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Peugeot 208 1.2 PureTech 100 Auto GT Line

Artigo
Peugeot 208 1.2 PureTech 100 Auto GT Line

Visão geral
Marca:

Peugeot

Modelo:

208

Versão:

1.2 PureTech 100 Auto GT Line

Ano lançamento:

2019

Segmento:

Utilitários

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.2

Pot. máx. (cv/rpm):

100/5500

Vel. máx. (km/h):

188

0-100 km/h (s):

11,9

Consumos (l/100 km):

5,8 (Combinado WLTP)

CO2 (g/km):

131 (Combinado WLTP)

PVP (€):

24 370/26 220 (Unidade testada)

Gostámos

Linhas originais, dinâmicas e apelativas, Motor competente e económico, Comportamento e prazer de condução, Equipamento, Decoração interior

A rever

Habitabiidade e acesso aos lugares traseiros, Legibilidade do painel de instrumentos

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Qualidade geral
7.0
Interior
6.0
Segurança
7.0
Motor e prestações
8.0
Desempenho dinâmico
9.0
Consumos e emissões
8.0
Conforto
7.0
Equipamento
7.0
Garantias
6.0
Preço
8.0
Se tem pressa...

O novo Peugeot 208 1.2 PureTech 100 Auto GT Line é apenas uma das versões que comprova todo o cuidado posto pela marca do leão no desenvolvimento da mais recente geração do seu utilitário. Um modelo indelevelmente marcado pela emoção, seja pelo estilo exterior e interior, como por um desempenho dinâmico de referência. E que, nesta variante, ainda adiciona um completo equipamento de série e uma apreciável economia de utilização, embora tudo isto sejam argumentos pelos quais é necessário pagar…

7.3
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O teste ao novo Peugeot 208 1.2 PureTech 100 Auto GT Line prova que a marca do leão não facilitou quando do desenvolvimento da mais recente geração do seu utilitário, por forma a guindar-se ao topo de um dos segmentos mais importantes do mercado europeu. Um automóvel que aposta (muito) forte na emoção para conquistar adeptos, mas sem descurar outras áreas não menos relevantes, e aqui é avaliado na sua variante a gasolina porventura mais equilibrada para o mercado português, dotada do nível de equipamento mais apetecido entre nós, assim como da evoluída caixa automática de oito velocidades, atributo importante para quem passe em meio urbano boa parte do tempo em que se encontre ao volante.

Prova inequívoca do caminho seguido pela casa de Sochaux quando da criação do novel 208, a sua aparência exterior: se a estética continua a ser o principal factor de decisão nesta classe, então, este será, sem dúvida, uma das propostas presentes na mesma melhor apetrechadas para alcançar os seus objectivos. Primando pela agressividade e ousadia, as vanguardistas e agressivas formas da carroçaria só podiam ser Peugeot, mas sem que o 208 se assemelhe, excessivamente, a qualquer outro modelo da marca, cativando ainda por um apreciável dinamismo estilístico, atributo reforçado nas versões dotadoas do nível de equipamento GT Line, como é o caso.

Com uma imagem única a este nível, este é um automóvel a poucos serão capazes de ficar indiferente, e que a maioria parece apreciar. O emblema GT Line colocado no pilar traseiro; as três “garras” que definem a assinatura visual dos grupos ópticos dianteiros e traseiros; a dupla ponteira escape; as bonitas jantes em liga de 17”; e as abas dos guarda-lamas em preto brilhante, tal como as caixas dos retrovisores, as molduras das janelas, o deflector montado topo portão traseiro e a faixa que une farolins posteriores, são os principais elementos que asseguram a diferenciação estética deste nível de equipamento de topo.

