Renault Captur TCe 120 Exclusive

Renault Captur TCe 120 Exclusive

O banco traseiro oferece 150 mm de regulação longitudinal

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O fundo falso da bagageira aumenta a versatilidade de utilização

Renault Captur TCe 120 Exclusive

Renault Captur TCe 120 Exclusive

Renault Captur TCe 120 Exclusive

As jantes de 17" são de série

O motor 1.2 de 120 cv é bastante suave e silencioso

Renault Captur TCe 120 Exclusive

Renault Captur TCe 120 Exclusive

Renault Captur TCe 120 Exclusive

Líder na Europa, e em Portugal, do segmento dos crossovers de pequenas dimensões, também conhecido como “B SUV”, a proposta da Renault destinada a esta classe foi recentemente, e quatro anos volvidos sobe o seu lançamento, sujeita a uma actualização geral, que teve o condão de refrescar a sua imagem, colmatar alguns atributos menos conseguidos no modelo original e, ainda, alargar o seu leque de motorizações. O Captur TCe 120 Exclusive aqui em análise é o espelho perfeito disso mesmo, equipada que está com o motor 1.2 turbo a gasolina de 120 cv.

Como que fazendo jus aquela velha máxima de não mexer em equipada ganhadora, o pequeno SUV gaulês apresenta as modificações estéticas necessárias para aumentar o seu apelo visual e modernizar a sua imagem, mas ser perverter o conceito original que tão bons frutos tem dado à marca do losango. É o caso das ópticas dianteiras de novo desenho, agora totalmente por LED e com as “inevitáveis” luzes diurnas em forma de “C”, do reposicionamento da matrícula dianteira para uma posição mais elevada, de alguns plásticos com pintura de efeito metalizado e do tejadilho de cor contrastante, o qual aumenta as possibilidades de personalização, atributo que parece ter caído no goto dos muitos apreciadores deste género de proposta.

As alterações estilísticas introduzidas no restyling do Captur actualizaram a imagem do pequeno SUV da Renault, mas sem comprometer o conceito original

O interior continua a primar por um generoso espaço habitável, e pelo banco traseiro com 150 mm de regulação longitudinal, que aumenta a versatilidade de utilização, ao permitir fazer variar a capacidade da mala entre 377 litros e 455 litros, em função do espaço que se queira ter disponível para os passageiros traseiros – e só é pena que o assento seja contruído numa peça única, ao contrário das costas, rebatíveis em duas partes assimétricas. Ainda em relação à mala, menção para o fundo falso, assegurado por duas secções superiores removíveis, e para a colocação do pneu suplente de emergência sob o respectivo piso.

Nota mais, também, para os plásticos acetinados aplicados em redor das saídas de ventilação e na moldura da alavanca de comando da caixa de velocidades, os quais, em conjunto com alguns materiais de qualidade superior aos do modelo da geração anterior, utilizados nas zonas de maior contacto, acabam por rectificar em parte uma das maiores falhas desde sempre apontadas ao Captur, apenas faltando, agora, um rigor de montagem mais efectivo, que permita eliminar de forma mais eficaz os ruídos parasitas que persistem em fazer-se sentir. Por oposição, os forros dos bancos removíveis através de um fecho éclair, que permite não só a respectiva limpeza no exterior do veículo, como alternar entre os três padrões disponíveis (custando cada conjunto uma centena de euros), é um trunfo a ter em conta, pelo que acrescenta às tais possibilidades de personalização.

A qualidade de alguns materiais menos nobres melhorou, mas a montagem ainda precisa de ganhar um outro rigor, para que os ruídos parasitas deixem de ser uma inevitabilidade no Captur

Dinamicamente, o principal motivo de interesse do Captur TCe 120 Exclusive reside, naturalmente, no seu motor, já conhecido de várias outras propostas da Renault e da Nissan. Uma unidade de funcionamento deveras suave e silencioso, com 205 Nm às 2000 rpm, mas que oferece uma resposta pronta logo a partir das 1500 rpm, proporcionando acelerações e recuperações bastante interessantes. Que só não o são mais porque a caixa manual de seis velocidades, de comando rápido e suave, adopta um escalonamento longo, em especial a partir da quarta relação, o qual também prejudica a velocidade máxima: apesar de anunciar 171 km/h, o Captur TCe 120 Exclusive até consegue aflorar os 190 km/h no velocímetro, mas é preciso ter espaço para tal, já que a progressão, a partir dos 160 km/h, não é propriamente fácil, e menos ainda com mais passageiros e/ou carga a bordo.

Em face disto, seria de esperar consumos de nível superior, e, nesse particular, o modelo não desilude, pelo menos em estrada, já que em cidade é difícil baixar dos 7,5 l/100 km, embora, aí, com a vantagem de uma outra desenvoltura. Além da caixa longa, também o modo “Eco”, accionável a partir de um botão específico, tendo a ensombrar a solicitude do 1.2 TCe de 120 cv, condicionando bastante a sua resposta, e só acarretando verdadeiros benefícios se existir a disposição de baixar consideravelmente o ritmo, caso contrário, as vantagens são nulas, podendo mesmo dar-se o contrário do pretendido.

Muito confortável e sempre bem comportado, o Captur TCe 120 também se “despacha” bem , embora, neste particular, o seu potencial acaba por ser condicionado pelo longo escalonmnento da caixa

De resto, o Captur TCe 120 Exclusive é o que já se conhecia; muito confortável em qualquer circunstância, é, igualmente, um automóvel agradável e, principalmente, muito fácil de conduzir, com comandos suave e fáceis de operar, uma posição de condução dominante (bem ao gosto dos amantes dos SUV) e uma atitude tendencialmente neutra e previsível. Claro que a sua volumetria, responsável por uma certa sensibilidade aos ventos laterais, a maior altura ao solo, o centro de gravidade mais elevado e a afinação macia das suspensões não o tornam especialmente fadado para enfrentar os traçados mais sinuosos, obrigando o ESP a intervir com frequência, por vezes até de forma prematura, nas trocas de apoio mais exigentes, ou nas entradas em curva mais optimistas, também não sendo aqui que se retira todo o potencial do motor.

Mas este é um tipo de condução que dificilmente o cliente-tipo do Captur quererá praticar. Mais apreciador sendo, certamente, de um conjunto bastante equilibrado e que, nesta versão TCe 120 Exclusive, é proposto a preço competitivo, não mais do que 800 euros superior ao da versão 0.9 TCe com o mesmo nível de equipamento, por sinal bastate completo. Podendo os mais aventureiros gastar 800 euros adicionais na variante Exclusive XMod, dotado do controlo de tracção optimizado para vários tipos de terreno e de pneus mistos M+S.