Seat Arona 1.0 TSI 115 cv DSG Xcellence
Seat
Arona
1.0 TSI 115 cv DSG Xcellence
2018
SUV
5
Dianteira
1.0
115/5000-5500
182
10,0
4,3/4,9/5,9
(Extra-urbano/Combinado/Urbano)
114
24 526/27 786 (unidade testada)
Motor evoluído, Prestações, Comportamento, Espaço interior, Caixa rápida e suave
Sistema start/stop, Caixa sem patilhas no volante, Ruídos aerodinâmicos
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 182 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 9,8 |
0-400 m | 17,0 |
0-1000 m | 31,6 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em D | 5,9 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em D | 7,3 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 38,5 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 5,6 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 6,7 |
Cidade | 7,6 |
Média ponderada (*) | 7,02 |
Autonomia média ponderada (km) | 555 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1410 |
Largura atrás | 1360 |
Comprimento à frente | 1120 |
Comprimento atrás | 740 |
Altura à frente | 1040 |
Altura atrás | 1060 |
Depois de ter estreado a plataforma MQB A0 no seio do Grupo VW, com o novo Ibiza, a Seat voltou a recorrer à mesma arquitectura para desenvolver o Arona, o seu segundo SUV, naturalmente derivado do seu enaltecido utilitário. Um modelo que, para mais com a recente “diabolização” que assola os Diesel, tem na sua versão equipada com o motor 1.0 TSI de 115 cv uma das propostas mais interessantes, a qual vê o seu apelo reforçado quando dotada de um dos níveis de equipamento de topo da gama (o Xcellence) e da caixa pilotada DSG, como acontece com a unidade aqui em análise – sendo este o único motor da gama passiavel de combinar com esta transmissão.
Sem primar, propriamente, pela originalidade, antes repegando na bem conseguida receita estética já aplicada no Ateca, por sua vez respeitadora dos actuais cânones estilísticos da marca espanhola, nem por isso o Arona deixa de ser um SUV visualmente apelativo e de que é fácil gostar, neste particular não tendo muito a temer da concorrência do segmento, pelo contrário – até porque, aqui, o tejadilho de cor contrastante não é sinónimo de acréscimo de preço, atributo relevante numa época em que a personalização parece ser outros dos vectores essenciais da indústria automóvel. O modelo beneficia, ainda, de ter como jantes mais pequenas as de 16”, o que lhe confere um ar mais dinâmico e “encorpado”, reforçado no “nosso” Arona 1.0 TSI 115 cv DSG Xcellence, pelas opcionais jantes de 17” com pneus 215/45, pelas protecções de carroçaria metalizadas e pelos logótipos “X”, exclusivos do nível de equipamento Xcelence, gravados nos pilares traseiros.
Face ao Ibiza, o Arona é 71 mm mais comprido, 108 mm mais largo e uns desprezíveis 2 mm maior entre eixos, contando com a mesma largura. Contudo, e como seria de esperar, para a habitabilidade, este aumento das dimensões exteriores apenas acarretou vantagem para a altura disponível em todos os lugares, já que o maior comprimento foi integralmente aproveitado para aumentar em 45 litros a capacidade da bagageira, o que não é de somenos, até porque o espaço para pernas atrás continua a ser das melhores da classe. Por outro lado, os bancos foram colocados numa posição mais levada (cerca de 50 mm na frente e 60 mm atrás), o que favorece a visibilidade para o exterior de todos os ocupantes.
O ambiente a bordo é em tudo semelhante ao do Ibiza, o que também está longe de constituir um defeito. Se os plásticos são, na sua esmagadora maioria, duros, a montagem é bastante razoável, a decoração atraente, a ergonomia correcta e a posição de condução muito acolhedora. E, claro, também aqui estão disponíveis diversas soluções de conectividade de última geração, como hoje se exige a um modelo que pretenda impor-se pela versatilidade e polivalência.
Característica determinante do Arona 1.0 TSI 115 cv DSG Xcellence é a sua dotação mecânica. A começar pelo pequeno mas evoluído motor 1.0 TSI de 999 cc, com injecção directa e sobrealimentação, capaz de oferecer uns muito saudáveis 115 cv de potência, e um binário máximo de 200 Nm constante entre as 2000-3500 rpm. Uma unidade que prima pela boa resposta logo desde os baixos regimes, e pela sua apetência por ganhar facilmente rotação até à red line, as mais das vezes de forma bastante silenciosa, só sendo notória a sua sonoridade menos agradável perto do limite de funcionamento.
Estes são atributos que, obviamente, se tendem a conjugar com as valências da caixa pilotada DSG de dupla embraiagem e sete relações, daqui resultando um “casamento” bastante feliz, traduzido numa entre de potência praticamente ininterrupta em aceleração, e com trocas de mudança rápidas e praticamente imperceptíveis. A rever, todavia, a conjugação deste conjunto motor/transmissão com o sistema start/stop: por norma, quando o motor arranca, a mudança só é verdadeiramente “engrenada” quando o acelerador está já demasiado pressionado, pelo que, até que a habituação surja, e a obrigatória pausa seja adoptada, o mais vulgar é esta dessincronia traduzir-se em arranques de supetão e com rodas a chiar…
Nada que, contudo, coloque em causa o potencial do Arona em termos de prestações, inequivocamente de bom nível para esta categoria. Já os consumos, sem nunca assustarem, também não são de referência, nomeadamente em cidade, ou quando se adoptam rimos mais intensos, neste caso sendo fácil alcançar médias superiores a 9,0 l/100 km, havendo ainda a registar os ruídos aerodinâmicos que se fazem sentir a velocidades mais elevadas.
