Opel Insignia 2.0 CDTI (140 cv) Cosmo
Opel
Insignia
2.0 CDTI (140 cv) Cosmo
2013
Familiares médios
4
Dianteira
2.0 Diesel
140/4000
205
10,5
98
35 500/36 620
Binómio eficácia/conforto, Consumos, Interior versátil, Simplicidade do sistema Intellilink, Qualidade geral
Recuperações, Caixa longa, Peso elevado
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 205 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 10,6 |
0-400 m | 17,4 |
0-1000 m | 31,8 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 3ª | 5,8 |
Em 4ª | 7,9 |
Em 5ª | 15,3 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 4ª | 7,9 |
Em 5ª | 11,3 |
Em 6ª | 17,3 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 34,4 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 4,6 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 5,9 |
Cidade | 7,7 |
Média ponderada (*) | 6,72 |
Autonomia média ponderada (km) | 1042 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1460 |
Largura atrás | 1420 |
Comprimento à frente | 1130 |
Comprimento atrás | 780 |
Altura à frente | 990 |
Altura atrás | 900 |
Lançado em 2009, o Insignia tem proporcionado à Opel bons resultados no segmento em que se insere, pelo que era altura do construtor operar algumas melhorias no seu modelo de topo. No exterior, e sem perverter o estilo original, os designers da marca germânica levaram a cabo alguns retoques que permitiram actualizar uma estética distinta e com alguma agressividade. Ainda assim, pessoalmente, a versão carrinha do familiar médio teutónico continua a parecer mais apelativa do que a sua variante de três volumes e quatro portas aqui analisada.
No interior continuamos a encontrar uma eleva qualidade geral, garantida por materiais globalmente de bom nível, e acabamentos a condizer, assim como aquele ambiente sóbrio tipicamente Opel, e tipicamente alemão, se bem que muito menos “pesado” do que no modelo original. Grande parte da responsabilidade por este feito deve-se a uma das principais novidades introduzidas pelo renovado Insignia, o sistema de infoentretenimento Intellilink, que praticamente revolucionou o aspecto da consola central, suprimindo quase na totalidade os botões anteriormente existentes parfa controlar o sistema de bordo, o ar condicionado ou o sistema de som, entre outros.
A unidade ensaiada contava ainda com o touchpad para controlo do Intellilink (opcional com o rádio incluído de série nesta versão), que em muito facilita a operação de todo o sistema – pena que este não contasse com todas as funcionalidades de que pode dispor, nomeadamente a navegação. Ainda assim, há alguns aspectos a melhorar nesta solução, que nem sempre é a mais intuitiva, acabando o utilizador por ansiar por alguns botões, ou atalhos no ecrã, que dessem acesso a determinadas funções. Também em termos de design dos menus há pormenores a rever, como as cores para destacar algumas funções, como a que garante o desligar do telefone… Em compensação, os comandos por voz são soberbos, até pela eficácia de reconhecimento dos comando instruídos.
Há, pois, que reconhecer que, não sendo perfeito, o Intellilink é suficientemente fácil de utilizar e permitiu que todo o painel frontal do novo Insignia se tornasse muito mais “limpo” e fluído, a que se junta o painel de instrumentos “mistos” bastante apelativo e com excelente legibilidade – dispõe de um velocímetro central de “agulha”, dois menus auxiliares digitais de cada um dos seus lados, e, no exterior destes, mais três mostradores convencionais (conta-rotações à esquerda; temperatura do líquido de refrigeração e nível de combustível à direita). Este painel de instrumentos conta com vários temas de apresentação selecionáveis pelo condutor, sendo o Sporto o visualmente mais apelativo.
Onde não há alterações a registar é no espaço oferecido pelo Insignia, que continua a ser bastante generoso tanto para os passageiros como para as bagagens. E mesmo que nenhum destes seja a referência da classe, ambos estão entre os melhores que na mesma se podem encontrar, aos mesmos se juntando a versatilidade garantida pelos muitos espaços de arrumação espalhados pelo habitáculo. O posto de condução, por seu turno, continua a ser correcto, mesmo que os bancos pudessem oferecer maior apoio lateral.
A Opel aproveitou este restyling também para introduzir no Insignia novas soluções mecânicas. A mais relevante para Portugal será, seguramente, a disponibilização de uma versão equipada com o motor 2.0 CDTI com 140 cv, que anuncia um consumo médio de 3,7 l/100 km, correspondente a emissões de CO2 de somente 98 g/km. Estando, naturalmente, longe de ser um sprinter, o Insignia 2.0 CDTI de 140 cv até acaba por surpreender nalguns aspectos, provando a validade da aposta da Opel tendo em conta o cliente que pretende atingir.
