Mini JCW
Mini
JCW
2.0 231 cv
2015
Pequenos desportivos
3
Dianteira
2.0
231/4750-6000
246
6,3
155
34 700/37 300
Motor, Prestações, Comportamento, Prazer de condução, Imagem, Decoração interior
Pormenores de construção e acabamento
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 172 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 5,9 |
0-400 m | 14,1 |
0-1000 m | 25,5 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 3ª | 3,7 |
Em 4ª | 5,0 |
Em 5ª | 6,8 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 5ª | 5,5 |
Em 6ª | 6,5 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 33,9 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 5,4 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 6,7 |
Cidade | 8,8 |
Média ponderada (*) | 7,70 |
Autonomia média ponderada (km) | 571 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1300 |
Largura atrás | 1250 |
Comprimento à frente | 1010 |
Comprimento atrás | 640 |
Altura à frente | 1190 |
Altura atrás | 920 |
Um Mini é sempre um Mini. E um Mini John Cooper Works é sempre algo de especial. O mais recente membro da família não foge, claro está, à regra: é “só” o Mini de produção em série mais potente de sempre, equipado que está com um motor 2.0 turbo do qual são extraídos 231 cv – ou seja, mais 39 cv do que o oferecido pelo Cooper S animado pelo mesmo bloco.
Visualmente, e como não podia deixar de ser, são vários os elementos que distinguem a versão mais radical e musculada do novo Mini: deflector traseiro; apêndices aerodinâmicos; jantes de 17” de desenho exclusivo; logos JCW aplicados em diversos pontos da carroçaria (as faixas pretas no capot são um extra que custa €120). No habitáculo, o principal destaque vai para os bancos desportivos com encostos de cabeça integrados, capazes de fornecer um apreciável apoio lateral aos seus ocupantes, já que os deliciosos instrumentos adicionais instalados na unidade ensaiada (o denominado Cockpit Crono Package, composto pelo manómetro de pressão do óleo, pelo manómetro de pressão do turbo e pelo cronómetro com função de tempo por volta e relógio digital integrado no mostrador) obrigam ao dispêndio adicional de €200.
Ainda no interior, sublinhe-se que, apesar do aumento generalizado das dimensões face ao seu antecessor, o novo Mini de três portas ainda não é o membro da família ideal para transportar mais do que duas pessoas – o espaço nos lugares traseiros está longe de deslumbrar, e o acesso aos mesmos não é dos melhores, pelo que, para isso, a versão a ter em conta é mesmo o novo Mini de cinco portas. Contudo, mais importante para quem aposta na compra de um pequeno desportivo deste calibre será, seguramente, o posto de condução quase perfeito, baixo, como é habitual, e com todos os comandos ao alcance da mão.
Até porque o que realmente interessa num JCW são os seus atributos mecânicos, e a forma como a respectiva conjugação se reflecte na condução. No caso do motor, a profunda revisão de que foi alvo permite-lhe oferecer aqui uma potência de 231 cv constate entre as 4750 rpm e as 6000 rpm, e um não menos interessante binário máximo de 320 Nm, disponível logo às 1250 rpm, e que se mantém constante até às 4800 rpm.
Combinado com uma caixa manual de seis velocidades bem escalonada e muito precisa e rápida, digna da reputação do grupo BMW neste particular (e que inclui, também, uma função que, desde que o ESP esteja activo, de forma automática acelera ligeiramente o motor nas reduções, assim substituindo-se ao conhecido ponta-tacão), este motor possui um elevado potencial, desde logo se impondo através de uma sonoridade muito estimulante (deliciosa e irresistível, mesmo, nas desacelerações e reduções), bem como de uma elevada capacidade de resposta a baixo e médio regime, e de um bom pico a alta rotação. As prestações puras anunciadas pela Mini para o JCW são ilustrativas: 246 km/h de velocidade máxima e 6,3 segundos nos 0-100 km/h; os consumos, suficientemente comedidos a velocidades estabilizadas, e ainda aceitáveis em cidade – facilmente disparando para lá dos 13,5 l/100 km sempre que se pretende do motor retirar tudo o que este tem para dar, o que também não constitui surpresa ou sobressalto.
Isento de críticas de maior está o châssis: a suspensão, dotada de uma afinação específica, e do opcional sistema de controlo dinâmico do amortecimento (€500), transmite um óptimo feeling da estrada, tal como a bem calibrada direcção de assistência eléctrica, com o resultado final a ser marcado pela eficácia, pelo equilíbrio e por uma grande agilidade. Se a isto se juntar o excelente autoblocante electrónico, que garante um importantíssimo acréscimo de tracção nas acelerações em curva, será fácil imaginar o gozo que é conduzir o JCW nos limites, até porque, com o ESP desligado, nem é assim tão difícil fazer soltar a traseira, nem controlar as ligeiras derivas que se obtêm através do correcto doseamento de acelerador e volante.
