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Mitsubishi ASX 1.8 DI-D Cross City 2WD

Artigo
Mitsubishi ASX 1.8 DI-D Cross City 2WD

Visão geral
Marca:

Mitsubishi

Modelo:

ASX

Versão:

1.8 DI-D Cross City 2AWD

Ano lançamento:

2014

Segmento:

SUV

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.8 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

116/3500

Vel. máx. (km/h):

189

0-100 km/h (s):

10,2

CO2 (g/km):

119

PVP (€):

26 750 (25 900 com financiamento)/27 200

Gostámos

Relação preço/equipamento, Comportamento dinâmico, Capacidade da bagageira

A rever

Motor pouco linear, Qualidade de construção, Ambiente interior

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Qualidade geral
6.0
Interior
7.0
Segurança
9.0
Motor e prestações
7.0
Desempenho dinâmico
7.0
Consumos e emissões
8.0
Conforto
8.0
Equipamento
8.0
Garantias
6.0
Preço
9.0
Se tem pressa...

O Mitsubishi ASX parecia estar a cair no esquecimento do mercado, mas a marca japonesa fê-lo ressuscitar, graças a uns retoques estéticos, uma nova nomenclatura e, acima de tudo, a uma relação preço/equipamento sem paralelo na concorrência.

7.5
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Costuma-se dizer que “quem não tem cão, caça com gato.”. Não, não pretendo classificar o Mitsubishi ASX 1.8 DI-D Cross City 2AWD como o automóvel indicado para actividades furtivas nem fazer qualquer analogia com as suas características e capacidades para percorrer caminhos selvagens. O uso desta popular expressão serve, na realidade, para contextualizar a estratégia da Mitsubishi com esta actualização realizada sobre o seu SUV do segmento dos pequenos familiares, que ainda há pouco mais de um ano tinha sido alvo de um restyling, mas insuficiente para, hoje, fazer face a um Nissan Qashqai completamente novo e que volta a dominar o segmento. Como tal, se não se pode apresentar um modelo totalmente remodelado, altera-se ligeiramente o nome, mexe-se em alguns pormenores e ataca-se com aquilo que mais impressiona os clientes: a relação preço/equipamento.

As luzes dianteiras em LED são a forma mais fácil de identificar esta terceira vida do ASX, conferindo-lhe aquele ar mais moderno que todos os clientes querem ver nos seus automóveis

O nome Cross City significa, portanto, que estamos perante um ASX com as novas luzes diurnas em LED e, mais importante do que isso, que oferece o mesmo nível de equipamento da anterior versão de topo, Instyle, pelo preço da imediatamente abaixo, Intense. Por recheio de equipamento queremos dizer que esta nova versão oferece, de série, faróis de xénon, estofos em bele, banco do condutor com regulação eléctrica, bancos dianteiros aquecidos, camara de marcha-atrás, entre outros elementos mais corriqueiros. Mas tudo isto se torna muito mais interessante quando olhamos para a campanha que está a decorrer, pelo menos até Outubro, que aplica, mediante financiamento, um desconto de 3420 euros sobre preço tabelado para este versão Cross City. Ou seja, de um preço de 29 320 euros, o ASX passa para os 25 900 euros. Se não quiser recorrer ao financiamento da marca, o preço sobe para os 26 750 euros, o que continua a ser um valor extremamente competitivo. Não há nenhum SUV com um relação preço/equipamento tão atractiva. Qualquer um dos seus concorrentes, para ter um nível de equipamento semelhante, ultrapassa facilmente os 30 000 euros.

