Novo Citroën C3 Aircross em Outubro desde €15 900
A actual “febre” dos SUV é um fenómeno a que uma marca como a citroën, naturalmente, não podia ficar alheia. E, por isso, aí está o seu primeiro modelo do género da nova geração: o C3 Aircross, que já no início de Outubro próximo iniciará a sua comercialização no nosso país. Uma proposta a que não será fácil, ficar indiferente, sem dúvida por via de diversos atributos tão interessantes quanto válidos, mas também, e principalmente, pela sua imagem arrojada, e pelas múltiplas formas de personalização que oferece ao seu comprador.
Derivado da plataforma do novo C3, o C3 Aircross é, naturalmente, um pouco mais volumoso que o utilitário da marca do double chevron (4154 mm de comprimento, 1756 mm de largura e 1637 de altura, para 2604 mm de distância entre eixos), o que lhe confere outro porte, que desde logo marca a diferença. A isto há que juntar linhas ousadas e joviais, inspiradas nas do protótipo C-Aircross, estreado no passado Salão de Genebra, complementadas pela maior altura ao solo, pelas protecções inferiores da carroçaria, pelos guarda-lamas alargados e pelas rodas de grandes dimensões – tudo elementos que confirmar o seu carácter mais aventureiro.
Mas se este é um modelo que já se impõe pelos seus atributos estéticos, o conceito pode ser levado ainda mais longe através das inúmeras opções de personalização que a Citroën propõe para o C3 Aircross. A par das oito cores da carroçaria (branco, preto, dois tons de cinzento, vermelho, beige, laranja e azul), estão disponíveis três cores para o tejadilho (preto, branco e laranja) para quem queira optar pela pintura exterior bicolor; quatro cores para o chamado Pack Color (laranja, cinzento, branco e preto), em que são aplicados apontamentos coloridos nas barras de tejadilho, nos pilares laterais em vidro, nas caixas dos espelhos, na moldura dos faróis de nevoeiro e nas tampas dos cubos das rodas e vários desenhos e acabamentos das jantes de 16” e 17”.
Só aqui estão 85 combinações exteriores possíveis, e a única nota vai para o enigma que constitui os designers da Citroën terem criado um pilar traseiro em vidro, que assegura uma maior luminosidade interior e uma superior visibilidade para o exterior, e depois este ser revestido pelas chamadas “janelas tipo persiana”, que mais não são do que uma listas horizontais coloridas sobrepostas, aplicadas sobre o mesmo, que, naturalmente, eliminam o seu efeito visual e prático…
Ainda na senda da personalização, há que contar com os cinco ambientes interiores propostos: base (dominado pelo cinzento, com contrastes em branco); Metropolitan Grey (cinzento com apontamentos laranja); Urban Red (pormenores em laranja, como as costuras dos bancos e a moldura das saídas de ventilação); Hype Mistral (mais refinado, com revestimentos em pele preta/tecido e saídas da climatização cromadas acetinadas); e Hype Colorado (cor específica aplicável nos bancos parcialmente em pele couro, no volante bitonal e no painel frontal).
Mas há mais a destacar no habitáculo do C3 Aircross, como uma generosa habitabilidade, inclusive nos lugares traseiros, que a Citroën afirma ser de referência para a classe. Por seu turno, a modularidade é garantida pelo banco traseiro com regulação longitudinal e rebatível em assimetricamente, e pelo banco do passageiro da frente rebatível, o que garante um comprimento de carga de 2,40 m. A capacidade da mala, com os cinco lugares montados, varia entre 410 litros e 520 litros, em função da posição do banco traseiro, para um máximo de 1289 litros.
Em termos de tecnologia, menção para o recarregamento sem fios para smartphones; para o sistema de navegação 3D com comandos vocais e serviços conectados Tom Tom; para as funções Android Auto, Apple Car Play e MirrorLink; e para a conhecida, Connect Box, com várias ligaçoes externas e assistência e serviço de alerta de emergência incluídos. A utilização do C3 Aircross tende a tornar-se ainda mais agradável por via do porta-luvas refrigerado, com espaço para uma garrafa de água de 1,5 litros, pelo apoio de braços traseiro com suporte para copos, e pelo vão porta-skis.