Mesmo à chuva, o autoblocante é um auxiliar precioso e determinante para a eficácia exibida pelo Mini JCW, assim o condutor não se intimide com as condições de aderência e esteja disposto a contrariar as descargas de binário que o motor transmite às rodas e lhe chegam através do volante. Em piso seco, são ainda mais notórias e soberbas a acutilância na entrada em curva e a estabilidade na respectiva descrição, merecendo ainda menção a forma como o modelo lida com as transferências de massa e com as travagens em apoio, estas garantidas por um potente e eficiente sistema com discos dianteiros ventilados actuados por pinças de quatro pistões.
Regressando a ritmos mais “civilizados”, vale a pena mencionar que muita da eficácia do JCW se deve à firmeza da afinação das suas suspensões, o que não deixa de ter consequências para o conforto – se não há irregularidade que passe despercebida, os pisos verdadeiramente degradados chegam a ser penosos para os ocupantes, algo que também não será estranho para os adeptos dos automóveis de carácter verdadeiramente desportivo, e está longe de ser criticável numa proposta desta natureza. Pior mesmo é, nestas circunstâncias, sentir-se também que, apesar da boa qualidade de materiais e acabamentos (sem dúvida acima do conhecido da anterior geração do modelo), o Mini ainda não está no nível premium dos seus “primos” da BMW, e os ruídos parasitas que surgem em mau piso lá estão para o comprovar…
Mas também há que reconhecer que nada disto é muito criticável no segmento em que o JCW se insere – apenas assume outro peso perante a exclusividade do Mini, em geral, e desta versão, em particular. O preço, esse, naturalmente que não é dos mais acessíveis, e não deixa de ser um facto que os €34 700 pedidos pelo Mini JCW estão bem acima dos valores praticados pelos seus concorrentes teóricos (como sejam o Ford Fiesta ST, o Opel Corsa OPC, o Renault Clio RS, o Seat Ibiza Cupra ou o VW Polo GTI). Todavia, bem vistas as coisas, estão são propostas que não só recorrem a unidades motrizes mais pequenas, com 1,6 litros, como nenhuma oferece mais do que 200 cv. Também por isso, será o Audi S1 o modelo que mais se aproxima do Mini JCW, oferecendo os mesmos 231 cv, mas por um preço já próximo dos €40 000, em parte significativa justificado pelo recurso à tracção integral quattro.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1998 |
Diâmetro x curso (mm) | 94,6×82,0 |
Taxa de compressão | 10,2:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 231/4750-6000 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 320/1250 |
Alimentação | injecção directa sequencial |
Sobrealimentação | turbocompressor+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 3874/1727/1414 |
Distância entre eixos (mm) | 2495 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1485/1485 |
Jantes – pneus | 7Jx17″ – 205/45 (Pirelli PZero) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1205 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 5,21 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 211-731/45 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira com bloqueio electrónico do diferencial |
Caixa de velocidades | manual de 6+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica variável |
Diâmetro de viragem (m) | 10,8 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (n.d.) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (n.d.) |
Suspensões | |
Dianteira | Independente, tipo MacPherson com triângulos inferiores e amortecimento regulável |
Traseira | Multilink com amortecimento regulável |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 2 anos sem limite de km (5 anos/80 000 km de assistência incluída) |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 20 000 km ou 24 meses |
Airbag para condutor e passageiro
Airbags laterais
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Cruise-control+limitador de velocidade
Bancos desportivos com encostos de cabeça integrados
Banco dianteiros com regulação em altura
Banco rebatível 60/40
Volante desportivo em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção Servotronic com assistência eléctrica variável
Rádio com leitor de mp3+entradas USB/Aux
Mãos-livres Bluetooh
Vidros eléctricos
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Faróis por LED
Mini Driving Modes
Suspensão desportiva
Jantes de liga leve de 17″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit de reparação de furos
Controlo dinâmico do amortecimento (€500)
Jantes de liga leve de 17″ Track Spoke Black com pneus 205/45 (€200)
Faixas no capot em preto (€120)
Vidros com protecção solar (€290)
Colour Line (€100)
Sensores de estacionamento traseiros (€360)
Sensor de luz+chuva (€130)
Cockpit Crono Package – mortradores adicionais no tablier (€200)
Faróis por LED direccionais (€200)
Rádio Visual Boost (€500)