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Opel Astra Sports Tourer 1.6 CDTI (136 cv) Cosmo

Artigo
Opel Astra Sports Tourer 1.6 CDTI (136 cv) Cosmo

Visão geral
Marca:

Opel

Modelo:

Astra Sports Tourer

Versão:

1.6 CDTI (136 cv) Cosmo

Ano lançamento:

2014

Segmento:

Familiares compactos

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.6 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

136/4000

Vel. máx. (km/h):

200

0-100 km/h (s):

10,3

CO2 (g/km):

104

PVP (€):

27 550/30 550

Gostámos

Comportamento dinâmico, Solidez geral, Performances

A rever

Consumo urbano, Conjunto caixa/embraiagem, Apatia do motor abaixo das 1500 rpm

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Qualidade geral
8.0
Interior
8.0
Segurança
7.0
Motor e prestações
8.0
Desempenho dinâmico
9.0
Consumos e emissões
6.0
Conforto
7.0
Equipamento
9.0
Garantias
6.0
Preço
8.0
Se tem pressa...

Foi preciso esperar quatro anos, mas o Astra tem, finalmente, um pequeno motor Diesel capaz de se bater com a concorrência, ainda que sejam precisos alguns acertos para que se possa tornar referencial em termos de refinamento e consumos. Vale-se das boas prestações, associadas a um excelente châssis.

7.6
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A actual geração do Astra tem, desde o seu lançamento, em 2010, uma grave lacuna, ao não apresentar, na sua gama, um motor Diesel de baixa cilindrada capaz de ombrear com a concorrência. O bloco 1.3 – que continua a fazer parte da tabela de preços – de origem Fiat tem muitas dificuldades para lidar com o elevado peso do Astra, e o 1.7 CDTI, ainda dos tempos da Isuzu, apresenta uma boa relação entre consumos e prestações, mas à custa de um desempenho pouco linear e muito ruidoso.

É nesse contexto que surge o novo motor 1.6 CDTI, totalmente em alumínio, com 16 válvulas, 136 cv, 320 Nm e um consumo médio anunciado de 3,9 l/100 km. No papel, as diferenças para o bloco 1.7 nem são muito evidentes, já que o único ganho marcante acontece na aceleração 0-100 km/h, passando de 11,4 segundos para 10,3.

Mas basta dar ordem de ignição ao novo bloco 1.6 CDTI para se perceber que as qualidades de um motor não se podem medir apenas pela ficha técnica. Não sendo referencial, está claramente mais silencioso e suave em relação ao 1.7 CDTI, que já apresentava níveis de ruído e vibração pouco aceitáveis para os dias de hoje. Outro dos pontos que se esperava ver melhorado era a apatia em baixos regimes, sendo que a nossa expectativa ficou parcialmente satisfeita. Melhorou, mas continua algo preguiçoso abaixo das 1500 rpm, principalmente quando comparado com outros motores concorrentes. Esta característica é ainda prejudicada por um comando do acelerador inerte.

É certo que melhora se pressionarmos o botão Sport do FlexRide, mas isso leva-o para o extremo oposto. Ou seja, fica demasiado sensível, tornando a condução em cidade um pouco brusca. Não é de estranhar, por isso, que tenhamos registado um consumo médio de 7,0 l/100 km em circuito urbano, um valor que se pode considerar elevado. Apesar de a progressão nos regimes baixos não estar isenta de críticas, a verdade é que o recurso à caixa manual de seis velocidades se tornou muito menos frequente.

Assim que pressionamos o botão Sport, a iluminação do painel de instrumentos adopta a cor vermelha

Assim que pressionamos o botão Sport, a iluminação do painel de instrumentos adopta a cor vermelha

Por falar na caixa de velocidades, a Opel afirma que foi totalmente revista e isso nota-se. Mas, mais uma vez, sentimos um sabor agridoce. Há uma evolução, mas é caso para aplicar a célebre frase de um conhecido anúncio televisivo dedicado à alimentação infantil:”falta-lhe um bocadinho assim”. O comportamento do conjunto caixa/embraigem continua a não ter o rigor e a suavidade que se exige, obrigando a movimentos muito precisos por parte do condutor, para não parecer um recém-encartado.

Por outro lado, não há nada a criticar sobre a conjugação das longas relações de caixa com as potencialidades do motor 1.6 Diesel, que são totalmente aproveitadas a velocidades mais elevadas. Se circular dentro dos limites legais para as auto-estradas, o Astra Sports Tourer 1.6 CDTI segue tranquilamente, com baixos níveis de ruído, também fruto da boa insonorização, e consumos médios a rondar os 5,0 l/100 km. É nestas condições que o novo motor se sente em casa, um pouco à imagem do que já acontecia com o seu antecessor.

