Renault Captur Energy dCi 90 Helly Hansen
Renault
Captur
Energy dCi 90 S&S ECO2 Helly Hansen
2014
SUV
5
Dianteira
1.5 Diesel
90/4000
171
13,1
95
23 360/23 430
Conforto, Comportamento, Consumos, Facilidade de Condução, Equipamento de série
Falta de solidez da suspensão, Qualidade de construção, Caixa de velocidades imprecisa
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 171 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 12,2 |
0-400 m | 18,3 |
0-1000 m | 34,1 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 4ª | 9,5 |
Em 5ª | 16,6 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 4ª | 10,6 |
Em 5ª | 16,6 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 34,5 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 3,2 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 4,7 |
Cidade | 5,7 |
Média ponderada (*) | 5,00 |
Autonomia média ponderada (km) | 900 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1340 |
Largura atrás | 1300 |
Comprimento à frente | 1130 |
Comprimento atrás | 700 |
Altura à frente | 1010 |
Altura atrás | 880 |
O Nissan Juke foi o pioneiro do segmento dos pequenos SUV dos tempos modernos, tendo registado um apreciável sucesso, mesmo apresentando um desenho bastante peculiar e um habitáculo algo acanhado. A concorrência não demorou a ripostar, mas a verdade é que apenas o seu primo, Renault Captur, foi capaz de o destronar da liderança da tabela de vendas. Facilmente se compreendo que parte do sucesso é obtido através da muito bem conseguida imagem do Captur, na forma como a aparência de SUV se conjuga com linhas muito modernas e joviais, aos quais se junta uma capacidade de personalização desconhecida em grande parte da concorrência. Esta versão Helly Hansen, que resulta de uma parceria com a marca norueguesa de vestuário desportivo, torna-o ainda mais apelativo, principalmente pela pintura da carroçaria em Vermelho Flamme e pelas protecções plásticas em cinzento.
O habitáculo recebe o mesmo “tratamento Helly Hansen”, sob a forma dos bancos revestidos a pele e tecido, sempre em vermelho e preto, sendo que esse tom se estende à consola central. Infelizmente, apesar do maior apelo visual desta versão, é impossível disfarçar a parca qualidade empregue nos materiais do habitáculo, que são todos duros e de tacto pouco agradável, apresentando mesmo alguns acabamentos pouco aceitáveis. O forro do tejadilho é em cartão, por exemplo. Talvez como compensação, os espaços de arrumação são mais do que muitos, tal como a lista de equipamento de série, que inclui elementos como o sistema R-Link com navegação, os sensores de estacionamento, luz e chuva, ou mesmo o acesso mãos-livres ao habitáculo. Se a isto juntarmos uma habitabilidade de bom nível, facilmente esquecemos a mediocridade empregue na qualidade de construção e somos rapidamente convencidos pelas qualidades pragmáticas do Captur. Com uma posição de condução versátil e fácil de encontrar, boa visibilidade e ergonomia, não há nada a apontar à utilização diária, capaz de convencer os mais exigentes e deixá-los sem grandes argumentos negativos.
Fácil é um adjectivo também empregue à condução, fruto de uma direcção bastante leve e de comandos fáceis de dosear, ainda que a caixa manual de cinco velocidades deixe a desejar quanto à precisão do seu funcionamento, principalmente quando a utilizamos com maior empenho.
Igualmente responsável por uma condução fácil é o bloco 1.5 dCi de 90 cv, que se mostra bastante redondo e suave. As prestações não se podem considerar de referência nem poderemos considerar o Captur um automóvel lesto, mas o mais importante é que a entrega de potência é sempre linear e o motor nunca se mostra numa utilização normal. Mais importante do que os números obtidos nas acelerações ou recuperações são aqueles que aferimos para o consumo, como provam os frugais 5,0 l/100 km alcançados na média ponderada. Numa condução normal, este será o valor maioritariamente assinalado para o computador, sendo que até é possível obter números mais animadores, na casa dos 4 l/100 km, principalmente se utilizarmos a função Eco. Porém, terá de ter em conta que a activação deste modo de condução inibe bastante a resposta do motor, tornando-o algo amorfo, e, principalmente, torna impossível de utilizar o ar condicionado nos dias de maior calor.
Onde o Renault Captur volta a marcar pontos é na forma como pisa a estrada. Bastante confortável, consegue, ainda assim, e apesar da altura ao solo relativamente elevada, proporcionar bons momentos de condução, fruto de níveis de eficácia e agilidade notáveis. Só não é melhor neste capítulo porque esta versão Helly Hansen inclui, de série, uns pneus mistos (lama e neve), que oferecem uma aderência algo diminuta em asfalto. A sua função é, naturalmente, tirar o melhor partido do sistema Grip Control, também exclusivo desta versão. Com três modos de funcionamento, seleccionáveis por intermédio de um comando rotatitvo colocado entre os bancos dianteiros, não é mais que um controlo de tracção inteligente para ultrapassar zonas com piso de menor aderência, podendo mesmo ser desligado no modo Expert.
A Renault pede 23 360 euros por este Captur Energy dCi 90 S&S ECO2 Helly Hansen. Tendo em conta a lista de equipamento recheada e as inúmeras qualidades intrínsecas ao produto, é um valor que se aceita perfeitamente, até porque dá acesso a uma das, se não mesmo a melhor, opção do segmento.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha Diesel, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1461 |
Diâmetro x curso (mm) | 76,0×80,5 |
Taxa de compressão | 15,2:1 |
Distribuição | 1 v.e.c./8 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 90/4000 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 220/1750 |
Alimentação | injecção directa common-rail |
Sobrealimentação | turbocompressor |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4122/1778/1566 |
Distância entre eixos (mm) | 2606 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1531/1516 |
Jantes – pneus | 6Jx17″ – 205/55 (Kumho Solus KH25) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1170 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 13,0 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 377-1235/45 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira |
Caixa de velocidades | manual de 5+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica variável |
Diâmetro de viragem (m) | 10,4 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (280) |
Traseiros (ø mm) | Tambores |
Suspensões | |
Dianteira | McPherson |
Traseira | Eixo de torção |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Aptidões TT | |
Ângulos de ataque/saída/ventral (º) | n.d./n.d./n.d. |
Inclinação lateral máx./pendente máx.(º) | n.d./n.d. |
Altura ao solo/passagem a vau (mm) | n.d./n.d. |
Garantias | |
Garantia geral | 2 anos+3 anos ou 100 000 km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km ou 24 meses |
Airbag para condutor e passageiro
Airbag para os joelhos do condutor
Airbags laterais
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Banco do condutor com regulação em altura
Banco rebatível 60/40
Volante regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Sistema Grip Control
Cruise-control
Sensor de luz e chuva
Sensor de pressão dos pneus
Sistema multimédia R-Link, com leitor de CD/mp3/tomadas USB+Aux, sistema de navegação e ligação Bluetooth
Acesso mãos-livres ao habitáculo
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatimento eléctrico
Faróis de nevoeiro
Sensores traseiros de estacionamento
Jantes de liga leve de 17”
Vidros traseiros escurecidos
Pintura metalizada Vermelho Flamme
Oferta Pacote de lançamento (inclui Pack Exclusive [sensores de luz+chuva, retrovisor interior electrocromático, cruise-control], Ford Sync com AppLink, sensores de estacionamento traseiros e jantes de liga leve de 17″ com pneus 205/50)
Pneu suplente de dimensões reduzidas (€70)