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Renault Clio R.S. 200 EDC

Artigo
Renault Clio R.S. 200 EDC

Visão geral
Marca:

Renault

Modelo:

Clio

Versão:

R.S. 200 EDC

Ano lançamento:

2013

Segmento:

Pequenos desportivos

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.6

Pot. máx. (cv/rpm):

200/6000

Vel. máx. (km/h):

230

0-100 km/h (s):

6,7

CO2 (g/km):

144

PVP (€):

29 500/32 100

Gostámos

Prestações, Eficácia em condução desportiva, Sofisticação tecnológica, Travagem, Caixa de velocidades

A rever

Patilhas de comando da caixa "fixas", Consumos elevados, Preço

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Qualidade geral
6.5
Interior
7.5
Segurança
8.0
Motor e prestações
9.0
Desempenho dinâmico
9.0
Consumos e emissões
6.0
Conforto
8.0
Equipamento
8.0
Garantias
8.0
Preço
5.0
Se tem pressa...

Se o preço não for impedimento, o novo Renault Clio R.S. 200 EDC é, inequivocamente, o pequeno desportivo a ter em conta no momento. É tal a eficácia que as emoções ao volante estão sempre garantidas!

7.6
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Eis uma avaliação a um automóvel bastante fácil de iniciar: à data de publicação deste artigo, o novo Renault Clio R.S. 200 EDC é, sem dúvida, o melhor pequeno desportivo disponível no mercado nacional. E assim como está, com as cinco portas mais tradicionais das variantes de cariz familiar.

Por isso, desenganem-se os potenciais interessados numa eventual versão de três portas do desportivo francês”: a Renault já fez saber que a dita não vai existir, pelo que o melhor, mesmo, é tirar partido da funcionalidade acrescida e comprar, não antes que esgote… mas que os nossos governantes (sempre profundos conhecedores da realidade que os rodeia…) se lembrem de aumentar ainda mais a aberrante carga fiscal incidente sobre o automóvel!

Na pior das hipóteses, esperem até Outubro os grandes aficionados dos gadgets e da tecnologia, pois só nessa altura estará disponível o opcional módulo R.S. Monitor do sistema de bordo R-Link, anunciado pela marca gaulesa como a mais completa ferramenta de telemetria disponível para um modelo de produção em série.

De volta ao que interessa: não será por dispor de cinco portas que o novo Clio R.S. pecará por falta de carácter, até porque as portas traseiras mal se fazem notar, ao estarem os respectivos puxadores dissimulados nos pilares traseiros. Para mais, os pára-choques e saias específicos, as jantes de 18” exclusivas, a dupla saída de escape e o extractor e o deflector traseiros desenvolvidos propositadamente para o modelo (que, mais do que serem meros adornos, geram mesmo uma downforce efectiva) são elementos suficientes para garantir que este R.S. não se confundirá com qualquer outro Clio.

O extractor traseiro é mais do que um mero adereço estilístico, gerando mesmo - em conjunto com o deflector colocado na tampa da mala - uma downforce que ajuda a manter o Clio R.S. "colado" ao asfalto

O extractor traseiro é mais do que um mero adereço estilístico, gerando mesmo – em conjunto com o deflector colocado na tampa da mala – uma downforce que ajuda a manter o Clio R.S. “colado” ao asfalto

Sensação que se prolonga ao habitáculo, muito por culpa da profusão de aplicações vermelhas um pouco por toda a parte – dos cintos à moldura da alavanca de comando da caixa, passando pelas costuras do banco e volante, pela marca do ponto central do volante, pelas molduras das saídas de ventilação, pelos painéis das portas… Uma opção de gosto discutível, e que facilmente combina pouco (ou nada!) com a cor da carroçaria, como facilmente o prova a unidade testada, pintada num exclusivo amarelo Renault Sport metalizado (opção orçada em €1600).

Felizmente que o interior também tem os seus atributos, com destaque para o excelente posto de condução, garantido pelos bancos desportivos com bom suporte lateral e pelo correcto posicionamento da pedaleira metálica, estando os pedais devidamente espaçados e nivelados. Pena o volante, apesar da sua óptima pega, ser um pouco maior do que o ideal.

Tecnicamente, também não faltam argumentos ao Clio R.S. O motor sobrealimentado de 1,6 litros é um deles: oferecendo 200 cv e um binário máximo de 240 Nm/1750 rpm, permite alcançar prestações dignas de registo: menos de sete segundos nos 0-100 km/h; quilómetro de arranque cumprido em menos de 27 segundos; velocidade máxima da ordem dos 230 km/h.

A caixa de velocidades robotizada de dupla embraiagem, seis relações e comandos no volante (única opção de transmissão disponível no novo Clio R.S.) também contribui decisivamente para estes valores: sempre rápida e nunca hesitante, graças à função launch-control é, em boa parte, o garante de acelerações deste calibre. Para a activar, basta premir o pedal do travão com o pé esquerdo, manter pressionadas ambas as patilhas de comando da caixa e esperar que uma luz indicadora no painel de instrumento se ilumine: em seguida, é só “esmagar o pedal de acelerador”, libertar as patilhas e o travão e agarrar firmemente o volante!

Conduzir o Clio R.S., sobretudo de forma mais empenhada, é uma experiência tendencialmente gratificante. Mas, em primeiro lugar, convém decidir que tipo de condução se pretende praticar, e qual o à vontade que se tem com a tarefa. Isto porque existe um botão que o condutor pode utilizar para modificar o funcionamento de vários componentes do veículo, da resposta do acelerador e do motor à rapidez das passagens de caixa, passando pela assistência da direcção e pela intervenção de alguns dispositivos eléctrónicos, segundo três parâmetros pré-definidos: normal, Sport e Race.

