Oficial: Porsche Taycan com versões Turbo e Turbo S. Desde €158 221
Já foi oficialmente revelado o Taycan, o primeiro Porsche 100% eléctrico e um dos modelos mais aguardados dos últimos tempos. A marca de Estugarda decidiu apresentar a sua novel criação em três locais distintos, representativos de outras tantas formas de energia sustentável, situados em três continentes, nos que considera serem os seus principais mercados: América do Norte (Cataratas do Niagara, na fronteira entre EUA e Canadá, em representação da energia hidroeléctrica); Europa (quinta solar de Neuhardenberg, nas imediações de Berlim, em representação da energia solar); e China (parque eólico de Pingtan Island, a cerca de 150 quilómetros de Fuzhou, na província de Fujian, em representação da a energia eólica).
Na fase de lançamento, o Taycan irá contar com duas versões, já disponíveis para encomenda em Portugal, às quais se juntarão, ainda este ano, variantes com níveis de potência mais contidos – e preços que se esperam a condizer –, seguindo-se, no final de 2020, o Taycan Cross Turismo. Para já, a gama é composta pelo Taycan Turbo e pelo Taycan turbo S, os dois mais potentes automóveis da actual gama da Porsche, ambos contando com um motor eléctrico por eixo (integrado com a transmissão e o inversor, num conjunto anunciado como o detentor da mais elevada densidade energética – kW por litro de arrumação – do mercado), tracção integral e tendo a velocidade máxima limitada a 260 km/h. A transmissão, patenteada pela Porsche e instalada no trem posterior, tem duas velocidades, com a primeira a garantir maior aceleração a partir de parado, ene a segunda velocidade, mais longa, a assegurar maior eficiência e reservas de potência – algo que também se aplica a velocidades maus elevadas.
Na prática, o Taycan Turbo S oferece 761 cv de potência em modo overboost e com Launch Control activado, prometendo cumprir os 0-100 km/h em meros 2,8 segundos e custando no mercado nacional €192 661. Já o Taycan Turbo disponibiliza 680 cv e anuncia 3,2 segundos nos 0-100 km/h, sendo o seu preço entre nós de €158 221.
Quanto à bateria com 93,4 kWh de capacidade, garante uma autonomia de 412 quilómetros ao Taycan Turbo S, e de 450 quilómetros ao Taycan Turbo, sendo este o primeiro eléctrico de produção em série do mercado a funcionar a 800 Volt, ao contrário dos habituais 400 Volt. Significa isto que, estando os mesmos disponíveis, será possível recarregar a bateria em postos de carregamento de alta potência de corrente contínua, e repor, em apenas cinco minutos, uma autonomia de até 100 quilómetros (de acordo com o ciclo WLTP), demorando o carregamento de 5% a 80% 22,5 minutos, para uma potência máxima de carregamento de 270 kW. Em corrente alternada doméstica, o Taycan está apto a receber carga até 11 kW.
No plano dinâmico, o cerne do Taycan é o sistema Porsche 4D Chassis Control, que analisa e sincroniza todos os sistemas do chassis em tempo real – caso da suspensão pneumática adaptativa com três câmaras e controlo eletrónico do amortecimento PASM (Porsche Active Suspension Management); do sistema PDCCSport (Porsche Dynamic Chassis Control Sport) de barras estabilizadoras activas electromecânica, que inclui o sistema de vectorização de binátio Porsche Torque Vectoring Plus (PTV Plus).
O controlo da tracção integral gere, ainda, o sistema único de regeneração da energia, capaz de recuperar até 265 kW, algo que pode incrementar substancialmente a autonomia, tendo em conta que os testes provaram que cerca de 90% da travagem no dia-a-dia é realizada apenas pelos motores elétricos, sem ativação dos travões hidráulicos. O condutor do Taycan terá, ainda, à sua disposição o selector de modos de condução, com as opções Range, Normal, Sport, Sport Plus e Individual, este último, naturalmente, personalizável.
Se o design exterior do Taycan falará por si, havendo, contudo, a salientar a eficácia aerodinâmica confirmada por um Cx de 0,22, o habitáculo é o primeiro de um Porsche em que não é possível encontrar pele natural, tendo a marca recorrido, alternativamente, a um material reciclado que visa sublinhar o conceito sustentável do novo desportivo elétrico. Fica, igualmente, marcado por uma nova arquitectura, em que predominam o painel de instrumentos “flutuante” e curvo como ponto mais elevado do tablier, o ecrã do sistema de infoentretenimento com 10,9” e o opcional ecrã para o passageiro. Referência, ainda, para a substancial redução do número de controlos físicos; para as reentrâncias na bateria no espaço traseiro para os pés; e para os dois compartimentos de bagagem, o dianteiro com 81 litros de capacidade, o traseiro com 366 litros.