Novo Mercedes GLB no final do ano e com versão de sete lugares
Como se esperava, GLB foi a designação escolhida pela Mercedes para identificar o mais recente membro da sua oferta de produtos. Disponível no mercado lá mais para o final do ano, trata-se de um inédito SUV compacto que acaba por confirmar a actual tendência do mercado, patente também no desempenho comercial da marca da estrela: hoje, os SUV representam já um terço das vendas de automóveis ligeiros de passageiros da Mercedes, e um quarto das suas vendas no segmento dos compactos.
Fabricado na China, o GLB é anunciado como um automóvel possuidor de uma elevada versatilidade, e de uma habitabilidade que lhe permite, igualmente, assumir-se como um espaçoso automóvel familiar. Tem por base a nova plataforma MFA II, destinada aos modelos compactos da casa de Estugarda, e é a sua oitava proposta neste domínio, juntando-se aos já conhecidos Classe A, Classe A Limousine, Classe A L Limousine (com distância entre eixos mais longas, e exclusivo do mercado chinês), Classe B, CLA Coupé e CLA Shooting Brake – aguardando-se, agora, a revelação da nova geração do GLA, também assente nesta plataforma MFA II.
A este propósito, curioso será, igualmente, verificar se o conceito estilístico introduzido pelo agora revelado GLB também será adoptado pelo futuro GLA. Com linhas expressivas, e mais próximas das de um todo-o-terreno convencional do que aquilo que alguns esperariam, confirmando a aposta da Mercedes em versões realmente aptas a pisar outros terrenos que não o asfalto, o novo GLB impõe-se pelas formas amplas e quase desprovidas de arestas, pelas curtas projecções dianteira e traseira, e pelos grupos ópticos, mais esguios atrás, e de formato mais quadrangular na frente, podendo aqui, em opção, ser por LED High-Performance, ou mesmo Multibeam LED.
Com 4634 mm de comprimento, 1834 mm de largura, 1658 mm de altura e 2829 mm de distância entre eixos, o GLB contará, de igual modo, com um espaçoso habitáculo, sendo mesmo o primeiro Mercedes compacto a ser proposto, em opção, com sete lugares. O fabricante germânico assegura que na terceira fila de bancos poderão viajar ocupantes com até 1,68 m de altura, que o espaço para pernas na segunda fila será dos mais generosos da classe, e que a altura à frente será a referência da classe.
Ao mesmo tempo, o banco da segunda fila oferece sempre rebatimento das costas na proporção 40/20/40 e regulação da inclinação das costas, dispondo ainda (de série na versão de sete lugares, e em opção na variante de cinco lugares), de regulação longitudinal do assento. Mercê deste atributo, a capacidade da mala pode crescer 179 litros na configuração de cinco lugares, passando de 560 para 739 litros, alcançando um máximo de 1755 litros com o banco da segunda fila totalmente rebatido. A respectiva volumetria com os sete lugares montados não foi ainda revelada, mas fica a nota de que a inclusão de fixações Isofix nos bancos da última fila, onde também existem espaços para arrumação objectos e tomadas USB, permite ao GLB montar até quatro cadeirinha de criança.
Como referido, a Mercedes aposta em versões do GLB aptas a enfrentar caminhos mais aventureiros, razão pela qual todas as opções de motor, à excepção da mais acessível, podem ser combinadas, de série ou em opção, com o sistema de tracção integral 4Matic, que adopta uma repartição do binário entre os eixos dianteiro e traseiro de 80/20 nos modos de condução Eco e Comfort, de 70/30 no modo Sport, e de 50/50 no modo de condução específico para o TT. Quem pretender ir ainda mais longe no fora de estrada tem à sua disposição o opcional pacote Offroad, que inclui o controlo electrónico de descidas DSR (mantém a velocidade do veículo entre os 2-18 km/h); um modo adicional de condução, também seleccionável através do comando do Dynamic Select, que ajusta a entrega de potência do motor e a regulação do ABS para terrenos mais acidentados; e, quando dotado o GLB dos faróis Multibeam LED, de uma iluminação especial para o todo-o-terreno, que ajuda a identificar possíveis obstáculos na zona logo defronte do veículo quando este se desloca a baixa velocidade.
Quanto à mecânica, sempre de quatro cilindros em linha, na base da oferta está o motor a gasolina M 282 de 1,33 litros da versão GLB 200: com 163 cv e 250 Nm, e combinado com a caixa pilotada 7G-DCT de dupla embraiagem e sete velocidades, apenas é proposto com tracção dianteira e anuncia 9,1 segundos nos 0-100 km/h e 207 km/h de velocidade máxima. A derivação mais potente é o GLB 250 4Matic, animado pelo motor M 360 a gasolina, um 2.0 com distribuição variável Camtronic, de 224 cv e 350 Nm, com caixa pilotada 8G-DCT de dupla embraiagem e oito relações, e tracção integral de série, capaz de cumprir os 0-100 km/h em 6,9 segundos, sendo a velocidade máxima de 236 km/h.
A gama Diesel tem como protagonista o motor OM 654, também com 2,0 litros de capacidade, e sempre combinado com a caixa 8G-DCT, que no GLB 200 d e no GLB 200 d 4Matic oferece 150 cv e 320 Nm, permitindo cumprir os 0-100 km/h em 9,0 segundos e alcançar uma velocidade máxima de 204 km/h à versão de tracção dianteira (9,3 segundos e 201 km/h na variante de tracção total). A mais dotada das opções a gasóleo é o GLB 220 d 4Matic de tracção integral, animado pela derivação de 190 cv e 400 Nm deste mesmo motor, e apto a cumprir os 0-100 km/h em 7,6 segundos, sendo a velocidade máxima de 217 km/h).