Aqueles condutores que gostam de praticar velocidades acima dos limites legais não ficarão defraudados, pois não é complicado manter o velocímetro a assinalar velocidades horárias acima das duas centenas, algo que não está ao alcance da maioria dos concorrentes. Claro que, assim, os consumos aumentam de forma evidente, mas nunca chegam a marcar dois dígitos. A excelente afinação do châssis do Astra também acaba por impelir o condutor a praticar uma condução pouco consentânea com o espírito familiar de uma carrinha. Independentemente da posição em que esteja definida a opcional suspensão pilotada FlexRide, os movimentos da carroçaria são sempre muito bem controlados, o que permite velocidades elevadas de passagem em curva, tudo conjugado com uma agilidade pouco comum no segmento. É uma pena que o châssis não seja correspondido, como já referido, pela caixa de velocidades e pelos pedais, pouco precisos.

Incluído no pacote Cosmo Plus, o sistema de navegação acaba por justificar o preço deste conjunto de equipamento. Fácil e eficaz na utilização

Incluído no pacote Cosmo Plus, o sistema de navegação acaba por justificar o preço deste conjunto de equipamento. Fácil e eficaz na utilização

O programa FlexRide, que incide sobre suspensão, acelerador e direção, tem um papel importante neste resultado obtido no comportamento dinâmico, ao tornar o acelerador mais imediato e a eliminar, quase por completo, o rolamento da carroçaria, se estiver definido o modo Sport. No entanto, arriscamos dizer que a escolha mais natural será o modo Tour, já que a suspensão, quando em Sport, fica demasiado rija para uma utilização normal, tal como acontece com o peso da direcção, que dificulta toda e qualquer manobra.

Mesmo no modo mais suave, o Astra nunca chega a ser um primor de conforto, sendo sempre algo firme, a que não é alheio o facto de a unidade ensaiada contar com as opcionais jantes de 18″. Deixe-se ficar com as jantes de série, com menos uma polegada, poupe 600 euros e ainda fique a ganhar nos consumos e prestações. Também pode aplicar esse valor nos 1500 euros do pacote Cosmo Plus, que inclui os sensores de estacionamento traseiros e dianteiros, os excelentes faróis bi-xénon AFL+ e o novo sistema multimédia IntelliLink, com sistema de navegação, entrada USB, ligação Bluetooth para o sistema mãos-livres e streaming audio. O ecrã de sete polegadas tem uma boa definição e todo o interface é fácil e rápido de perceber, mesmo que não tenha ainda aderido à moda dos ecrãs tácteis. A ergonomia só não é melhor porque o Astra continua a ter uma consola central bastante confusa, com botões para tudo e mais alguma coisa, sendo que a sua disposição nem sempre é lógica e intuitiva. Este factor acaba por manchar a avaliação do habitáculo, bem conseguido no capítulo estético e com uma excelente montagem, ainda que os materiais da metade inferior sejam de qualidade perfectível.

A posição de condução é muito boa e, acima de tudo, tem uma enorme amplitude de regulações, o que lhe permite adaptar-se a qualquer estatura. Ainda lá dentro, podemos encontrar espaço suficiente para quatro ocupantes viajarem confortavelmente, pois um eventual quinto passageiro terá de sofrer as agruras do lugar central traseiro, duro estreito e alto. A bagageira oferece 500 litros de capacidade, um valor bem abaixo de alguns dos seus concorrentes directos, e não dispõe de grandes soluções de versatilidade. Nota positiva para a chapeleira, que, com um só toque, sobe para junto do tecto.

Dinamicamente, o Astra é um dos poucos familiares capaz de proporcionar bons momentos de condução

Dinamicamente, o Astra é um dos poucos familiares capaz de proporcionar bons momentos de condução

Até Junho, a motorização 1.6 CDTI 136 cv tem, em toda a gama Astra, um desconto de 1000 euros, que corresponde ao valor final da futura versão do mesmo motor, mas com 110 cv. Significa isto que pode comprar uma Opel Astra Sports Tourer 1.6 CDTI 136 cv Cosmo 27 550 euros. Se desejar uma igual à das fotos terá de adicionar o Pacote Cosmo Plus (1500€), a suspensão FlexRide (850€) e as jantes de 18 polegadas (600€), para um total de 30 550 euros. Um valor perfeitamente justo face ao nível de equipamento, que inclui tudo o que se pode esperar de um automóvel deste segmento, e enquadrado com a concorrência.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Travão eléctrico de estacionamento
Luzes diurnas em LED
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Bancos dianteiros com regulação em altura/apoio lombar
Gavetas sob o banco do passageiro dianteiro
Banco rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Vidros traseiros escurecidos
Direcção com assistência electrohidráulica variável
Rádio CD 600 IntelliLink+ecrã de 7″+7 altifalantes+entradas USB/Aux+Bluetooth
Comandos do rádio no volante
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Retrovisor interior electrocromático
Cruise-control+limitador de velocidade
Faróis de nevoeiro
Jantes de liga leve de 17″
Encostos de cabeça activos
Kit anti-furo
Caixa de primeiros socorros
Sensor de luz/chuva
Travão de estacionamento eléctrico

Pack Cosmo Plus – Rádio CD950 IntelliLink com navegação, sistema de faróis AFL+, espelhos retrovisores elétricos rebatíveis e sensores de estacionamento à frente e atrás (€1500)
Suspensão FlexRide com controlo electrónico (€850)
Jantes de 18″ (€600)
Roda sobressalente de dimensão normal (€45)

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Sobre o autor
zyrgon