PSA pondera desenvolver plataforma com a Dongfeng
É há muito sabido que uma das medidas de fundo definidas por Carlos Tavares para fazer regressar o Grupo PSA aos lucros assenta da substancial redução do número de modelos e na diminuição do número de plataformas sobre as quais os mesmos serão desenvolvidos. Neste domínio, o plano do grupo francês passa pela criação de duas plataformas principais, que servirão de base a todos os seus modelos de maior volumes.
Assim, e depois da estreia da plataforma EMP2 (destinada a modelos de médio porte), já utilizada pelo Citroën C4 Picasso e pelo Peugeot 308, e que servirá também para a criação dos novos Citroën C5e C4 Aircross, e dos futuros Peugeot 508, 3008 e 5008 (e, muito provavelmente, para o topo de gama da DS, a lançar somente depois de 2020), a PSA fez agora saber que a plataforma EMP1 deverá estar operacional em 2018, servindo de base aos seus modelos citadinos e utilitários e permitindo poupar cerca de 100 kg face aos actuais.
Esta plataforma EMP1, de que derivarão modelos como as futuras gerações dos Citroën C3 e C4 Cactus e do Peugeot 208, ou o futuro crossover da DS, rival do Renault Captur, poderá, segundo o Automotive News Europe, ser desenvolvida em conjunto com os chineses da Dongfeng, parceira da PSA e que em 2014 adquiriu 14% das acções do grupo francês. A ir avante esta possibilidade, as duas empresas terão de investir cerca de 200 milhões de euros neste projecto, com a PSA a assegurar 60% deste valor, sendo a mesma desenvolvida em França, mas com a participação de uma equipa de engenheiros chineses.