Renault Clio R.S. 200 EDC

Este botão permite optar entre os modos normal, Sport e Race. O segundo torna o ESP mais permissivo; o último desactiva por completo este dispositivo mas perde a actuação do diferencial de bloqueio electrónico

O primeiro pouco tem para descrever – é o destinado a um uso quotidiano e regular. Já Sport incrementa a resposta do acelerador e do motor; abre a válvula que permite a um tubo tornar mais presente e envolvente a sonoridade do motor no habitáculo; torna o funcionamento da caixa mais rápido e dinâmico (por exemplo, atrasando as passagens de caixa para cima e antecipando as reduções em travagem); permite activar o launch-control; torna a direcção mais firme; e adopta o modo mais permissivo do controlo de estabilidade. É o ideal para quem pretende usufruir de maior interacção com o veículo, mas não quer assumir por completo o controlo das operações.

Como seria de esperar, o modo Race destina-se a uma utilização mais radical, distinguindo-se do anterior por inibir por completo o funcionamento do ESP e a caixa de velocidade não só garantir passagens de caixa em menos de 150 milésimos de segundo, como o respectivo comando estar totalmente a cargo do condutor.

Nota intercalar: nos modos Sport e Race, além de um avisador luminoso sob o velocímetro, que passa de verde a amarelo, o sistema também emite um sinal sonoro sempre que a agulha do conta-rotações se aproxima da red-line como forma de alertar o condutor que deve trocar de mudança. Como será fácil imaginar a irritação que tal função pode provocar, por exemplo, em traçados mais sinuosos, lamenta-se que a mesma não seja possível de configurar a gosto do utilizador.

Pormenores à parte, o que começa por destacar-se na condução do Clio R.S. é a facilidade com que se adapta a uma utilização mais pacata e convencional. A caixa é suave, a direcção também e até o nível de conforto, mesmo em mau piso, surpreende pela positiva, inclusive quando conta (como no caso em apreço) com o châssis Cup – opcional proposto por €1000, e que muito se recomenda, incluindo uma direcção mais directa, um rebaixamento da suspensão de 3 mm e uma firmeza acrescida em 15% dos respectivos elementos elásticos.

A esta virtude também não serão alheios os batentes hidráulicos dos amortecedores, solução que garante uma melhor absorção das irregularidades, o que contribui não só para a comodidade a bordo como para a eficácia do comportamento, uma vez que incrementa notoriamente o contacto dos pneus com o asfalto nos pisos em pior estado de conservação.

Renault Clio R.S. 200 EDC

Na sua mais recente geração, o Clio R.S. assume-se como a referência entre os pequenos desportivos ao nível do que mais interessa – a eficácia dinâmica, logo, o prazer de condução! Só que esta virtude tem o seu preço…

Mas é quando se adoptam ritmos mais endiabrados que o Clio R.S. revela verdadeiramente todas as suas aptidões. O motor, de tão linear e progressivo, chega a iludir relativamente ao seu nível prestacional. Ao mesmo tempo, a superior motricidade e a direcção bem afinada permitem entrar em curva com toda a confiança, com a subviragem a surgir tarde e sendo facilmente domável através do acelerador quando se selecciona o modo Race – já que, aqui, estando desligado o controlo de estabilidade, também não funciona o diferencial de bloqueio electrónico R.S. Diff.

Em compensação, a traseira é relativamente fácil de provocar, através do aliviar do acelerador em apoio, ou mesmo da intervenção sobre o travão, e igualmente fácil de controlar, o que garante uma agilidade extra e, por consequência, uma subida dos níveis de emoção ao volante, permitindo sair das curvas praticamente a direito com o acelerador completamente esmagado. Quanto aos travões, cumprem o que deles se espera, o que não se estranha quando se sabe provirem directamente do Laguna V6, contando com generosos discos ventilados na dianteira.

No final da experiência, a confirmação da afirmação inicial: o Clio R.S. é o mais competente e eficaz pequeno desportivo do mercado, aquele cujo carácter e postura mais se aproximam dos de um automóvel de competição.

Mas nem tudo são encómios. Mesmo levando em linha de conta um equipamento de série bastante rico, o desportivo da marca do losango faz pagar caro a sua sofisticação, custando, no mínimo, €29 500, a que há que juntar os €1000 do châssis Cup, essencial para tirar o melhor partido das suas potencialidades, e consumos que, a velocidades estabilizadas, são comedidos (excepto em cidade), mas tendem a disparar para valores pouco simpáticos quando se adoptam os ritmos para que o modelo foi criado. Contas feitas, são, pelo menos, cerca de €5000 de diferença para os seus principais rivais, porventura não tão eficazes, mas nem por isso desprovidos de muito meritórios atributos.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais
Controlo electrónico de estabilidade
Sistema de auxílio aos arranques em subida (Hill hold)
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Sistema anti-afundamento Fix4sure em todos os lugares
Fixações Isofix nos bancos do acompanhante e traseiro
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Cruise control+limitador de velocidade
Banco rebatível 60/40
Banco do condutor com regulação em altura
Bancos em pele
Volante desportivo em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Cartão “mãos-livres” (acesso sem chave)
Rádio com leitor de mp3+entradas USB/Aux+ecrã táctil de 7″
Sistema de navegação
Mãos-livres Bluetooh
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Sensor de luz+chuva
Luzes diurnas por LED
Jantes de liga leve de 18”

Pintura metalizada especial amarelo Renault Sport (€1600)
Châssis Cup (€1000)

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zyrgon