Mitsubishi com novo SUV compacto em Genebra
“Momento decisivo” para o futuro da Mitsubishi, nas suas próprias palavras. Que, em Março, no Salão de Genebra, vai revelar o primeiro de uma nova geração de modelos que, de forma progressiva, chegarão ao mercado ao longo dos próximos três anos.
Hoje detida em 34% pela Aliança Renault–Nissan, a marca dos três diamantes capitaliza a forte imagem, e os indiscutíveis pergaminhos, que detém neste sector, para iniciar essa renovação da sua oferta através de um novo SUV compacto, a posicionar entre o ASX e o Outlander (que se mantêm em catálogo). Ou seja, destinado a um dos mais competitivos e apetecidos segmentos do mercado europeu, dominado há quase uma década pelo Nissan Qashqai.
Ainda sem nome conhecido, o novel SUV promete adoptar uma postura desportiva, permitir ao seu construtor rumar numa direcção totalmente nova e representar mais um passo no sentido de o reposicionar como um dos principais actores do actual panorama dos SUV. Da nova proposta apenas foi revelada uma fotografia, e que não mostra mais do que a respectiva silhueta do tipo coupé.
Mas o fabricante nipónico lá vai avançando com alguns detalhes interessantes. Por exemplo, o descender directamente o novo SUV do protótipo XR-PHEV II Concept, mostrado no Salão de Genebra de 2015. E que o mesmo de demarca dos seus rivais graças às linhas arrojadas, marcadas pela pronunciada linha de tejadilho, pela frente agressiva, pela cintura em cunha e pela traseira dominada por um “V” acentuado, nascido da confluência dos pilares traseiros com as formas envolventes do pára-choques posterior.
No que à mecânica diz respeito, tudo está ainda por saber. Espera-se que na base do novo modelo esteja uma versão modificada, mais curta e leve, da plataforma utilizada pelo Outlander. E se a tracção será, seguramente dianteira, é mais do que provável que o modelo seja também proposto, em opção, com o sistema de tracção integral de controlo electrónico S-AWC, também ele já conhecido do Outlander PHEV.
Em termos de motores, três possibilidades em aberto: a Mitsubishi recorrer às suas próprias unidades motrizes, já utilizadas noutros modelos da sua gama (como o 1.6 a gasolina de 117 cv, ou os 1.6 e 2.2 turbodiesel, de 114 cv e 150 cv, respectivamente); aproveitar a oportunidade para estrear novos motores; ou recorrer ao banco de órgão da aliança que passou a integrar. Ou, mesmo, ir um pouco mais longe, dando corpo à solução preconizada pelo XR-PHEV II Concept: um grupo motopropulsor híbrido plug-in, que nesse protótipo combinava um motor a gasolina Mivec com um motor eléctrico e uma bateria de 12 kWh, transmitindo a potência exclusivamente ao eixo dianteiro.
