CompararComparando ...

Novo Audi A6 já é oficial. Chega em Junho

Artigo
Novo Audi A6 já é oficial. Chega em Junho

Ainda antes da sua apresentação oficial no Salão de Genebra, a Audi convidou alguns jornalista para verem de perto, e em primeira mão, a nova geração do A6, a oitava deste modelo. À venda no próximo mês de Junho na versão berlina (a carrinha A6 Avant chega no Outono, estando praticamente garantido o lançamento também de uma derivação A6 Allroad), o novo A6 é definido pela própria marca dos quatro anéis como um automóvel “multi-talentos”, apostando forte em quatro vectores fundamentais para enfrentar uma poderosa concorrência: estética elaborada, habitáculo acolhedor, tecnologia de ponta e extensa digitalização.

No primeiro caso, vale a pena referir que o novo A6 junta-se ao recém-chegados A8 e A7 Sportback para completar a oferta de luxo da Audi, os três definindo a linguagem visual da marca para os segmentos de topo. A carroçaria é dominada por superfícies tensas e linhas marcantes, para transmitir uma sensação de desportividade conjugada com elegância, e da alta tecnologia que o veículo, a que se junta a correcta proporção entre os principais volumes.

Aqui, a grelha Singleframe é deveras larga e está montada numa posição mais baixa do que no A8, mas não tanto quanto no A7 Sportback, dominando a secção dianteira e definindo a volumetria da perspectiva frontal, em conjunto coim as afiladas ópticas dianteiras por LED (opcionalmente, por matriz de LED). A linha de tejadilho, como no modelo anterior, destina-se a vincar a personalidade própria do A6, destacando-se na traseira o facto de os farolins não estarem unidos por uma barra luminosa, mas por um elemento cromado, por forma a conferir ao A6 um ar mais formal, e a fazê-lo parecer tão largo e baixo quanto possível. As jantes podem ir até às 21”, consoante as versões e a escolha de cada um.

Temos, assim, que as linhas do novo A6 visam ilustrar o seu posicionamento entre A8 e A7 Sportback, menos convencional que o primeiro, mas não tão desportivo quanto o segundo. Cada qual decidirá por si, mas menos discutível será o Cx de somente 0,24, valor alcançado pela mais optimizada das versões Diesel, a  lançar em fase posterior de comercialização.

Porque muito breve, o primeiro assomo ao interior do novo A6 não foi de molde a tecer grandes conjecturas acerca da qualidade de construção ou materiais, mas fica a noção de que volta a ser uma das referências da classe nesta matéria, sendo mais evidente a generosa habitabilidade, suficiente para acomodar facilmente quatro ocupantes. Com 4939 mm de comprimento, 1886 mm de largura e 1457 mm de altura, o novo A6 é 7 mm mais comprido, 12 mm mais largo e 2 mm mais alto do que o anterior, o que ajuda a justificar a apreciação acima, com a Audi a adiante que o modelo bater todos os rivaus em termos do espaço disponibilizado para as pernas dos ocupantes do banco traseiro. A mala mantém a capacidade de 530 litros, mas conta agora de sistema “mãos-livres”.

Já a decoração interior consegue criar um ambiente acolhedor, destacando-se o esguio painel de instrumentos e a consola central desviada ligeiramente para a esquerda, no sentido do condutor, tal como o ecrã do sistema de infoentretenimemto de design minimalista, que recolhe quando desligado, apenas ficando à vista uma pequena tampa em alumínio. O resultado final tanto pode ser mais desportivo ou  elegante, mais técnico ou futurista, dependendo da escolha de um dos cinco níveis de acabamento e equipamento disponíveis: base, sport, design, design selection e S line (que inclui as jantes de 19” e a suspensão desportiva) – cada qual associado a diferentes combinações cromáticas interiores, e a distintos materiais de acabamento, que vão da madeira de poro aberto ao revestimento integral em pele, podendo o opcional pacote S line exterior ser conjugado com qualquer deles.

Passando à “digitalização”, é um dos domºinio em que o A6 pretende assumir-se como a nova do segmento. O  sistema de infoentretenimento MMI conta com dois ecrãs na consola central,: o inferior, com 8,6”, comanda a climatização, algumas funções de conveniência e a inserção de texto (sendo a caixa sempre automática, o selector serve de apoio para a mão); o superior, com as mesmas dimensões na versão mais simples MMI navigation, ou com 10,1” na mais evoluída MMI navigation plus, serve para operação as principais funcionalidades do sistema, recebendo o condutor informação também através do head-up display e do painel de instrumentos totalmente digital Audi virtual cockpit, com ecrã de 12,3”.

Idêntico ao estreado pelo novo A8, o MMI consegue gravar o perfil de até sete utilizadores e personalizar 400 parâmetros. Tudo de forma deveras simples, permitindo este sistema integralmente digital ser ajustado ao gosto de cada qual através da função de “arrasto” (drag-and-drop) dos ícones das suas inúmeras funções para o local pretendido, como num smartphone. Existem, ainda, vários botões virtuais de atalho e de favoritos, sendo a estrutura dos menus bastante lógica e intuitiva, e até a reposta táctil e acústica pode ser regulada, cabendo ao utilizador definir a intensidade com que pretende sentir e ouvir o “clique” emitido sempre que pressiona uma função do sistema.

