Peugeot 308 renovado chega em Setembro desde €23 950
Depois de ter vendido mais de 760 mil desde o seu lançamento, em 2013, a Peugeot entendeu ser chegada a altura de actualizar o seu segundo modelo mais vendido a nível global, e também em Portugal. Ao invés de um restyling, a casa francesa prefere chamar a esta renovação do 308 uma “ofensiva tecnológica”, com o modelo a chegar ao mercado luso em Setembro, como habitualmente nas versões berlina e carrinha SW.
Não significa isto que a aparência exterior não tenha evoluído, pelo contrário, com as modificações estilísticas operadas a garantirem ao renovado 308 uma imagem mais moderna e actual. Face ao actual modelo, a diferença é ditada, na frente, pelo capot com formas mais horizontais, contrastantes com a grelha verticalizada (ondd se integram o lettering da marca e o famoso leão que lhe serve de emblema); pela nova assinatura luminosa assegurada pelas luzes diurnas por LED (comum a todas as versões, estejam equipadas com ópticas integralmente por LED ou com lâmpadas de halogéneo); e pelo novo pára-choques anterior também é novo, que conta com dois desenhos distintos: um para os níveis de equipamento Access, Active e Allure; o outro exclusivo dos níveis GT Line, GT e GTI (com três generosas tomadas de ar e faróis de nevoeiro integrados).
Atrás destacam-se os farolins redesenhados, com as luzes de presença sempre activas (de dia e de noite), escurecidos na carroçaria de dois volumes e meio. De perfil merecem referência as jantes de novo desenho e a portinhola de acesso ao depósito de combustível agora de formato quadrangular, essencial para garantir o acesso ao bocal de abastecimento do AdBlue (o conhecido líquido com base de ureia destinado a reduzir as emissões de óxidos de azoto dos motores a gasóleo).
Dominado pelo “inevitável” i-Cockpit (que continua a não convencer em termos da visibilidade da instrumentação oferecida a boa parte dos condutores), o habitáculo conta agora com melhores materiais, acabamentos e revestimentos, e o espaço destinado a passageiros e bagagens continua a ser dos mais generosos da classe. Só que, aqui, o que mais se destaca é mesmo o novo ecrã táctil capacitivo de 9,7” do sistema de infoentretenimento, ao estilo de o de um smartphone – fácil de utilizar, até pela sua rápida resposta, permite controlar as principais funções do veículo.
Incluindo o novo sistema de navegação conectada TomTom Traffic com grafismo 3D, capaz de, por exemplo, optimizar as viagens em função das informações de trânsito e meteorológicas recebidas através da Internet acerca do percurso definido, estando ainda apto, pela mesma via, a fornecer informações relativas a estações de serviço e locais de parqueamento, e às tarifas por estes praticadas. Reforçando a aposta na conectividade, o 308 conta, também, com o sistema Mirror Screen, que permite replicar o ecrã da maioria dos smartphones disponíveis no mercado (graças às ligações Apple Carplay, Android Auto e Mirrorlink), bem como usufruir dos assistentes pessoais Siri e S-Voice dos sistemas operativos iOS e Android, respectivamente.
No capítulo da segurança, a Peugeot não facilitou, e o renovado 308 passa a disponibilizar todos os sistemas avançados de auxílio à condução recentemente introduzidos pelos 3008 e 5008. Caso do alerta de colisão com travagem autónoma de emergência com reconhecimento de peões (funciona entre os 5-140 km/h com veículos em movimento; entre os 0-80 km/h com veículos imobilizados; e entre os 0-60 km/h com peões). do alerta de saída involuntária da faixa de rodagem (emite um alerta visual e sonoro acima dos 80 km/h, e entre os 65-180 km/h até actua sobre a direcção para corrigir a trajectória); do sistema de detecção e alerta de fadiga condutor; do assistente máximos; do sistema de leitura sinais trânsito com recomendação velocidade; do cruise-control adaptativo (opera entre os 30-180 km/h, e até executa a função start&stop nas versões com caixa automática); do sitema de monitorização do ângulo morto (activo entre os 12-140 km/h); da câmara de estacionamento traseira de 180° com visão panorâmica de 360°; e do sistema de estacionamento semi-automático (identifica os espaços disponíveis, assume o controlo da direcção nas versões de caixa manual, e também do acelerador nas variantes de caixa automotámica, neste caso bastando ao condutor controlar a travagem).
