Renovado Suzuki Vitara já disponível em Portugal desde €17 710
O Vitara é, historicamente, e a par do Swift, um dos modelos cruciais para o desempenho comercial da Suzuki. É, por isso, natural que a marca japonesa dedique particular atenção ao que pode ser considerado como um dos percursores dos SUV modernos: hoje com três décadas de carreira e mais de três milhões de unidades vendidas em nada menos do que 192 países, acaba de receber um restyling exterior e interior, ainda aproveitado para apurar outras áreas determinantes, mormente a segurança.
Visualmente, os principais pontos de interesse residem na nova grelha frontal cromada, nos para-choques com embelezadores igualmente cromados, nas novas jantes em liga de 17” e nas ópticas dianteiras por LED. A personalização exterior continua a ser um trunfo a ter em conta, garantida, nomeadamente, pelas quinze cores de carroçaria disponíveis (oito bitonais, cinco metalizadas e duas sólidas) e pelos packs Rugged e Urban – não esquecendo o tecto panorâmico disponível para a versão de topo.
No interior, referência para a adopção de alguns materiais de qualidade superior, assim como para o novo ecrã LCD multifunções de 4,2” instalado no painel de instrumentos, apto a fornecer informação relativa ao consumo, à eficiência de condução e aos vários modos do sistema Allgrip, no caso das variantes de tracção integral. O nível de equipamento GLX de topo inclui, ainda, um relógio de novo design, assim como a função de navegação integrada no sistema de infoentretenimento, comandado por um ecrã táctil de 7” e compatível com as ligações Apple CarPlay, Android Auto e MirrorLink.
No capítulo da segurança, o Vitara é anunciado como uma das referências do seu segmento, em boa parte por passar a contar com três soluções até aqui inéditas na Suzuki: o sistema de leitura de sinais de trânsito, a monitorização do ângulo morto (activo a partir dos 15 km/h) e o alerta de tráfego pela traseira (a velocidades inferiores a 8 km/h, em marcha-atrás, adverte o condutor para os veículos que se aproximam pelas laterais). A isto há que somar dispositivos já presentes na anterior geração do modelo, como o DSBS (Dual Sensor Brake Support), o alerta de saída involuntária da faixa de rodagem, o assistente de mudança de faixa de rodagem, o alerta de fadiga do condutor, a travagem autónoma de emergência com reconhecimento de peões e o cruise control adaptativo.
A gama de motor passa a ser composta por duas unidades sobrealimentadas com injecção directa de gasolina, da família Boosterjet, uma com três cilindros, 1,0 litros, 111 cv e 170 Nm (160 Nm com caixa automática), a outra com quatro cilindros, 1,4 litros, 140 cv e 220 Nm. De série, ambas se combinam com caixas manuais (com cinco relações a de acesso, com seis velocidades a mais potente), estando para ambas disponível, opcionalmente, uma caixa automática de seis velocidades com patilhas de comando no volante.
Ambos os motores são, de igual modo, disponibilizados com tracção dianteira ou integral, se bem que, no caso da versão 1.4, tal só seja possível em combinação com a caixa automática. O sistema 4WD Allgrip permite ao condutor optar entre quatro modos de condução (Auto, Sport, Snow e Lock), por forma a facilitar a progressão do veículo nos mais variados tipos de terreno.
Isso mesmo foi possível confirmar num primeiro e breve contacto efectuado com o renovado Vitara em terras de Espanha, sempre em versões de transmissão integral e caixa manual, mas com ambos os motores. No percurso de terra definido pela organização, com passagens de ribeiros, transposição de algumas valas mais exigentes, e também alguns troços de lama, o Vitara deu muito boa conta de si, mesmo na variante 1.0 Boosterjet, com os diferentes modos de utilização do sistema Allgrip a adequarem-se devidamente às distintas dificuldades que o modelo ia tendo que superar.
Já em estrada, se é um facto que o motor tricilíndrico não compromete, tanto pela sua boa capacidade de resposta na maioria das circunstâncias, como pelos consumos aceitáveis, também é inegável que a unidade mais potente garante uma condução mais refinada e agradável, quer devido ao seu superior rendimento, quer por via de um funcionamento nitidamente mais suave e silencioso. E sem que o aumento do consumo seja suficiente para obstar a esta opção.
Claro que, até pelos poucos quilómetros percorridos, estas são impressões preliminares, a confirmar em breve num teste mais alargado, a efectuar em estradas (e terras lusas). Resta referir que o renovado Vitara já está à venda no mercado nacional, com cinco anos de garantia de fábrica, e que até ao final do ano beneficia de uma campanha de lançamento de €1300, o que faz com que o preço as versão de acesso 1.0T GL de tracção dianteira se situe nos €17 710, orçando o nível de equipamento GLE em €19 569 com tracção dianteira e caixa manual (€21 503 com caixa automática), e em €22 090 com tracção integral e caixa manual (€23 098 com caixa automática). Já o motor 1.4 apenas se combina com os dois níveis de equipamento mais dotados, custando €22 713 na versão GLE de tracção dianteira e caixa manual, e €24 914 na variante GLX de tracção dianteira e caixa manual (€27 142 com tracção integral e caixa manual, e €29 430 com tracção integral e caixa automática).