Rolls-Royce Dawn Black Badge desvendado
Depois de revelar, no Salão e Genebra, uma nova família de modelos destinados a cativar uma clientela mais jovens e apreciadora de propostas mais dinâmicas, mas não menos requintadas e luxuosas, como o são os Ghost Black Badge e Wraith Black Badge, a Rolls-Royce lançou no Festival de Goodwood o terceiro membro desta gama. Chama-se Dawn Black Badge, e é anunciado como um descapotável sem compromissos e único no mundo, naturalmente sem preço comunicado, até porque, como sempre, este muito dependerá da forma como cada proprietário decida configurá-lo.
Justificando a sua designação comercial, o Dawn Black Badge impõe-se, antes de tudo o mais, pela sua aparência exterior, como seria de imaginar marcada pela cor preta. Começandp pela carroçaria, é sujeita ao mais exaustivo processo de pintura e polimento alguma vez utilizado numa cor sólida, garantindo o mais intenso tom de preto utilizado num automóvel de produção, graças à aplicação e polimento manual de várias camadas de tinta e verniz.
A capota de lona também só está disponível em preto, sendo revestida a pele preta a cobertura do compartimento destinado a albergá-la quando recolhida. Para não destoar, o Spirit of Ecstasy recebe um acabamento preto cromado, tal como a moldura da grelha, as aplicações na tampa da bagageira, as ponteiras de escape e as tomadas de ar. Já o duplo “R” que serve como emblema da marca, aplicado no centro das jantes, tem as suas cores invertidas, numa espécie de “negativo”.
A herança aeronáutica da Rolls-Royce serviu de inspiração para o inetrior, que conta com um acabamento em fibra de carbono incrustrada por um padrão em alumínio obtido a partir de elementos com apenas 14 mm de diâmetro – superfície que é posteriormente coberta por seis camadas de verniz, deixada a secar durante 72 horas e, no final, polida manualmente. No habitáculo pontificam, ainda, a nova palete de cores, que combina a mais refinada pele (obviamente, de cor preta…) com aplicações, também em pele, de cor laranja – uma evocação do pôr-do-sol que brindará os ocupantes antes de estes serem envolvidos pelo escuro da noite, quando a circularem de capota aberta.
Ainda que mantendo, no essencial, os argumentos mecânicos conhecidos das versões “normais” do Dawn, ainda assim o novo Black Badge recebeu alguns “retoques” neste domínio, como o novo sistema de escape, que, pressionado o botão “Low”, emite uma sonoridade ainda mais grave e imponente. O motor 6.6-V12 biturbo recebeu, igualmente, alguns ajustes, ganhando 30 cv e 20 Nm face ao istalado na versão “normal do modelo”, passando a disponibilizar “tão só” 593 cv e um binário máximo 840 Nm logo às 1500 rpm.
Deste modo, o Dawn Black Badge, apesar dos seus 5285 mm de comprimento, e de um peso a seco de 2560 kg, anuncia uns meros 4,9 segundos nos 0-100 km/h, para uma velocidade máxima electronicamente limitada a 250 km/h. Assim se percebendo melhor oo que levou a Rolls-Royce a instalar no modelo discos ventilados com mais 22 mm de diâmetro, e uma direcção mais rápida e directa.