Ainda assim, é no domínio das motorizações que se encontram as grandes novidades, com o renovado 308 a antecipar não só as normas Euro 6.c em vigor em Setembro na Europa, como, nalguns casos, as Euro 6.d, previstas apenas para o final da década. Toda a oferta, composta na íntegra por motores turbocomprimidos com injecção directa de combustível, recebeu melhorias que permitiram optimizar a respectiva eficiência, isto é, reduzir consumos e emissões – em maior ou menor extensão, consoante os casos. Ao mesmo tempo, e antecipando uma mudança dos hábitos de consumo, que se traduzirá numa gradual perda de protagonismo do Diesel, a Peugeot reforçou a aposta nas versões a gasolina.
Assim, e pela primeira vez, o 308 recorre ao tricilíndrico 1.2 PureTech de 110 cv e 205 Nm, o único da gama combinado com uma caixa manual de cinco velocidades. Já a versão de 130 cv deste motor garante ganhos significativos em termos de performance (resposta mais imediata às solicitações do acelerador), de consumos (4% inferiores aos da anterior geração) e de emissões – graças à optimização do tratamento dos poluentes, na origem como no escape, garantida por soluções como o filtro de partículas GPF (garante uma filtragem das partículas superior a 75%), a maior resistência térmica dos materiais, a optimização do controlo da temperatura do escape, o recurso a novas tecnologias no catalisador e a combustão aperfeiçoada (controlo mais preciso da mistura ar/combustível).
O 308 1.2 PureTech de 130 cv apresenta, também, duas importantes novidades em termos de transmissão; além de estar, pela primeira vez, disponível com caixa automática, também estreia a caixa manual de seis velocidades destinada a motores com potência e binário inferior aos de 1,6 litros, totalmente projectada em ambiente digital, e que garante ser tão compacta quanto uma equivalente de cinco relações. Do leque de motores a gasolina disponíveis fazem ainda parte o 1.6 THP de 205 cv e o 1.6 THP de 270 cv, que anima o desportivo GTI.
Na base da oferta Diesel continua a estar o 1.6 BlueHDI de 100 cv, a que se segue a sua variante de 120 cv, mas só na fase inicial de comercialização, pois, mais perto do final do ano, chegará o novíssimo 1.5 BlueHDI de 130 cv que a substituirá. Segundo a Peugeot, recorre a uma tecnologia de pistões oriunda do 908 que venceu as 24 Horas de Le Mans, um dos factores que explicará o ganho de potência de 10 cv e uma redução do consumo na casa dos 4-6% afeca ao 1.6 HDI de 120 cv, assim como uma sensação de condução próxima da oferecida por um motor a gasolina, garantida pela sua superior capacidade para funcionar em pleno a alto regime.
As mais musculadas versões a gasóleo continuam a ser as animadas pelo bloco de 2,0 litros. Mas se o 2.0 BlueHDI de 150 cv não apresenta alterações de maior face ao conhecido, o 2.0 BlueHDI de 180 cv cumpre já a legislação ambiental prevista para Setembro deste ano, e até para 2020, mercê de novos sistemas anti-poluição utiizados, como o catalisador de redução SCR e o filtro de partículas colocados mais perto do motor. Na fase de lançamento, terá acoplada em exclusivo a conhecida caixa automática de seis velocidades (opcional para o 2.0 BlueHDI de 150 cv), mas em 2018 irá estrear a variante de oito relações, 2 kg mais leve, desta transmissão desenvolvida com conjunto com os japoneses da Aisin, capaz de executar a função satrt/stop até aos 20 km/h, e de garantir uma redução dos consumos de 7%.
