Sousa e Gonçalves são os melhores lusos no Dakar
Paulo Gonçalves, em Honda, tornou-se, juntamente com Ruben Faria, no português com melhores resultados no Dakar. O piloto de Esposende terminou no segundo lugar a 16m53s do vencedor, Marc Coma, que, na sua KTM, triunfou pela quinta vez. Carlos Sousa, em Mitsubishi, foi o melhor luso nos automóveis. Voltou a ficar no top-ten, desta vez em oitavo.
Sempre muito consistente e regular, Sousa foi o melhor representante da equipa Mitsubishi Brasil. No final, o piloto de Almada ficou a 3h44m59s de Nasser Al-Attiyah. O piloto do Qatar, que regressou ao Dakar com um Mini, obteve a segunda vitória na sua carreia. Deixou Giniel De Villiers, em Toyota, no segundo posto, e Kristof Holowczic, também em Mini, no último lugar do pódio.
“Este é o momento em que respiramos de alívio. Independentemente de o resultado ser melhor ou pior. Estamos satisfeitos em estar aqui”, disse Carlos Sousa.
Quem também chegou contente a Buenos Aires foi Ricardo Leal dos Santos, que obteve o 25º posto com um projecto novo que colocou a Nissan Navara em prova. Naquela que foi a primeira corrida do piloto português com este carro, Leal dos Santos espera tirar proveito da experiência adquirida. “Levamos desta prova dados muito importantes para o desenvolvimento futuro do carro que, estou seguro, nos poderá permitir vir a lutar por um lugar no top-ten”, disse.
Filipe Palmeiro, que navegou Boris Garafulic, acabou em 12º e Vítor Jesus, que cumprir este Dakar com Nazareno Lopez, foi 48º.
Dois lusos nos dez primeiros das motos
Paulo Gonçalves foi a estrela maior da comitiva portuguesa no Dakar 2015. O segundo lugar reflecte a rapidez do piloto da Honda que, pela primeira vez, foi consistente praticamente do início ao fim. Ruben Faria, que chegou à América do Sul com uma lesão na clavícula ainda em processo de recuperação, acabou no sexto posto.
“Devo estar contente com o meu segundo lugar, foi um lugar muito disputado. Comecei o rali precisamente aqui com a segunda posição e mantive-me segundo, terceiro, todo o rali. Houve uma altura da corrida que fiquei na luta com o Marc [Coma], mas depois com o problema no motor e os quinze minutos de penalização acabei por praticamente ficar fora dessa luta”, disse Paulo Gonçalves.
Hélder Rodrigues foi o português que mais etapas ganhou, mas acabou no 11º lugar. Mário Patrão não acabou devido a problemas mecânicos na sua Suzuki.
Nos quads, o vencedor foi Rafal Sonik, enquanto nos camiões a Kamaz voltou a dominar, desta vez com Ayrat Mardeev a ser o melhor.