Thierry Neuville termina o rali do México a poder de cerveja
“Se conduzir não beba” é uma condição básica de segurança mais do que apregoada e plena de sentido, mas se o condutor não pode beber, se calhar o automóvel já pode. Foi um pouco o que aconteceu no passado rali do México a pontuar para o WRC, onde o piloto belga Thierry Neuville, da Hyundai Shell World Rally Team, se viu numa situação no mínimo curiosa. Depois de ter conseguido chegar ao pódio, conquistando o terceiro lugar atrás de Ogier (o vencedor) e Latvala (segundo classificado), Thierry Neuville guardou a enorme garrafa de cerveja Corona que lhe foi oferecida no final da última especial. O piloto belga não bebe e decidiu guardar a garrafa para dar à sua equipa na zona de assistência. Foi então no troço de ligação do final da última especial até à zona do pódio, a 33 quilómetros de distância em estradas públicas, que o piloto reparou que o Hyundai i20 estava a aquecer demasiado.
Neuville e o navegador Nicolas Gilsoul verificaram o motor e encontraram uma fuga no tubo do radiador que resolveram rapidamente, mas o problema foi a perda de grande parte do líquido de refrigeração. Sem água por perto e num momento de inspiração, Neuville e Gilsoul decidiram pegar na garrafa de cerveja que estava no carro e encher o sistema de refrigeração. O Hyundai seguiu viagem e depois de mais uma paragem a meio do caminho para “beber mais uma cerveja” os dois pilotos conseguiram chegar à zona do pódio garantindo assim o seu terceiro lugar, que caso contrário lhe seria retirado por não terem conseguido chegar ao final do rali, que oficialmente só termina na cerimónia do pódio.