No sul da Alemanha foi possível efectuar os primeiros quilómetros ao volante do renovado 308, e a versão escolhida só podia ser a animada pelo novo 1.5 BlueHDi de 130 cv, até pela aceitação que se antevê esta venha a registar entre nós. Como o modelo não foi sujeito a modificações dignas de registo ao nível dos châssis, o desempenho dinâmico continua a ser o que se conhece: uma apreciável eficácia conjugada com um elevado conforto, do que resultando uma condução bastante fácil e agradável.
O novo motor destacou-se pela suavidade e silêncio de funcionamento dignos de registo logo que atinge a temperatura ideal de funcionamento, pela resposta pronta a baixo regime, pela grande disponibilidade a média rotação, e por um surpreendente fulgor já para além do que é habitual num propulsor Diesel, sendo perfeitamente utilizável até quase às 4500 rpm. A caixa de seis velocidades, precisa, suave e rápida q.b., é outros dos factores que contribuem para prestações interessantes e consumos que lhes não ficam atrás.
Confirmando a já referida aposta nas versões a gasolina, a Peugeot definiu para Portugal uma estratégia comercial que permite manter, quando não reforçar, a competitividade (re)conhecida do 308. Neste domínio, duas notas introdutórias: a antiga série especial Style deu lugar ao novo nível de equipamento Active; os preços das variantes a gasolina baixaram quase todos, apesar de o equipamento de série até sido reforçado face o oferecido pelo modelo actual.
Deste modo, os 308 com nível de equipamento Access sofrem um aumento de preço de €200 nas versões a gasóleo, e uma redução de €760 nas variantes a gasolina. Com equipamento Active, que se prevê venha a ser o mais popular no mercado luso, os preços das versões Diesel mantêm-se inalterados, os das versões a gasolina baixam €260 – com o ecrã de 9,7” e a função Mirror Screen a reforçarem o equipamento de série.
No nível de equipamento Allure, foram adicionados ao equipamento de série os bancos em pele em tecido, as jantes de 17” e a navegação 3D com Connect Box, tendo os preços aumentado €200 nas versões a gasóleo, e baixado €760€ nas versões a gasolina. Os sempre muito procurados 308 GT Line custam mais €400 com motor Diesel e menos €760 com motor a gasolina, com o equipamento de série a incluir a navegação 3D com Connect Box. O mesmo sucedendo com o nível GT, que vê o seu preço aumentar €400 com motor Diesel e manter-se com o motor a gasolina.
Valores concretos para a oferta a gasolina: 308 1.2 PureTech de 110 cv disponível a partir de €23 950 com o nível de equipamento Access; o 1.2 PureTech de 130 cv proposto desde 25 050€ com nível de equipamento Active (desde 28 710€ com caixa automática e equipamento Allure). O 1.6 THP de 205 cv é sempre combinado com o nível GT e custa €34 290, o 308 GTi de 270 cv mantém o actual preço de €42 050 e passa a propor uma nova pintura bicolor azul e preta para a carroçaria.
Np caso dos Diesel, o 1.5 BlueHDI de 130 cv, por só chegar em Novembro, não tem ainda preços definidos, mas não se prevê que se afastem muito dos praticados pela variante de 120 cv. Seja como for, a partir de Setembro, a versão 1.6 BlueHDI será proposta a partir de €25 740€ com 100 cv e equipamento Access, e de €26 830 com 120 cv e equipamento Access. O mais acessível dos 308 2.0 BlueHDI de 150 cv será disponibilizado desde de €36 300 com nível de equipamento Allure (€37 810 com caixa automática), o 2.0 BlueHDI de 180 cv continuará a ser proposto em exclusivo com o nível de equipamento GT e custará €42 240 (por definir está o seu preço quando, no próximo ano, receber a nova caixa automática de oito relações).
A estes valores há que acrescentar entre cerca de 950 euros e 1200 euros, em função das versões e níveis de equipamento, se a opção recair sobre a carrinha SW. Que a Peugeot prevê continue a ser a mais procurada em Portugal na gama do 308.