CompararComparando ...

Nissan mostra o caminho para a mobilidade inteligente

Artigo
Nissan mostra o caminho para a mobilidade inteligente

A Nissan Portugal voltou a reunir vários especialistas para debaterem a mobilidade sustentável, na sexta edição do Fórum da Mobilidade Inteligente, que teve lugar em Lisboa no Pavilhão do Conhecimento.  O fórum, que reuniu catorze oradores, que mostraram o caminho para a descarbonização, serviu para a Nissan debater e reforçar o alerta para a necessidade de uma mobilidade inteligente e sustentável.

“Esta edição do Fórum Nissan da Mobilidade Inteligente serviu para podermos identificar o trabalho que é necessário desenvolver de modo a ultrapassarmos os desafios que se colocam relativos à mobilidade eléctrica. É necessário envolver todas as entidades no objectivo de melhorar a vida das pessoas, com uma mobilidade mais inteligente e sustentável”, sublinhou Antonio Melica, Director-Geral da Nissan Portugal.

A marca nipónica estabeleceu como meta atingr a neutralidade carbónica até 2050 de em todas as suas operações e do ciclo de vida de todos os seus produtos. Para acelerar os esforços globais que permitam alcançar este desiderato, a Nissan continuará a abordar várias questões de forma responsável, incluindo a promoção da eletrificação

“Para o atingirmos, temos de ter visões a curto prazo. O plano ‘Ambição 2030’ está focado na aceleração do processo de electrificação da nossa gama, e de alcançar a neutralidade carbónica das nossas fábricas e de produção”, reforçou António Melica. “Até 2030, a Nissan tem como objectivo lançar trinta veículos electrificados, e essa caminhada arranca já neste ano de 2022, com a chegada ao mercado do novo Ariya, bem como do comercial ligeiro Townstar 100% eléctrico”.

O ponto central dos planos de neutralidade de carbono da Nissan passa pelo lançamento de automóveis electrificados e de tecnologias relacionadas. Esta jornada começou em 2010 e continua até hoje, com a expansão da tecnologia exclusiva Nissan e-Power e com novos automóveis totalmente eléctricos, como o referido crossover. Desta forma, a Nissan pretende que 100% da sua oferta de automóveis totalmente novos seja electrificada nos principais mercados (Japão, China, Estados Unidos e Europa) no início de 2030.

A Nissan está a acelerar esses compromissos com iniciativas como o EV36Zero, um novo conceito, que representa um investimento de mil milhões de libras (1,15 mil milhões de euros) num ‘hub’ de vanguarda, no Reino Unido, para a produção de veículos eléctricos, criando o primeiro ecossistema de fabrico de automóveis eléctricos a nível mundial.

Nota ainda para a presença neste Fórum da Mobilidade Inteligente de Donatto Vitella, Diretor de Estratégia e Planeamento Avançado de Produto da Nissan Europa, que deixou claro que a marca nipónica “vai electrificar toda a gama até 2023 e colocar um ponto final no investimento de novos motores de combustão. Em 2026, esperamos que 75% das vendas sejam de veículos electrificados, e que esse número suba para 100% em 2030”, sublinhou Donatto Vitella.

Se é verdade que descarbonização e sustentabilidade fazem parte do nosso léxico quotidiano desde há vários anos, porque é que este tema ainda permanece tanto na ordem do dia e a sua discussão é mais premente que nunca? Talvez a melhor ilustração da problemática seja a que foi dada por António Coutinho, presidente da EDP Inovação, na sua intervenção sobre “Os Desafios da Transição Energética”. Perante a pergunta “o que é que vos aconteceria pessoalmente se, amanhã, deixasse de haver petróleo?” a resposta mais comum talvez fosse “eu deixaria de andar de carro!”. Mas a verdadeira resposta é “morreríamos todos à fome”! “A realidade atual é que nosso mundo gira em torno do petróleo, e sem o petróleo seríamos incapazes, por exemplo, de produzir e transportar os alimentos para a população mundial”, afirmou António Coutinho.

Por outro lado, sabemos que a actual trajectória de aquecimento global é insustentável, sob o risco de ultrapassarmos o limite de aumento da temperatura de 2°, que é o limiar a partir do qual é impossível ter a certeza de todas as consequências para a nossa forma de viver, e dos impactos que tal aumento teria nos ecossistemas. Se hoje é impossível viver num mundo sem petróleo, para António Coutinho “é obrigatório mudar o paradigma e acabar com a dependência dos combustíveis fósseis, para acelerar a transição energética para a electricidade. Actualmente, 83% das emissões provêm do consumo de energia. A mobilidade, que representa 19% das emissões, é a grande consumidora de petróleo. É aqui que temos de actuar rapidamente, até porque a tecnologia já existe”.

Apesar da dimensão do desafio, a conclusão do debate sobre a transição energética tem de assentar numa nota positiva. “Há 15 anos, no mundo investiam-se cerca de 50 biliões de dólares por ano na transição energética. O ano passado este investimento foi de 755 biliões de dólares. O principal destino deste investimento é a área das energias renováveis, logo seguida pela área da electrificação dos transportes. E está previsto que, já este ano, a electrificação dos transportes seja a principal área dos investimentos na transição energética”, concluiu o responsável da Inovação na EDP.

O caminho percorrido em Portugal tem sido, neste domínio da transição energética, bastante positivo, apesar de algumas dificuldades e entraves relacionados com questões legais e de licenciamentos, alertou António Sá da Costa, presidente da European Renewable Energies Federation, e também presente neste Fórum. Na sua intervenção Alexandre Fernandes, administrador-executivo da Entidade Nacional para o Setor Energético E.P.E. (ENSE), mostrou que os poderes públicos estão conscientes da necessidade de agilização e rapidez nas aprovações e legalizações de projetos destinados à implementação de, por exemplo, energias renováveis, ao declarar que “o nosso desafio, como entidade pública, é o de colocar o Estado como acelerador da mudança para a transição energética”.

A mobilidade do futuro será tão mais “inteligente” e sustentável quando mais rápido for o ritmo desta indispensável transição energética. E a atual situação portuguesa permite encarar o futuro com algum otimismo.

Segundo António Sá da Costa, presidente da European Renewable Energies Federation, “ter a electricidade em Portugal 100% renovável não é fácil, mas é possível. Assim haja vontade política e capacidade de coordenar as diferentes tecnologias de produzir electricidade, de forma a encontrar o óptimo nacional, e não os óptimos de cada um dos produtores, sem colocar em causa a livre concorrência e as condições do mercado”.

A electrificação dos transportes está a ponto de se tornar no maior destino dos investimentos realizados a nível mundial no âmbito da transição energéticam o que demonstra que todo este setor, e, acima de todos, o automóvel, está consciente das suas responsabilidades e do contributo que tem de dar para a descarbonização do planeta.

O Fórum da Mobilidade Inteligente da Nissan tem o mérito de debater os problemas que se colocam à sociedade nos próximos anos, e, ao mesmo tempo, de mostrar a visões sobre os caminhos que vão ser necessários traçar num futuro muito próximo, onde a marca japonesa pretende ter um papel de liderança.

 

 

Qual é a sua reação?
Excelente
100%
Adoro
0%
Gosto
0%
Razoavel
0%
Não gosto
0%
Sobre o autor
zyrgon