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Nissan Qashqai e X-Trail eléctricos em 2025

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Nissan Qashqai e X-Trail eléctricos em 2025

Hiroto Sakaiwa, de 63 anos, é, desde 1 de Abril passado, o primeiro japonês a liderar a Nissan em dezasseis anos, sucedendo no cargo a Carlos Ghosn, CEO da marca nipónica desde 2001. Já para o Versão está prometida a apresentação do plano estratégico para a próxima meia dúzia de anos, dando sequência ao Power 88, de igual prazo, da autoria do seu precedessor.

Em entrevista ao Automotive News, Sakaiwa revelou alguns dados essenciais relativos ao futuro da Nissan. E, em deixar de salientar que tal plano será definido em consonância com a Renault e a Mitsubishi não deixou de sublinhar que dois pontos principais merecerão atenções imediatas e redobradas: os veículos eléctricos e o papel da casa dos três diamantes enquanto novo parceiro global da Nissan.

Assim, o futuro da Mitsubishi passará pelo reforço dos seus principais traços distintivos, como as suas competências no domínio dos sistemas de tracção integral e dos veículos de todo-o-terreno, bem como no dos híbridos plug-in – tanto mais que esta é uma solução que deverá registar um aumento da procura, mas nunca foi aposta da Nissan ou da Renault. A casa dos três diamantes poderá representar, ainda, uma oportunidade para a Renault entrar no mercado norte-americano, não directamente, mas por via de alguns modelos que aí poderiam ser comercializados sob a égide da Mitsubishi.

Quanto aos automóveis eléctricos, no curto prazo, a grande novidade da Nissan será o lançamento do novo Leaf, mais evoluído e com uma autonomia ampliada. Estará à venda no Japão (e, possivelmente, noutros mercados) ainda este ano, chegando aos restantes durante 2018.

Consciente que muito mudou neste capítulo nos últimos anos, o novo CEO do segundo maior construtor japonês sabe que um novo Leaf, por si só, não chegará para impor a Nissan num segmento cada dia mais competitivo. Por isso, está já previsto o lançamento de um novo automóvel eléctrico com cerca de 500 quilómetros de autonomia antes de 2020.

Mas o executivo japonês acredita, igualmente, que a evolução da tecnologia das baterias fará com que a diferenciação entre os eléctricos rapidamente deixe de ser feita com base na autonomia, antes passando por factores como a estética, o preço, a tecnologia empregue, a qualidade do produto, o comportamento, a reputação do seu construtor ou a adequação ao uso a que se destina. Se assim for, o grande factor de desenvolvimento, neste capítulo, resultará do alargamento das gamas de veículos eléctricos da maioria dos construtores, que muito aumentará a concorrência, e deverá conhecer um grande crescimento no período 2020-2025.

A Nissan não fugirá à regra, e até já tem planos definidos tendo já em preparação a transição dos actuais motores térmicos para os eléctricos nas futuras gerações dos seus modelos mais populares a– os SUV.  Por isso, é praticamente garantido que, na geração a seguir à próxima, os SUV da marca deverão já contar com motores eléctricos. Ora, sabendo-se que uma nova geração de um modelo, contando com o inevitável restyling de meio de ciclo, deverá durar 7/8 anos, é de crer que, em 2025, tenhamos já no mercado o Qashqai e o X-Trail eléctricos, uma vez que as suas novas gerações serão apresentadas, ou no final deste ano, ou durante 2018. Resta saber se, em meados da próxima década, estes modelos ainda proporão motores de combustão interna, ou já serão exclusivamente de propulsão eléctrica.

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zyrgon