Pelo contrário, em traçados mais sinuosos, conduzir o Arona 1.0 TSI 115 cv DSG Xcellence é tarefa gratificante, mesmo que a caixa DSG apenas possa ser comandada manualmente em sequência através da alavanca (as patilhas no volante nem como opção estão disponíveis) e não se sintam grandes diferenças entre os quatro modos de condução disponíveis: Eco, Normal, Sport e Individual. Só que a precisão e rapidez da direcção, a boa tracção assegurada pelo diferencial electrónico XDS oferecido de série e a suspensão muito competente garantem um desempenho dinâmico não muito distante do do Ibiza, que é o mesmo que dizer, dos melhores do segmento.
Assim, e apesar da altura ao solo mais elevada, do maior curso de suspensão e dos amortecedores mais macios, as barras estabilizadoras mais grossas e firmes contribuem positivamente para uma atitude em curva bastante honesta e previsível, ágil até, ainda que se sinta um maior adornar da carroçaria, mas com os movimentos a serem sempre muito bem controlados, tudo conorrrendo para uma condução bastante fácil e agradável. O conforto também é de bom nível, se bem que algo condicionado pelo eixo semi-rígido traseiro em pisos mais exigentes, nomeadamente quando é obrigado a enfrentar irregularidades súbitas e mais intensas, como buracos e tampas de esgoto desniveladas.
Fora de estrada, nada há que ajude o Arona 1.0 TSI 115 cv DSG Xcellence que não a altura ao solo aumentada 50 mm, para 190 mm, e o curso de suspensão ligeiramente superior. Elementos que não chegam para ir muito mais longe do que um vulgar utilitário, mas porventura fazendo-o permitindo reduzir o receio de danificar a mecânica ou as secções inferiores da carroçaria.
Mas não será isso que desmotivará o cliente tipo de um automóvel deste tipo, ou fará a diferença para a esmagadora maioria dos rivais do Arona, que seguem basicamente a mesma receita. O Arona 1.0 TSI 115 cv DSG Xcellence revela-se, assim, um SUV muito completo dentro do seu género, com uma dinâmica de condução muito cativante, e que oferece uma relação preço equipamento deveras atractiva.
Os que pretenderem analisá-lo à luz de argumentos mais racionais, encontrarão, aqui, defeito e virtudes que também não diferem muito da concorrência. Entre os “prós”, a aparência mais aventureira (para quem for apreciador), a altura interior mais desafogada, a mala mais generosa e um ligeiro aumento da versatilidade. Do lado dos contras, o preço cerca de €4000 superior ao de um Ibiza equivalente, o aumento de peso da ordem dos 50 kg, a perda de 13 km/h de velocidade máxima (o desempenho aerodinâmico não perdoa…) e os consumos superiores, em média, em 1,0 l/100 km. Nada de novo, ou que, até hoje, tenha sido suficiente para desmotivar a verdadeira legião de adeptos conquistada pelos SUV e crossovers contemporâneos, de que o Arona promete ser um digno representante!
Motor | |
Tipo | 3 cil. linha, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 999 |
Diâmetro x curso (mm) | 74,5x76,4 |
Taxa de compressão | 10,5:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./12 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 115/5000-5500 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 200/2000-3500 |
Alimentação | injecção directa |
Sobrealimentação | turbocompressor+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4138/1780/1444 |
Distância entre eixos (mm) | 2566 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1503/1486 |
Jantes – pneus (série) | 6 1/2Jx16" – 205/60 |
Jantes – pneus (instalados) | 7Jx18" – 215/45 (Pirelli Cinturato P7) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1210 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 10,52 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 400/40 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira com diferencial XDS |
Caixa de velocidades | pilotada de dupla embraiagem de 7+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica |
Diâmetro de viragem (m) | 10,6 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (276) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (230) |
Suspensões | |
Dianteira | McPherson |
Traseira | Eixo semi-rígido |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 2+2 anos ou 80 000 km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km ou 24 meses |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Travagem autónoma de emergência com alerta de colisão frontal
Sistema de detecção de fadiga do condutor
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranque em subida
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Bancos dianteiros reguláveis em altura
Porta-objectos sob os bancos dianteiros
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele multifunções regulável em altura+profundidade
Direcção com assistência eléctrica variável
Acesso+arranque sem chave
Rádio com ecrã táctil de 8"+leitor de CD/mp3+6 altifalantes+ tomadas USBx2/Aux-in
Mãos-livres Bluetooth+ligações Apple CarPlay/Android Auto/Mirror Link
Vidros dianteiros+traseiros eléctricos
Retrovisor interior electrocromático
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Cruise control + limitador de velocidade
Sensor de luz+chuva
Sensores de estacionamento traseiros
Luzes diurnas por LED
Faróis de nevoeiro com função de curva
Farolins traseiros por LED
Barras de tejadilho cromadas
Tejadilho de cor contrastante
Caixas dos espelhos na cor do tejadilho
Jantes de liga leve de 16"
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit anti-furo
Pack Connectivity Plus (€500 – inclui: sistema de navegação com cartografia da Europa; 2xleitor de cartões SD; comandos por voz; carregador por indução para smartphones; amplificador de sinal GSM)
Pack Xcellence Plus (€1100 – inclui: faróis integralmente por LED; sistema de navegação; carregador por indução para smartphones)
Pack Street Xcellence (€650 – inclui: jantes em liga de 18" maquinadas; selector dos modos de condução)
Park Assist (€350 – inclui: assistente automático de estacionamento+sensores de estacionamento FR/TR)
Vidros traseiros escurecidos (€150)
Roda suplente de emergência de 16" (€100)
Pintura metalizada (€500)