Como o preço não é tudo, há que dizer que o ASX já acuso o peso dos anos em alguns parâmetros, sendo esse facto bastante evidente quando acedemos ao habitáculo. O desenho pouco inspirado aceita-se, mas o mesmo não se pode dizer da qualidade dos materiais, da ergonomia, ou da posição de condução. Há botões colocados em zonas de difícil acesso e a postura ao volante nunca chega a ser realmente boa, pois a regulação em profundidade da coluna de direcção tem uma amplitude diminuta, o que obriga o condutor a ir sempre algo debruçado sobre o volante. Mesmo a montagem dos materiais do habitáculo não tem o habitual rigor nipónico, sendo perceptíveis alguns ruídos parasitas em piso irregular. Melhor é a insonorização, que evoluiu bastante em relação às primeiras versões, que chegavam a ser algo incómodas em viagens mais longas, principalmente a partir dos 120 km/h. O fenómeno ocorria por deficiência, ou ausência, do material insonorizante, mas também pelo facto do bloco 1.8 Diesel não ser especialmente contido.

Apesar dos pequenos ajustes ao longo dos anos, o habitáculo do ASX não consegue acompanhar a concorrência seja pelo desenho ou pela pouca qualidade de muitos dos materiais empregues

Apesar dos pequenos ajustes ao longo dos anos, o habitáculo do ASX não consegue acompanhar a concorrência seja pelo desenho ou pela pouca qualidade de muitos dos materiais empregues

Refinamento não é, aliás, um dos maiores elogios que se pode fazer ao motor DI-D, que se revela algo pontudo na entrega de potência, já que a letargia sentida em regimes se torna em força bruta nos regimes médios. Os 116 cv mostram-se sempre, de qualquer forma, algo justos para lidar com o peso do ASX, principalmente nas recuperações, que obrigam a recorrer muitas vezes à pouco suave caixa de seis velocidades. Para quem, como eu, fez muitos quilómetros ao volante da versão de 150 cv deste mesmo bloco, é impossível não sentir saudades do mesmo. Ainda existe na gama, mas apenas com tração integral, o que atira o preço para uns pouco simpático 34 750 euros. Talvez para tentar compensar a pouca energia dos 116 cv, a caixa de velocidades tem as suas seis relações muito próximas entre si, o que não ajuda à obtenção de bons consumos em estrada aberta, principalmente se quisermos andar um pouco mais depressa. Em cidade, os 7l/100 km são apenas aceitáveis.

Os 116 cv do motor 1.8 DI-D são algo curtos para o ASX, principalmente quando nos lembramos da pujante versão de 150 cv

Os 116 cv do motor 1.8 DI-D são algo curtos para o ASX, principalmente quando nos lembramos da pujante versão de 150 cv

Onde o ASX continua a não ter paralelo na concorrência, também devido à sua concepção mais básica, é no comportamento dinâmico, que é bastante divertido e interactivo. Ainda que a direcção não seja particularmente informativa, o condutor consegue passar bons momentos ao volante, se quiser tirar partido da agilidade do eixo traseiro, que roda como nenhum outro SUV deste género. A simplicidade marca também pontos no conforto, que é também bastante convincente.

No global, há que entender o Mitsubishi ASX 1.8 DI-D Cross City 2AWD como um automóvel menos refinado que os melhores do segmento, mas que é, ainda assim, perfeitamente actual e que, no fundo, tem um preço muito mais justo, tendo em conta o que custa e aquilo que oferece.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
ABS com EBD e assistente de travagem
Assistente aos arranques em subida (HSA)
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Fixações Isofix
Luzes diurnas em LED
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Cruise-control+limitador de velocidade
Acesso e arranque sem chave
Banco rebatível 60/40
Banco do condutor com regulação eléctrica
Bancos dianteiros aquecidos
Estofos em pele
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica
Sistema multimédia com ecrã táctil de 6,2″, com leitor de MP3, entradas USB e Aux
Mãos-livres Bluetooth com comandos de voz
Vidros traseiros escurecidos
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos e rebatíveis
Tecto panorâmico
Faróis de xénon
Faróis de nevoeiro
Sensor de luz+chuva
Camara de marcha-atrás
Jantes de liga leve de 17”
Barras de tejadilho

Pintura metalizada (€450)

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zyrgon