Só que, graças |à função de auto-aprendizagem, o MMI também está apto a oferecer sugestões de busca inteligente com base nas rotas percorridas, sugerir caminhos alternativos sempre que recebe a informação de perturbações no tráfego ao longo da rota previamente definida, ou encontrar um lugar de estacionamento disponível no local de destino. Através de um smartphone, o proprietário pode aceder a todos os serviços digitais da Audi e, inclusive, utilizá-lo, desde que com sistema operativo Android, enquanto chave digital do veículo (partilhável com até mais cinco smartphones de outros tantos utilizadores), através dele sendo possível abrir e fechar as portas e dar arranque ao motor.

O novo A6 conta, ainda, com 38 sistemas de assistência a condutor, propostos em três distintos pacotes, destinados a satisfazer distintas necessidades e preferências. Os mais notáveis serão o parking pilot e o garage pilot, incluídos no pacote Park assist e responsáveis por estacionar o veículo autonomamente num lugar de parqueamento ou na garagem, sem que para tal o condutor tenha sequer que estar a bordo, bastando-lhe transmitir a respectiva instrução através da app my Audi instalada no seu smartphone.  No caso do pacote City assist, destaque para o novo assistente de cruzamentos, enquanto que o pacote Tour assist integra o cruise control adaptativo assistido, em que o sistema intervém autonomamente sobre o volante para manter o veículo na faixa de rodagem, assim como o assistente de eficiência, destinado a assegurar o estilo de condução mais económico. Montando até cinco sensores de radar, cinco câmaras, doze sensores ultrasónicos e um scanner por laser, o novo A6 está, também, apto a integrar todas as funções de condução autónoma já a anunciadas para o novo A8, assim que a legislação permita a respectiva utilização na via pública.

Passando ao motores, e depois de a Audi ter, há já algum tempo, anunciado pretender electrificar a totalidade da sua gama no curto prazo, o novo A6 reflecte já essa intenção, com todos os motores disponíveis a incluírem uma componente híbrida: a tecnologia mild-hybrid (MHEV), em que um alternador com motor de arranque integrado (BAS de seu nome) funciona em conjunto com uma bateria de iões de lítio (o sistema eléctrico principal é de 48 Volt nas versões V6, e de 12 Volt nas animadas por motores de quatro cilindros). Benefícios desta solução são permitir ao A6 andar “à vela” ( com o motor desligado sempre que a sua acção seja dispensável) a velocidades entre 55-160 km/h, e que o sistema start/stop possa operar entre os 7-22 km/h – anunciando a Audi que o BAS, em desaceleração, consegue recuperar até 12 kW nos motores V6, assim permitindo ao sistema MHEV poupar nos consumos até 0,7 l/100 km.

Na fase de lançamento, serão propostos três motores a gasóleo e um a gasolina, todos de injecção directa e sobrealimentados, com tracção dianteira ou dois tipos de tracção integral, e com caixa automática ou pilotada. Na base da oferta estará a versão A6 40 TDI de tracção dianteira, animada pelo 2.0 TDI com 240 cv e 400 Nm, combinado com a caixa s tronic de sete velocidades e dupla embraiagem.

Seguem-se os A6 50 TDI e A6 45 TDI, ambos equipados com o motor 3.0-V6 turbodiesel, mas oferecendo o primeiro 286 cv e 620 Nm, e o segundo 231 cv e 500 Nm. Ambos recorrem à caixa automática tiptronic de oito velocidades e à tracção integral quattro, aqui com três diferenciais, o central autoblocante do tipo Torsen, o traseiro activo em opção.

A opção a gasolina é o A6 55 TFSI, com motor 3.0-V6 TFSI de 340 cv e 500 Nm e caixa s tronic de sete velocidades e dupla embraiagem. Também dispõe de tracção integral, mas, neste caso, o sistema quattro adopta uma embraiagem multidiscos para repartir o binário entre os dois eixos, só activando o trem traseiro, de forma instantânea e imperceptível para o condutor, quando as condições assim o exigem, para um um menor consumo.

Como, no A6 da anterior geração, já foram extensas as medidas destinadas a reduzir o peso através do recurso a materiais leves, no novo modelo tal não foi prioritário, continuando a ser construídos em alumínio as estruturas das suspensões, as portas, o capot, a tampa da mala, os guarda-lamas e as pinças de travão dianteiras, entre outros. Sem adiantar valores, a Audi garante que não só o peso está de acordo com o exigido a este nível, como a rigidez estrutural é um dos grandes tributos do modelo, e o garante de um excelente desempenho dinâmico.

Neste particular, contributo essencial será, igualmente, o prestado pelas direção e pelas suspensões. Sendo aqui propostas quatro opções: suspensão com molas metálicas, suspensão desportiva, suspensão com amortecimento pilotado e suspensão pneumática. Em todas a geometria foi revista, para maior conforto de marcha e menor ruído de funcionamento.

Por forma a oferecer uma maior agilidade e estabilidade, o A6 monta um complexo sistema de direção integral, com uma relação de desmultiplicação que varia entre 9,5:1 e 16,5:1, permitindo que, abaixo dos 30 km/h, as rodas traseiras virem até 5° no sentido oposto ao das dianteiras, favorecendo a manobrabilidade, mormente por via da redução do diâmetro de viagem em até 1,1 metros. Entre os 30-120 km/h, as rodas traseiras podem virar em qualquer dos sentidos, consoante as exigências do momento, passando a virar na mesma direcção das dianteiras acima dos 120 km/h, para aumentar a incrementar a estabilidade a alta velocidade. Todos estes sistemas se integrando no mesmo módulo electrónico de controlo do châssis, funcionando em rede e ajustando a sua operação às preferências do condutor, consoante o modo de condução escolhido através do sistema Audi drive select.

Qual é a sua reação?
Excelente
0%
Adoro
0%
Gosto
0%
Razoavel
0%
Não gosto
0%
Sobre o autor
zyrgon