A gama de motores é composta por dois blocos sobrealimentados, num total de cinco opções disponíveis: 1.2 PureTech de 82 cv, 110 cv e 130 cv; 1.6 BlueHDI de 100 cv e 120 cv. De série, a caixa de velocidades é sempre manual (com cinco relações nos 1.2 de 82 cv e 1.6 Blue HDI de 100 cv, e seis relações nos 1.2 de 110 cv e 130 cv, e no 1.6 BlueHDI de 120 cv) sendo a variante a gasolina de 110 cv a única a poder dispor, opcionalmente, da nova caixa autiomática de seis do Grupo PSA, desenvolvida pela Aisin.
Para se poder aventurar por outros pisos, que não o asfalto, o C3 Aircross conta, ainda, para além do referido, com uma altura ao solo de 178 mm, 20 mm superior à do C3. Quem pretender ir ainda mais longe, pode ainda optar, excepto na versão de 82 cv, pelo pack composto pelos pneus mistos M+S, pelo controlo electrónico de descidas HDC (mantém automaticamente o veículo numa velocidade de até 3 km/h nas situações mais exigentes no fora de estrada), e pelo controlo de tracção optimizado Grip Control, com cinco modos de utilização elegíveis pelo condutor: Normal, Areia, Lama, Neve, e ESP off (mas com o controlo de estabilidade a manter-se desactivado apenas até aos 40 km/h, para permitir o arranque sobre superfícies de aderência diminuta). Outros auxiliares de condução disponíveis são o head-up display a cores, o sistema de travagem automática de emergência, o assistente de máximos, o sistema de leitura de sinais de trânsito, o sistema de estacionamento semiautomático Park Assist; a câmara de visão traseira de 180°; o alerta de transposição involuntária da faixa de rodagem; ou o alerta de atenção do condutor.
No primeiro contacto com o novo C3 Aircross, em terras da Córsega, tivemos oportunidade de conduzir a versão 1.2 PureTech de 110 cv com caixa automática, a qual não trouxe surpresas de maior ao nível da motorização: competente q.b. para locomover ao mais de 1200 kg do modelo, garante prestações aceitáveis, consumos razoáveis e um elevado agrado de condução, acabando por combinar-se harmoniosamente com a transmissão automática, mesmo que nalgumas situações mais exigentes seja preferível optar pelo seu comando manual em sequência para obviar algumas hesitações que acaba por revelar, mesmo com o modo Sport seleccionado.
Surpreendente foi, isso sim, o desempenho dinâmico do C3 Aircross, mormente em asfalto. Ao contrário do que faria prever o peso superior, o aumento da volumetria da carroçaria, a maior altura ao solo e o centro de gravidade mais elevado, o comportamento não se deteriora de forma significativa face ao do C3, garantindo uma eficácia em curva digna de registo, reacções sóbrias e previsíveis e um bom controlo dos movimentos da carroçarial, tudo conjugado com um apreciável nível de conforto. No fora de estrada, e fazendo bom uso do Grip Control, o C3 Aircross não se torna, naturalmente, num todo-o-terreno “puro e duro”, mas, com alguma perícia, e as necessárias cautelas, é relativamente fácil progredir por traçados mais inóspitos e exigentes e, assim, chegar a onde um utilitário dificilmente chegará, e muito menos sem danos.
Prestes a iniciar a sua carreira comercial no cada dia mais concorrido, e competitivo, segmento dos pequenos SUV, o C3 Aircross conta com um leque de trunfos deveras interessante. A gama articula-se entre três níveis de equipamento, com os preços a terem início nos €15 900 pedidos pelo 1.2 de 82 cv com nível de equipamento Live, e nos €18 550 exigidos pelo 1.2 de 110 cv com equipamento Feel, orçando o 1.2 de 130 cv em €21 400, também por apenas ser proposto com o mais requintado nível de equipamento Shine. A oferta Diesel está disponível desde €19 900 no caso da versão de 100 cv com equipamento Live, ou de €22 300 na variante de 120 cv com equipamento Feel.