Não é fácil ficar indiferente ao apelo visual do novo 208, e mais ainda na versão GT Line, que sublinha uma imagem moderna, original, arrojada e desportiva

Não é fácil ficar indiferente ao apelo visual do novo 208, e mais ainda na versão GT Line, que sublinha uma imagem moderna, original, arrojada e desportiva

Em plena consonância com o exterior está o habitáculo, pelo menos ao nível do estilo. A desportividade volta a imperar, e mais ainda nas versões GT Line, aqui se destacando os bancos com costuras contrastantes verdes; o volante em pele de diminutas dimensões e base e topo planos, com emblema GT Line e as mesmas costuras verdes; a pedaleira em alumínio; o revestimento da secção central do tablier e dos painéis portas a imitar carbono (o que, para mais, ajuda a disfarçar a presença de alguns plásticos menos nobres); a consola central em preto piano; e o punho de comando da caixa de velocidades de inspiração aeronáutica, esse já conhecido de outros modelos da marca.

Nota específica tanto para o sistema infoentretenimento, com ecrã de 7” (em opção de 10”, como na unidade testada) e dotado de botões de atalho tipo teclas piano sensíveis ao toque, como para o evoluído painel de instrumentos totalmente digital e configurável, com múltiplos ecrãs e mostradores, alguns projectados em profundidade, para efeito tridimensional. Só é pena que, apesar da posição de condução baixa, em boa parte garantida pelas amplas regulações quer dos bancos confortáveis, mas envolventes e com bom apoio, quer da coluna de direcção, a posição relativa entre banco, volante  e painel de instrumentos teime em não permitir a melhor visibilidade desse último aos condutores de estatura inferior à média, sendo necessário, ou elevar artificialmente assento, ou levar volante “ao colo”, para ter uma leitura minimamente aceitável do mesmo, assim se comprometendo, negativamente, o bom trabalho levado a cabo na definição de uma correcta postura ao volante.

Este ambiente moderno e desportivo também não consegue obviar outro handicap do novo 208: o espaço disponibilizado aos passageiros e respectivas bagagens. Se a habitabilidade dianteira tem de considerar-se correcta, mesmo sem deslumbrar, já atrás não é mais do que aceitável, e para não mais do que dois adultos, com o espaço para pernas a só conseguir ser razoável devido à postura demasiado vertical que o formato do banco traseiro, recuado face às portas, e com as costas demasiado direitas, obriga a quem no mesmo se sente adopte – e que explica, igualmente, porque o acesso a estes lugares também não é o mais fácil. Do mesmo modo, a capacidade da mala alinha por baixo com a média do segmento, e o acesso à mesma também não mais do que aceitável, mais uma consequência do recurso à nova geração da plataforma CMP, já pensada para albergar motorizações eléctricas… e respectiva bateria!

O ambiente interior está em perfeita consonância com a estética exterior, embora continue a não ser fácil visualizar o painel de instrumentos, e o espaço disponibilizado aos passageiros traseiros e bagagens seja limitado

O ambiente interior está em perfeita consonância com a estética exterior, embora continue a não ser fácil visualizar o painel de instrumentos, e o espaço disponibilizado aos passageiros traseiros e bagagens seja limitado

Mas estes serão óbices cuja importância variará na razão directa da frequência com que se pretenda transportar maior quantidade de passageiros e carga, e que não beliscam minimamente um dos principais trunfos do novo 208 1.2 PureTech 100 Auto GT Line: o seu exemplar desempenho dinâmico. Neste capítulo continua a brilhar, desde logo, o pequeno três cilindros de 1199 cc, 100 cv e 205 Nm de binário máximo, cuja presença mal se faz sentir, mesmo a regimes mais elevados e em situações de maior esforço, seja pelo seu funcionamento suave e silencioso, seja pelo bom trabalho levado a cabo no isolamento do habitáculo. A excepção a esta regra ocorre quando é seleccionado o modo de condução Sport, que se traduz numa resposta mais imediata e assertiva da unidade motriz, é um facto, mas que a Peugeot insiste em fazer acompanhar daquela sonoridade demasiado artificial e intrusiva emitida pelo emulador de som, funcionalidade que, infelizmente, continua a não ser possível ao condutor decidir quando a quer, ou não, manter activa…

Essa mesma filtragem eficiente de ruídos e vibrações pode, por outro lado, transmitir aos menos avisados uma falsa sensação de “anemia” do propulsor, em especial quando se adoptam em ritmos mais intensos, algo que o cronómetro desmente. Porque não se sente nem se ouve de forma notória o motor, por vezes, até pode parecer que as acelerações e a velocidade a que se circula são mais lentas do que na realidade, e um mais prolongado tempo de convívio com o modelo rapidamente comprova que assim é.

