Peugeot 5008 em Junho desde €32 380
Apresentadp à imprensa internacional em Lisboa, o novo 5008 é isso mesmo; um modelo totalmente novo, que do anterior nada mais herda que o nome. Com os SUV cada vez mais em alta, e os monovolumes restringidos a uma pequena parcela do mercado europeu, a Peugeot fez a transição e criou uma versão “alongada” do 3008, a que atribuiu a mesma designação comercial do seu antigo monovolume.
Como se esperaria, são notórias as semelhanças entre 5008 e 3008: na frente pontificam os faróis em forma de garra (que podem ser integralmente por LED), a traseira é dominada pelos farolins de formato bastante característico. É, pois, de perfil que os dois modelos melhores de distinguem, devido à maior distância entre eixos, essencial para que o 5008 possa oferecer sete lugares.
Na base de 5008 e 3008 está a plataforma modular EMP2, passível de crescer em patamares de 55 mm entre eixos. Aui, foram acrescentadas três secções, para que a distância entre eixos crescesse 165 mm, para 2840 mm. Com 4641 mm de comprimento, 1844 mm de largura e 1624 de altura, o 5008 é 194 mm mais comprido, 3 mm mais largo e 21 mm mais alto que o 3008, embora, neste último caso, parte substancial desse aumento se deva a uma altura ao solo de 236 mm, 17 mm superior à do 3008, O peso, esse, aumentou cerca de 135 kg.
Em consequência destas alterações, o habitáculo não só se anuncia como o mais espaçoso do segmento, como ganhou inequívocos atributos em termos de modularidade e versatilidade. A segunda fila oferece três bancos individuais, com regulação longitudinal e da inclinação das costas, para mais escamoteáveis, assim permitindo criar uma superfície de carga totalmente plana até aos bancos dianteiros. Mais atrás, pode dispor-se de uma terceira fila com dois bancos adicionais, que incrementam a lotação para os tais sete ocupantes, e os quais, além de escamoteáveis, também podem ser retirados do veículo com relativa facilidade, pesando cada qual apenas 11 kg.
O objectivoé permitir ajustar, à medida das necessidades, o espaço disponível, quer ao número de passageiros que à quantidade de bagagem transportada. Residindo, aqui, outro dos grandes trunfos do 5008: a capacidade da bagageira, capaz de variar entre 165,6 litros com sete lugares, 780 litros com cinco lugares e 1940 litros com dois lugares (sendo estes dois últimos valores, no caso do 3008, de 520 litros e 1482 litros, respectivamente).
De resto, não há muito mais novidades a registar ao nível do habitáculo, em boa parte decalcado do 3008. Na frente destaca-se o posto de condução muito envolvente e dominado pela nova geração do i-Cockpit, que combina o volante mais compacto do segmento, o painel de instrumentos digital configurável de 12,3”, o ecrã táctil capacitivo de 8” e os sete botões tipo tecla de piano, para acesso directo a outras tantas funções. Melhor do que nos 208 e 308, ainda não oferece a legibilidade ideal a todos os condutores, apesar das varias regulações oferecidas pelo banco e pela coluna de direcção.
Comum a 3008 e 5008 é o facto de, não obstante ambos se afirmarem como SUV, serem propostos apenas em versões de tracção à frente. Quem pretenda aventurar-se por terrenos mais exigentes, deverá optar pelo Advanced Grip Control, que inclui o controlo de tracção optimizado para o fora de estrada, os pneus mistos M+S de 18” e o controlo electrónico de descidas. Opção pela qual a Peugeot cobra somente 300€, mas acaba por representar um custo acrescido de cerca de 700€ para o cliente, devido à maior penalização fiscal decorrente do aumento das emissões de CO2 imposta pela troca de pneus.
A oferta de motores é, também, ela, conhecida do 3008: uma opção a gasolina (o três cilindros turbo de injecção directa 1.2 Puretech com 130 cv), complementada por três motores turbodiesel da família BlueHDI: 1.6 de 120 cv, 2.0 de 150 cv e 2.0 de 180 cv. De série, a caixa é manual de seis velocidades, excepto no mais potente dos Diesel, proposto apenas com a caixa automática Aisin de seis relações, proposta em opção para todos os outros, excepto o 2.0 BHDi de 150 cv.
A gama inclui o de nível de equipamento de topo GT, exclusivo do 2.0 BHDi de 180 cv, ao passo que o Active só é proposto com os dois motores menos potentes e quando combinados com caixa manual. Já o nível Allure está disponível com estes mesmos dois motores, com caixa manual ou automática, ao passo que o popular nível GT Line é o que abrange toda a gama (excluindo, claro, o 2.0 BHDi de 180 cv).
Dinamicamente, sobram elogios para o novo 5008. O melhor elogio que se lhe pode fazer é, porventura, sublinhar que praticamente não se sentem diferenças para o 3008, apesar do aumento das dimensões e do peso, rapidamente o seu condutor se esquecendo que conduz um automóvel de maior porte. O comportamento é eficaz e muito reactivo, garantindo uma elevada envolvência, a conforto de marcha de bom nível, ainda que nos pisos mais degradados os passageiros traseiros já não consigam passar incólumes às irregularidades.
Os preços iniciam-se nos €32 380 para a versão 1.2 Puretech e nos €34 580€para a variante 1.6 BHDi. O 5008 GT Line 2.0 BHDi de 150 cv custa €42 480, o 5008 GT 2.0 BHDi de 180 cv €46 220. Quem pretenda incrementar a sua mobilidade em cidade, sem penalizar o ambiente, pode sempre conjugar o novo 5008 com a trotineta e-Kick (€1220) ou com a bicicleta e-Bike (€1799), ambas electricamente assistidas e possíveis de carregar na bagageira do veículo com o motor em marcha, através de uma estação própria para o efeito (que custa €371 para a primeira e €330 para a segunda).
