Novo Tesla Model S Plaid: 1020 cv; 322 km/h; €130 990
Está prevista para o primeiro trimestre de 2022 a chegada a Portugal das primeiras unidades do renovado Model S, incluindo a sua nova variante Model S Plaid, a mais potente e veloz da história do topo de gama da marca californiana. No caso em apreço, a performance é, sem dúvida, um dos principais cartões de visita do modelo: animado por três motores eléctricos, com rotores revestido a carbono, oferece tracção integral, vectorização de binário e uma potência combinada de 1020 cv, como tal prometendo alcançar uma velocidade máxima de 322 km/h (com jantes de 21” e pneus adequados, opção disponível a partir do próximo Outono, sendo de série propostas rodas de 19”) e cumprir os 0-100 km/h em não mais do que 2,1 segundos, apesar dos seus 2162 kg de peso. Já a bateria será suficiente para garantir uma autonomia de 628 km, podendo ser carregada a 250 kW nas estações de carregamento rápido da Tesla.
De sublinhar que a evolução registada pelo Model S Plaid face ao seu antecessor equipado com o modo Ludicrous, tanto em termos de autonomia como de prestações, terá sido, segundo Elon Musk, responsável máximo pela casa de Palo Alto, de molde a justificar a supressão do lançamento da inicialmente prevista variante Model S Plaid+, com uma inédita tecnologia de bateria e um acréscimo de 33% de autonomia. Proposto em Portugal por €130 990, o Model S Plaid custa mais quarenta mil euros do que o Model S Long Range, disponível por €90 990, dotado das mesmas evoluções em termos de estilo e interior, mas propulsionado por “somente” dois motores, para uma potência combinada de 670 cv, 250 km/h de velocidade máxima, 3,2 segundos nos 0-100 km/h e 652 km de autonomia – podendo, também aqui, a bateria ser recarregada a 250 kW.
Exceptuando a mecânica, as duas versões do actualizado Model S são, basicamente, idênticas. Exteriormente, as alterações efectuadas são de pormenor, o que não impede a Tesla de reclamar para o modelo o melhor desempenho aerodinâmico do mercado para um automóvel de produção em série, espelhado num Cx de apenas 0,208.
Muito mais significativas são as modificações operadas no habitáculo, que foi profusamente melhorado. Por exemplo, o banco traseiro foi redesenhado, garantindo mais espaço para pernas e em altura aos respectivos ocupantes, além de passar a contar com um apoio braços rebatível. A bagageira oferece 793 litros de capacidade, o ar condicionado de três zonas e os bancos dianteiros ventilados são de série, e o volante futurista, com secção inferior plana e desprovido de aro superior, é outro elemento a ter em conta.
O sistema de infoentretenimento é outra das principais novidades, até porque a Tesla garante que o seu desempenho está ao nível do de uma consola Playstation 5. Dispõe, entre outros predicados, de um ecrã central de 17” de alta resolução (2200×1300 pixéis); e de Bluetooth, carregamento por indução para smartphones (à frente e no apoio de braços traseiro) e tomadas USB-C para todos os passageiros. O sistema de som inclui 22 altifalantes, sistema de cancelamento de ruído activo e 960 Watt de potência.
Referência, ainda, para os sistemas avançados de auxílio à condução, tema sempre muito caro à Tesla. O revisto Model S recorre a uma dúzia de sensores ultrassónicos, a um radar dianteiro com um alcance de 160 m e a um conjunto de câmaras que garante uma visão panorâmica a 360°, o que lhe permite propor, por €3800, uma evolução do sistema Autopilot já apto a efectuar mudanças automáticas de faixa de rodagem, saída autónoma de parqueamento e manobras de estacionamento automáticas, tanto em paraelo como na perpendicular. O sistema de condução com ainda maior grau de autonomia estará disponível por €7500, e incluirá todas as funcionalidades das versões básicas e avançadas do Autopilot, nomeadamente a imobilização automática em semáforos e sinais de “stop”. Para data posterior está prometida a disponibilização de um sistema de condução autónoma tanto em estrada como em cidade.