Isto porque, não obstante o significativo peso do modelo (1613 kg, traduzido numa relação peso potência de 11,5 kg/cv), o Insignia 2.0 CDTI consegue combinar ritmos interessantes em estrada aberta com consumos extremamente reduzidos, atingindo um dos seus principais objectivos. É um facto que as prestações são modestas, mas tal fica mais a dever-se mais a uma caixa bastante longa, sobretudo nas suas três últimas relações, e em particular na sexta, do que ao próprio motor, que até oferece um bom binário a um regime interessante. Já quando é necessário enfrentar percursos com maiores alterações de velocidade (por via seja do relevo, seja das condições de trânsito), as prestações medíocres levam a que o recurso permanente à caixa seja uma certeza – menos mal que esta conta com um comando suave e preciso.
Em face desta premissa, é óbvio que este não é o Insignia que melhor se adeque aos adeptos de uma condução mais empenhada. Ainda assim, vale a pena salientar que nem por isso o comportamento desilude, com o Insignia 2.0 CDTI a revelar-se um automóvel seguro, fácil de conduzir e com reacções bastante honestas e previsíveis, com alguma tendência natural para a subviragem nos limites, devido ao peso significativo que incide sobre o eixo dianteiro, o que acaba por lhe retirar alguma agilidade (ainda assim, os mais exigentes não deixarão de apreciar o facto de o controlo de estabilidade poder ser desligado por completo).
Sem dúvida mais importante é o elevado nível de conforto que o Insignia 2.0 CDTI oferece aos seus passageiros em qualquer circunstância, e mais ainda com a opcional suspensão de controlo electrónico FlexRide (instalda na unidade ensaida), que garantir sempre uma correcta absorção das irregularidades, traduzida num pisar sólido e consistente. O sistema permite ao condutor optar por três modos de funcionamento distintos, sendo o Normal o eleito sempre que se põe o motor em marcha, estando ainda disponíveis o mais suave Tour e ainda o Sport, capaz de oferecer um controlo mais efectivo dos movimentos da carroçaria.
Outro dos argumentos do Insignia 2.0 CDTI será o seu posicionamento comercial, já que a versão Selection mais acessível está disponível por €31 550, orçando a mais dotada Cosmo aqui em avaliação em €35 500. Um valor no qual se inclui uma razoável dotação de equipamento de série, embora seja altamente recomendável a adição de, pelo menos, dois opcionais: a suspensão FlexRide (€1000) e a versão mais evoluída do sistema de infoentretenimento Intellilink (€800). Assim configurado, o Insignia 2.0 CDTI acaba por ser uma proposta bastante interessante para o seu segmento no nosso país, combinando uma pose distinta, uma elevada qualidade geral, um desempenho dinâmico correcto e óptimos consumos, que mesmo com todos os abusos possíveis de imaginar dificilmente alcançam os 10,0 l/100 km, mas rondarão metade deste valor quando conduzido o veículo da forma que foi idealizado e por aqueles a quem se destina.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha Diesel, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1956 |
Diâmetro x curso (mm) | 83,0×90,4 |
Taxa de compressão | 16,5:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 140/4000 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 350 (370 em Overbost)/1750-2500 |
Alimentação | injecção directa common-rail |
Sobrealimentação | turbocompressor+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4842/1858/1498 |
Distância entre eixos (mm) | 2737 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1587/1590 |
Jantes – pneus | 8 1/2Jx18″ – 245/45 (Bridgestone Potenza RE050) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1613 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 11,5 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 500-1015/70 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira |
Caixa de velocidades | manual de 6+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica |
Diâmetro de viragem (m) | 10,9 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (n.d.) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (n.d.) |
Suspensões | |
Dianteira | McPherson com triângulos transversais |
Traseira | Multilink |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 2 anos sem limite de km |
Garantia de pintura | 2 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km ou 12 meses |
Garantia geral | 2 anos sem limite de km |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Châssis rebaixado
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Bancos condutor com regulação eléctrica altura+apoio lombar
Bancos desportivos/parcialmente em couro
Banco rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Rádio com cartão SD+ecrã táctil de 8″+7 altifalantes+entrada USB
Mãos-livres Bluetooth
Vidros eléctricos FR/TR
Vidros traseiros escurecidos
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+electrocromático lado do condutor
Retrovisor interior electrocromático
Cruise-control
Faróis bi-Xénon adaptativos
Faróis de nevoeiro
Jantes de liga leve de 18″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit anti-furo
Sensores de estacionamento FR+TR
Sensor de luz/chuva
Travão de estacionamento eléctrico
Comando multifunções Touchpad na consola central (€120)
Suspensão de controlo electrónico FelxRide (€1000)