Protótipo Aircross antecipa novo SUV da Citroën
Para celebrar os 50 milhões de viaturas vendidas desde o seu nascimento, há 95 anos, a Citroën desenvolveu um novo protótipo de um SUV, a que chamou Aircross e que irá ser apresentando no Salão de Xangai, o qual abre portas no próximo dia 22 de Abril – reforçando, assim, também a importância que o mercado chinês tem para sua actual performance comercial, já que o mesmo assegura já 25% das vendas da marca do double chevron. Com 4,58 m de comprimento, 2,1 m de largura e 1,73 m de altura, para uma distância entre eixos de 2,80 m, o Aircross começa por destacar-se pelas suas linhas bastante marcantes, de algum modo na sequência do conhecido do C4 Cactus, e caracterizadas por elementos como as portas traseiras de abertura invertida, as ópticas extremamente estilizadas (semelhantes às estreadas pelo C4 Picasso) ou as jantes de 22” revestidas por pneus de medida 275/45, desenvolvidos propositadamente pela Continental para este concept.
Não menos invulgares, os novos Alloy Bumps, uma reinterpretação dos Airbumps introduzidos pelo C4 Cactus, e que no Aircross são constituídos por uma estrutura alveolar em alumínio, que tem por função proteger o veículo dos impactos laterais. Reforçando a originalidade do conceito estão ainda as Air Curtains (nome atribuído às entradas de ar dianteiras), o Air Sign (a moldura cromada que envolve os vidros laterais traseiros), as tomadas de ar junto às rodas dianteiras e traseiras e os retrovisores exteriores extremamente afilados. A complementar o visual aventureiro, e em combinação com o Air Sign, estão as aplicações metálicas existentes nas entradas de ar no capot, nos retrovisores, na grelha dianteira e no gancho de reboque.
No habitáculo, com quatro lugares individuais espaçosos e envolventes (estando todos os bancos equipados com microfones e altifalantes, para facilitar a comunicação entre os passageiros), marca presença o painel frontal simples e fluído, onde apenas existem as saídas de ventilação laterais e os dois ecrãs de bordo de 12”, um dos quais móvel (corre automaticamente sobre uma calha), para que o passageiro da frente possa também utilizar o sofisticado sistema de infoentretenimento – já o condutor pode fazer uso dos dois ecrãs através dos touch pads existentes de ambos os lados do volante. Além de vários espaços de arrumação, o interior conta ainda com uma original consola central, também ela dotada de diversos locais destinados à arrumação de objectos. As cintas e correias destinadas ao apoio das mãos, ou funcionando como pegas das portas, pretendem sublinhar, segundo a Citroën, a vocação de viajante deste SUV; ao passo que as webcams instaladas nas portas têm por função permitir a captação de imagens passíveis de serem partilhadas através das redes sociais, ou recolher informações sobre os monumentos existentes nas imediações e alcançá-los através do sistema de navegação.
Para animar o Aircross foi escolhida uma mnotorização híbrida plug-in, composta por um motor a gasolina sobrealimentado 1.6 THP de 218 cv e 175 Nm destinado a mover as rodas dianteiras, combinado com um motor eléctrico no eixo traseiro, com 95 cv e 200 Nm, e alimentado por uma bateria de iões de Lítio – estando assim garantida a tracção integral. Segundo a Citroën, a bateria pode ser recarregada numa tomada de corrente doméstica de 16 A em 3,5 horas, e é suficiente para garantir ao Aircross uma autonomia de 50 km no nodo exclusivamente eléctrico. Em termos de performance, a potência combinada de 313 cv garantirá uma aceleração 0-100 km/h em 4,5 segundos, para um consumo em ciclo misto de 1,7 l/100 km e emissões de CO2 de somente 39 g/km.
Para já apenas um protótipo, restarão poucas dúvidas de que o Aircross irá mesmo dar origem a um modelo de produção em série, embora não se espere tal aconteça senão dentro de dois a três anos.
