Mitsubishi Space Star 1.2 Intense
Mitsubishi
Space Star
1.2 Intense
2013
Utilitários
5
Dianteira
1.2
80/6000
180
11,7
100
13 750
Rendimento do motor, Habitabilidade, Equipamento de série, Agilidade em cidade
Preço elevado, caixa de velocidades longa e imprecisa
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 180 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 11,8 |
0-400 m | 18,5 |
0-1000 m | 34,0 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 3ª | 8,7 |
Em 4ª | 12,8 |
Em 5ª | 17,5 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 4ª | 14,4 |
Em 5ª | 19,7 |
Em 6ª | – |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 38,4 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 4,6 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 5,5 |
Cidade | 6,7 |
Média ponderada (*) | 6,04 |
Autonomia média ponderada (km) | 579 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1360 |
Largura atrás | 1310 |
Comprimento à frente | 1100 |
Comprimento atrás | 730 |
Altura à frente | 970 |
Altura atrás | 910 |
Space Star. Ao ouvi-lo hoje, a maioria associará este nome a um dos percursores entre os monovolumes compactos, um modelo que a Mitsubishi deixou de produzir em 2004, mas que entre nós tão boas recordações terá deixado entre inúmeras famílias, pela sua versatilidade, pioneirismo e competência. Outros tempos… Agora, Space Star foi a designação escolhida pela marca dos três diamantes para identificar o seu novo modelo global – e termina aí, no nome, o paralelismo entre dois automóveis separados por quase uma década.
Porque o novo Space Star é, essencialmente, o substituto de outro modelo célebre – o Colt. Assume-se como um citadino com aspirações a utilitário, de linhas vincadamente orientais e – como todos os automóveis que pretendem vingar nas mais variadas latitudes – pouco personalizadas. Mas também não será por isso que o novo Space Star deixa de contar com um interessante leque de argumentos para disputar um lugar num segmento bastante concorrido.
Logo num primeiro olhar, são evidentes as suas generosas dimensões para a classe em que se insere, característica que acarreta óbvios benefícios para o habitáculo. Como o Space Star é proposto em Portugal com um único motor (1.2 a gasolina de 80 cv) e apenas um nível de equipamento (Intense, por sinal bastante generoso), o acesso ao interior faz-se através de uma pressão num botão existente na porta do condutor que opera o fecho central, já que a chave electrónica é oferecida de série, não sendo necessário tirá-la do bolso para abrir/fechar as portas ou colocar o motor em marcha.
Uma vez a bordo, destacam-se de imediato o posto de condução correcto e, principalmente, a ampla habitabilidade, verdadeiramente referencial para a classe e que permite transportar com relativo desafogo cinco passageiros, sendo a maior surpresa o espaço disponível para as pernas dos ocupantes do banco traseiro. A bagageira também é das maiores do segmento, e ainda oferece um espaço de arrumação extra sob o respectivo piso, pese embora padecendo de um acesso algo difícil, porque estreito e elevado.
Os plásticos duros dominam num habitáculo pautado ainda pela decoração sóbria, algo soturna até, mas a construção evidencia, em geral, uma elevada solidez, permitindo antecipar um envelhecimento saudável. Sinal mais também para os muitos espaços de arrumação disponíveis, com o rebatimento do banco traseiro a ser mais um factor que permite incrementar a versatilidade.
Um dos objectivos da Mitsubishi com o Space Star foi criar um utilitário tão eficaz quanto possível em termos de consumos e emissões, e essa é uma característica sempre presente no modelo. Provam-no o deflector colocado no topo do portão traseiro (para um melhor desempenho aerodinâmico); os indicadores de mudança ideal, de condução económica e de funcionamento do sistema start/stop no painel de instrumentos; ou as próprias soluções mecânicas.
O motor de três cilindros e 1193 cc, com 80 cv e um binário máximo de 106 Nm às 4000 rpm, não obstante a sua preferência pelos regimes superiores às 3500 rpm, até dá boa conta de si em utilização citadina, e o resultado só não é mais meritório por culpa de uma caixa de velocidades não muito precisa e, principalmente, muito desmultiplicada, que impõe uma excessiva quebra de regime entre mudanças, mesmo nas mais curtas – de tal modo que, de início, chegamos a ficar em dúvida se, em vez da 2ª relação, não engrenámos a quarta… Questiona-se tanto mais esta opção da Mitsubishi quanto são os consumos em utilização urbana os que mais desmorecem e se afastam do esperado e anunciado.
Outro factor a ter em conta é a afinação excessivamente macia da suspensão, mas com uma nítida predominância da mola sobre o amortecedor, que leva a que o Space Star seja demasiado sensível às oscilações e estado de conservação do piso, o que acaba por também não beneficiar o conforto, “chocalhando” bastante os passageiros em pisos de empedrado ou de asfalto mais degrado. Em compensação, a direcção directa e o reduzido diâmetro de viragem conferem-lhe uma apreciável agilidade que torna a condução em cidade muito agradável.
Já em estrada sobressaem o comportamento honesto e previsível e as prestações bastante razoáveis, excepção feita, claro, às recuperações, mais uma vez devido ao binómio caixa longa/apetência do motor pelos altos regimes. Daqui resulta que as ultrapassagens ou enfrentar as subidas mais pronunciadas serão os principais óbices para o bom desempenho do Space Star, sobretudo com lotação máxima e bagageira cheia. Em traçados mais sinuosos, a configuração da suspensão e os pneus Yokohama BlueEarth A34 não permitem qualquer veleidade, obrigando o ESP (também ele proposto de série) a actuar ao mínimo atrevimento por parte dos condutores mais afoitos.
Assumidamente um citadino capaz de fazer as vezes de um utilitário para quem são seja por demais exigente, ou tenha maiores constrangimentos orçamentais, o novo Mitsubishi Space Star também não é o modelo mais barato da sua categoria, ao ser proposto no mercado nacional por €13 750. Mas isso não significa que não seja competitivo, já que o diferencial para a principal concorrência é bem justificado pela sua generosa dotação de equipamento de série, que assim o torna numa proposta deveras interessante para quem pretenda um automóvel deste género já dotado de um apreciável recheio de dispositivos que sem dúvida aumentam a comodidade, o agrado de utilização e a segurança – passiva como activa.
Motor | |
Tipo | 3 cil. em linha, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1193 |
Diâmetro x curso (mm) | 75,0×90,0 |
Taxa de compressão | 11,0:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./12 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 80/6000 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 106/4000 |
Alimentação | injecção multiponto sequencial |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 3710/1665/1450 |
Distância entre eixos (mm) | 2450 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1430/1415 |
Jantes – pneus | 5Jx15″ – 175/55 (Yokohama BlueEarth A34) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 845 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 10,5 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 235/35 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira |
Caixa de velocidades | manual de 5+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica variável |
Diâmetro de viragem (m) | 9,2 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (n.d.) |
Traseiros (ø mm) | Tambores (n.d.) |
Suspensões | |
Dianteira | McPherson |
Traseira | Eixo de torção |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/não |
Garantias | |
Garantia geral | 3 anos ou 100 000 km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 8 anos |
Intervalos entre manutenções | 20 000 km |
Airbag para condutor e passageiro
Airbags laterais
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Banco do condutor com regulação em altura
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Direcção com assistência eléctrica variável
Rádio com leitor de CD+mp3+entrada USB
Retrovisores eléctricos+aquecidos
Vidros eléctricos FR/TR
Sensor de luz+chuva
Acesso sem chave
Jantes de liga leve de 15”