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Jovens e sinistralidade: melhor que a média europeia… mas há que progredir!

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Jovens e sinistralidade: melhor que a média europeia… mas há que progredir!

A propósito do projecto YEARS (Young Europeans Acting for Road Safety), iniciativa a três anos co-financiada pela Comissão Europeia e gerida pelo ETSC e pelo Conselho Consultivo Parlamentar sobre Segurança dos Transportes do Reino Unido (PACTS), destinada a melhor compreender os jovens condutores enquanto grupo de utentes da estrada particularmente em risco, a PRP revelou alguns dados que ilustram a relação entre os mais jovens e a sinistralidade rodoviária, na Europa e em Portugal. Em destaque, a sua sobre-representação na participação em acidentes rodoviários, tanto como condutores como peões.

Segundos os números relativos à sinistralidade rodoviária em Portugal Continental, entre 2010 e 2016, o grupo etário 15-19 anos é o que apresenta maior risco de atropelamento: 780 feridos leves/milhão de habitantes, mito superior à taxa considerada para toda a população (500 feridos leves/milhão de habitante). Porém, não obstante o risco de atropelamento mais elevados, a taxa de mortalidade nesta faixa etária é mais baixas, o que se explica pela sua maior resistência física aos ferimentos.

Já a sinistralidade dos condutores intervenientes em acidentes por número de condutores com carta de condução demonstra que os condutores com idade até 24 anos apresentam uma taxa de envolvimento em acidentes rodoviários muito mais elevada do que os mais velhos: por cada 100 mil condutores com carta de condução, 14,6 envolveram-se em acidentes de viação – contra 7,9 no total da população. Contudo, este é um problema que está longe de ser um exclusivo nacional, e Portugal até apresenta dados menos desfavoráveis do que a média dos países da UE28, por oposição aos dados globais, em que os índices de sinistralidade em Portugal são piores do que o conjunto dos países da UE28. Assim, entre 2010 e 2015, as taxas de mortalidade decorrentes de acidentes de viação (mortos/milhão de habitantes) nos mais novos foram mais baixas em Portugal (27,5 na faixa 15-17 anos, e 88,0 no grupo 18-24 anos) do que na média da UE28 (45,0 e 99,8, respectivamente).

A ter em conta, os elementos do European Survey of Road users’ safety Attitudes (ESRA), que revelam que os jovens consideram mais aceitáveis e menos arriscados comportamentos de risco na estrada (condução sob o efeito de álcool, em excesso de velocidade, a utilizar o telemóvel), por isso nos mesmos incorrendo com maior frequência. Algo que urge corrigir, até porque estudos observacionais realizados pela PRP, em Portugal, confirmam o maior envolvimento em comportamentos de risco por parte dos jovens, tanto como peões como condutores : 28% dos peões com idade até 30 anos utilizavam o telemóvel ou auriculares enquanto passavam a estrada (bem acima do valor de 16% registado nos peões de 30-60 anos, e de 3% nos com mais de 60 anos) ; 21% dos condutores com menos de 30 anos, 15% nos de 30-60 anos e 6% nos com mais de 60 anos utilizavam o telemóvel com mais frequência, sobretudo quanto se encontravam parados no trânsito antes de semáforos.

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zyrgon