Rolls-Royce Sweptail: sonho realizado por 12 milhões
Estrela maior da edição deste ano do Concurso de Elegância de Villa d’Este, foi fesenvolvido pela Rolls-Royce para um seu cliente, tem por base o Phantom e exibe um tal grau de personalização que, com toda a justiça, pode considerar-se um modelo único e feito por medida. Chama-se Sewptail e é, provavelmente, o maior dois lugares do planeta e o automóvel mais caro de sempre – claro que a marca britânica não revelou o nome do seu destinatário, nem a verba que este dispendeu, mas parece que foram necessários doze milhões de euros para se materializar esta obra de arte sobre rodas.
No Sweptail, tudo foi ajustado para satisfazer as exigências e as pretensões do seu proprietário, o qual, ao longo dos quatro anos que durou o projecto, o acompanhou, praticamente a par e passo, em todas as suas fases, com uma regularidade e uma proximidade nunca antes vistas na Rolls-Royce. Alguém que, na sua colecção de peças únicas, detém já super-iates e aviões privados com idêntico grau de personalização, e que, para imaginar o Sewptail, se inspirou nos seus modelos preferidos da Rolls-Royce dos anos de 1920-30, assim como nos barcos e aviões da sua predilecção, mas transpondo esses conceitos para o século XXI.
São inúmeros os elementos deslumbrantes do Sweptail. Tantos, que mais vale admirá-los do que descrevê-los. Mas destaquem-se alguns dos seus atributos essenciais, como a maior grelha alguma vez aplicada num Rolls-Royce dos tempos modernos, construída em alumínio maciço polido à mão, o que garante um acabamento de efeito espelhado, sendo a moldura da secção dianteira concebida em alumínio escovado. Ou a linha do tejadilho de acentuada quebra em direcção à traseira, que se prolonga até ao extremo do veículo, cobrindo, inclusive, aquilo que num Phantom seria o seu terceiro volume –a mala. Característica que assegura ao veículo a sua silhueta de coupé, e que obrigou à criação de vidros laterais e pilares “C”, também eles, específicos.
Observado de traseira, o Sweptail é verdadeiramente soberbo, terminando num marcante “V” nitidamente inspirado no mundo da náutica, e contrastando de forma evidente com a frente. Impossível não mencoinaar, também, o tejadilho panorâmico que se estende, de forma ininterrupta, desde o pára-brisas dianteiro até ao extremo posterior da carroçaria – um dos maiores e mais complexos algumas vez criados para um automóvel, e que proporciona uma luminosidade interior única ao habitáculo. A sigla “08” identificativa deste exemplar único foi construída a partir de dois lingotes de alumínio maciço polido à mão.
O interior foi criado com o intuito de honrar a tradição da clássica configuração dos GT de dois lugares e as próprias linhas exteriores. Um espaço que garante aos ocupantes o isolamento do mundo exterior num casulo de luxo, repleto de madeiras raras de tons contrastantes, dotadas dos melhores tratamentos e acabamentos artesanais e combinadas com as peles da melhor qualidade, também de cores contrastantes, que revestem os bancos, o tablier e os apoios de braços.
O lugar normalmente destinado aos bancos traseiros é ocupado por uma prateleira e uma chapeleira em madeira polida, com calhas em alumínio encastradas. O tabier é o mais simples de sempre de um Rolls-Royce, a instrumentação é em titânio e até o relógio no mesmo encastrado é mais uma peça exlusiva.
No interior da consola central foi instalado um mecanismo que, quando activado, ao toque num botão, traz à superfície o champagne preferido do seu proprietário (um vintage do seu ano de nascimento) e dois flutes cristal. O requinte vai ao ponto de, mal se abre o compartimento refrigerado, o referido mecanismo colocar a garrafa na posição ideal para ser servida.
No interior das portas existem compartimentos destinados a acolher pastas construídas em fibra de carbono, revestidas na mesma pele do habitáculo, e com fechos em alumínio maquinado e titânio, feitas à medida para acomodar os computadores portáteis dos ocupantes. A combinar com as ditas foi desenvolvido pela Rolls-Royce um conjunto de malas exclusivo do Sweptail.
A Rolls-Royce assegura que nunca haverá um segundo Sweptail. E que nem sequer é seu objectivo desenvolver um modelo feito à medida com carácter de regularidade. Mas também não deixa de sublinhar que este é um projecto capaz de dar mostras de toda a sua competência neste capítulo, e a sua abertura para, no futuro, abraçar desafios semelhantes sempre que a ocasião e o móbil o justifiquem.