Novo Ford Puma ST: 200 cv e espírito vincadamente desportivo
Já foi apresentado pela Ford o novo Puma ST, a versão mais extrema do seu SUV compacto. Modelo que se destaca, desde logo, por incluir várias estreias: primeira proposta da divisão europeia da marca da oval azul destinada a este segmento desenvolvida pela Ford Performance, a sua divisão desportiva; primeiro modelo da Ford Performance a propor o modo de condução Eco; e primeiro modelo do género a poder dispor de um diferencial autoblocante mecânico e da função launch control.
Visualmente, a par de uma cor exclusiva, protagonizada por um garrido tom de verde, o Puma ST dintingue-se pelo novo splitter integrado no pára-choques frontal, capaz de incrementar a downforce dianteira em praticamente 80%; pelo tejadilho, moldura da grelha, caixas dos espelhos e deflector traseiro em preto brilhante; e pelas jantes de 19” revestidas por pneus Michelin Pilot Sport 4S, desenvolvidos especificamente para este modelo.
No interior, o destaque vai para os bancos desportivos Recaro aquecidos, com logótipo ST nas costas; para o volante com secção inferior plana, manípulo de comando da caixa de velocidades e soleiras das portas Ford Performance; para as costuras contrastantes cinzentas; e para um equipamento de série que inclui elementos como o sistema de infoentretenimento Sync 3 com ecrã táctil de 8”, o pára-brisas aquecido, os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, ou sistema de carregamento por indução para smartphones ou a solução Ford Pass Connect, entre outros elementos. O espaço para passageiros e bagagens mantém-se inalterado face ao das restantes versões do Puma – continuando a estar instalada sob o piso da mala, com 456 litros de capacidade, a engenhosa caixa de arrumação Ford MegaBox com 80 litros.
Ainda assim, e como seria expectável, é a mecânica o que realmente faz a diferença no Puma ST. Sob o capot está o motor 1.5 EcoBoost de três cilindros em linha, com injecção directa, turbocompressor, distribuição variável e sistema de desativação cilindros, já conhecido do Fiesta ST (de onde também provém a caixa manual de seis velocidades). Aqui dotado de um colector de admissão e de um sistema de escape específicos, para uma resposta mais pronta e uma aceleração mais linear, e de apoios motor com restrição de rolamento, para minimizar os movimentos indesejados, especialmente em curva, oferece 200 cv de potência e um binário máximo de 320 Nm, disponível de forma constante entre as 2500-3500 rpm, permitindo ao modelo anunciar h 6,7 segundos nos 0-100 km/h, 220 km/h de velocidade máxima, um consumo combinado de 6,9 l/100 km e emissões de CO2 de 155 g/km.
Oferecendo os modos de condução Normal, Eco, Sport e Track, e três níveis de ajuste para o controlo electrónico de estabilidade (totalmente ligado, modo mais permissivo, e totalmente desligado), o Puma ST também foi alvo de particulares cuidados ao nível do châssis. Por exemplo, com uma relação de desmultiplicação de 11,4:1, a direcção é cerca de 25% mais rápida do que das versões convencionais do Puma, ao passo que os travões são 17% maiores, recorrendo a discos com 325 m de diâmetro na frente, e 271 mm atrás.
Já a suspensão dispõe de uma afinação específica, garantida por vários elementos exclusivos. Caso da barra de torção do eixo semi-rígido traseiro conta com uma resistência torsional de 2000 Nm/° (um aumento superior a 40% face ao Fiesta ST, e superior a 50% por comparação com o Puma “normal”), das barras estabilizadoras de maior diâmetro (a traseira, integrada na secção em “U” da barra de torção, com 28 mm, a dianteira com 24mm) ou dos casquilhos feitos sob medida, para manter o controlo sob cargas de suspensão mais elevadas. No que concerne aos elementos elásticos, as molas não uniformes, não intermutáveis e enroladas direccionalmente (aplicam forças vectoriais no eixo traseiro, e permitem que as forças geradas em curva se dirigam directamente à mola, para aumentar a rigidez lateral) operam em combinação com os amortecedores Hitachi de tubo duplo reactivos à frequência, dotados da rigidez necessária para melhorar o controlo do conjunto, e capazes de isolar as pequenas imperfeições da estrada a alta velocidade.
Por último, mas não menos importante, o opcional Pack Performance, composto pelo autoblocante mecânico de origem Quaife, que trabalha em conjunto com o sistema de vectorização de binário, e pelo launch control, a que está associado um ecrã dedicado no painel de instrumentos digital de 12,3”. Perante tudo isto, fica apenas por saber quando Ford pretende lançar o novo Puma ST no mercado, e porque preço…