É óbvio que, ainda assim, o 1.2 turbo não faz deste 208, propriamente, um sprinter, mas tem capacidades suficientes para, por um lado, garantir uma condução muito fácil e agradável, porque sempre despachada, em cidade (meio em que a rápida e suave caixa automática de  oito velocidades presta um importante contributo para incrementar o conforto de utilização); e, por outro, satisfazer minimamente o que se pode esperar de um modelo que ostenta a sigla GT Line. Subindo rapidamente de rotação, exibindo uma resposta pronta num amplo leque de regimes, e garantindo das melhores prestações para esta categoria (ainda que a caixa automática signifique gastar mais 1,0 segundo nos 0-100 km/h, segundo os dados anunciados pela Peugeot), é solícito o quanto baste para proporcionar bons momentos ao volante aos adeptos de uma condução mais empenhada.

A par de prestações interessantes, o motor 1.2 turbo de três ciindros e 100 cv é capaz de registar consumos bastante contidos, mesmo quando combinado com a caixa automática de oito velocidades

A par de prestações interessantes, o motor 1.2 turbo de três ciindros e 100 cv é capaz de registar consumos bastante contidos, mesmo quando combinado com a caixa automática de oito velocidades

Poucas críticas merecerá a mecânica no que aos consumos diz respeito. Bastante contidos a velocidades legais e estabilizadas, especialmente se sleccionado o modo de condução Eco, também em cidade se registam valores para um automóvel com estas características e equipado com caixa automática. Numa utilização regular, e média facilmente se situa em torno dos 7,0 l/100 km, ou liminarmente abaixo deste valor, devendo contar-se, numa toada mais intensa, com registos próximos dos 8,0 l/100 km, ou na cada dos 10,0 l/100 km quando se adopta uma condução realmente empenhada.

Quem ocupar o lugar mais apetecido a bordo do 208 1.2 PureTech 100 Auto GT Line tem ao seu dispor três modos de condução – Eco, Normal e Sport –, sendo mais notória a diferença entre o primeiro e os dois restantes, do que propriamente entre estes, e fazendo sentir-se, essencialmente, pela resposta nitidamente menos célere e intensa do motor, e por um desempenho da caixa também mais orientada para a eficiência de combustível. Mesmo numa toada mais intensa, a melhor combinação será a que conjuga o modo Normal do motor com o manual da caixa de velocidades, para antecipar as reduções através das patilhas no volante, já que o sistema seleciona sempre a mudança seguinte quando se atinge a red line.

Se a nova plataforma CMP, estreada no DS 3 Crossback, não permite oferecer a mais generosa das habitabilidades, tem, em contrapartida, a seu favor a vantagem de ser um dos principais garantes de um desempenho dinâmico de referência, capaz de fazer jus à tradição da escola francesa, e a própria Peugeot, nesta matéria. Desde logo porque, até nas versões GT Line, dotadas de uma afinação de châssis mais firme, um agrado e uma facilidade de condução de nível superior aliam-se a um conforto que está ao nível dos melhores do segmento: se o 208 1.2 PureTech 100 Auto GT Line não é, nem o pretende, um tapete voador, e as irregularidades mais acentuadas acabam por ser sentidas por quem segue a bordo, também nunca são demasiado incómodas, dando mostras de uma correcta afinação da suspensão para cumprir com vários tipos de utilização.

