testada, mas o chassis continua a apresentar uma progressividade de reacções apenas ultrapassada pelo BMW Série 3, e, honestamente, na hora de trocar de pneus não é difícil adivinhar o que é que vai ser (substancialmente) mais barato…

Fica apenas a dúvida: valerá a pena investir neste C200 Bluetec ou no C180 Bluetec, que apresenta praticamente o mesmo binário (apenas 20 Nm a menos), mas tem menos 21 cv e custa menos três mil euros? Bem, na minha opinião, este é o modelo a escolher por uma razão muito lógica: orçamento. Quer escolha esta versão ou a menos potente, terá, seguramente, de reservar pelo menos mais sete a nove mil euros para investir em opcionais, o que o fará ultrapassar sempre a fasquia dos 40 mil euros e, ao menos, no C200 Bluetec terá prestações ligeiramente mais próximas das de um C220 CDI. Não é uma questão de orçamento? Segue então a justificação do IUC: é exactamente o mesmo do da outra versão, já que também o C200 Bluetec emite menos de 100 g/km de CO2 e ambos partilham a mesma cilindrada. Suficientemente aliciado?

 

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Travagem activa em cidade
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Fixações Isofix
Attention Assist (sistema de alerta do cansaço do condutor)
Sistema de alerta de colisão (Collision Prevention Assist Plus)
Adaptive Brake com secagem de travões e assistente de subidas
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Bancos dianteiros com regulação em altura e parcialmente eléctrica
Coluna de direcção regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Rádio Audio 20 CD com touchpad, display TFT 800*480 7″, leitor de CD’s compatível com MP3/WMA/AAC/Wad, 2 portas USB incl., interface Bluetooth®, entrada para cartões SD, Controller+Touchpad
Vidros eléctricos FR/TR
Sensores de luz e de chuva

Cruise control com função Speedtronic (€350)
Faróis LED (€1050)
Pack espelhos (€550)
Sistema de estacionamento activo (€900)
Pré-instalação e Garmin Map Pilot (€350+€600)
Linha de design Avantgarde (€1900, jantes de liga leve de 17″; suspensão Agility Control com afinação desportiva; Pacote Luz Ambiente – luzes adicionais e três tons à escolha e embaladeiras iluminadas; Acabamentos interiores em alumínio; Forro de tejadilho em tecido cinzento)
Pintura metalizada (€1000, cinzento Palladium)
Garantia adicional de 2 anos (€640)

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Sobre o autor
Pedro Mosca