Sem dúvida o modelo mais desportivo da sua classe, conduzir o novo 208 tende a ser um verdadeiro prazer

Sem dúvida o modelo mais desportivo da sua classe, conduzir o novo 208 tende a ser um verdadeiro prazer

Mas é quando sujeito a uma condução mais exigente, e tanto mais quanto mais sinuoso for o traçado, que o 208 1.2 PureTech 100 Auto GT Line revela o melhor de si neste particular. A direcção, bem assistida, comunicativa e muito directa, permite inserir com invejável precisão a frente rápida e precisa onde e quando se pretende, com o correcto controlo dos movimentos da carroçaria a contribuir decisivamente para uma atitude sempre equilibrada honesta e previsível.

Muito ágil, reactivo e obediente, o novo 208 é, sem sombra de dúvida, um dos modelos mais desportivos do momento na sua classe, obedecendo de forma rigorosa e imediata às instruções de quem o conduz, com a unidade em apreço a beneficiar, ainda, de uns óptimos pneus Michelin Pilot Sport 4. Ao mesmo tempo, o controlo electrónico de estabilidade está soberbamente calibrado: só intervém quando realmente necessário; e, quando intervém, mal se dá pela sua actuação, seja na travagem individual rodas, ou na gestão do binário transmitido às mesmas através da modulação da aceleração.

Ainda assim, é pena que não seja possível desligar o ESP, nem mesmo o controlo de tracção (tal só é possível abaixo dos 50 km/h, para facilitar os arranques sobre superfícies com aderência muito reduzida), para ganhar aquele extra de agilidade que seria garantido por uma traseira viva, que sente podia ganhar facilmente outro protagonismo. Deste modo, para tirar o melhor proveito do 208 1.2 PureTech 100 Auto GT Line nestas circunstâncias, o ideal é não cometer exageros: não abusar na reaceleração à saída das curvas, que os 100 cv não permitem recuperar o tempo que se perca inutilmente com rodas a patinar ou correcções impostas por uma excessiva subviragem, e adoptar trajectórias o mais “limpas” possível é o que se recomenda!

No final, fica a noção clara de que a Peugeot se preparou mais do que condignamente para prosseguir a sua história de sucessos no segmento dos utilitários, com uma proposta que não raro se tornará, para muitos, apaixonante. Além de uma estética aprimorada, e um interior a condizer, o 208 1.2 PureTech 100 Auto GT Line convence pela economia de utilização, pelas boas prestações e por uma condução extremamente envolvente. A emoção está em alta, o equipamento de série desta versão é muito completo, mas também há alguns pontos menos positivos a reter, incluindo um preço que posiciona, também ele, no topo da categoria.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Sistema de travagem automática de emergência com alerta de colisão  frontal
Sistema de leitura de sinais de trânsito
Assistente à manutenção na faixa de rodagem
Alerta de atenção do condutor
Assistente aos arranques em plano inclinado
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Fixações Isofix
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Painel de instrumentos digital 3D
Cruise-control+limitador de velocidade
Bancos parcialmente em pele
Banco dianteiros  reguláveis em altura
Banco traseiro rebatível 60/40
Pedaleira em alumínio
Volante desportivo em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Vidros eléctricos dianteiros+traseiros
Rádio com leitor de mp3+ecrã táctil de 7″+tomadas 2+2xUSB/Aux+6 altifalantes+comandos por voz
Mãos-livres Bluetooth (telemóvel+áudio)
Acesso+arranque mãos-livres
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Vidros traseiros escurecidos
Iluminação ambiente por LED configurável (8 cores)
Faróis por LED com assistente de máximos e função de curva
Sensores de luz+chuva
Sensores de estacionamento FR/TR+câmara de estacionamento traseira
Jantes de liga leve de 17”
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit de reparação de furos

Pintura envernizada (€610)
Tejadilho em preto (€300)
Sistema de navegação conectada+ecrã tácil de 10" (€640)
Acesso mãos-livres com função proximity (€300)

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zyrgon