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Nissan Qashqai 1.5 dCi 4×2 N-TEC

Artigo
Nissan Qashqai 1.5 dCi 4×2 N-TEC

Visão geral
Marca:

Nissan

Modelo:

Qashqai

Versão:

1.5 dCi 4x2 N-TEC

Ano lançamento:

2014

Segmento:

SUV

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.5 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

110/4000

Vel. máx. (km/h):

182

0-100 km/h (s):

11,9

CO2 (g/km):

99

PVP (€):

29 300

Gostámos

Equilíbrio global, Facilidade de condução, Prestações/consumos, Qualidade em progresso, Relação preço/equipamento

A rever

Pormenores de ergonomia, Versatilidade melhorável, Motor ruidoso

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Qualidade geral
7.0
Interior
8.0
Segurança
9.0
Motor e prestações
7.0
Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
9.0
Conforto
8.0
Equipamento
7.0
Garantias
6.0
Preço
9.0
Se tem pressa...

Dominador absoluto do segmento dos SUV compactos nos últimos anos, na sua nova geração, o Nissan Qashqai continua a ser a referência de uma classe cada vez mais concorrida. A versão 1.5 dCi N-TEC tem tudo para reunir as preferências dos portugueses – vale a pena descobrir porquê…

7.8
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Se é difícil fugir à tendência de evocar o seu antecessor sempre que se analisa a nova geração de um determinado modelo, no caso do Qashqai a tarefa é praticamente impossível. Afinal, ao fim de praticamente sete anos no mercado, com crescimentos de vendas constantes ano após ano, excepto no último, o SUV compacto nipónico não só serviu de tábua de salvação para a difícil situação em que o seu construtor se encontrava na época, como se tornou na referência incontornável de uma classe cada vez mais popular na Europa. Para a estatística ficam mais de dois milhões de unidades vendidas, 75% das quais no Velho Continente.

Com o Qashqai da nova geração a Nissan espera fazer ainda melhor, e tudo aponta para que essa ambição não seja assim tão difícil de concretizar. Desde logo porque a moda dos SUV compactos estará ainda longe de estar esgotada, não parecendo faltar mercado para este género de proposta; por outro lado porque, mais do que revolucioná-lo, a casa japonesa apurou o conceito, melhorando quase tudo o que havia a melhorar, mas de uma forma que, aos olhos do consumidor, deixa evidente que o Qashqai continua a contar com todos os trunfos que lhe garantiram o sucesso desde o seu lançamento, mas evoluindo de um modo que o torna impossível de confundir com o modelo original.

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Um breve olhar prova o muito que o novo Qashqai evoluiu face ao anterior em termos de design, mostrando-se mais “maduro” e marcante

Aliás, basta olhar de relance para o Qashqai da segunda geração para o perceber de imediato. As linhas exteriores estão bem mais sofisticadas, personalizadas, de algum modo até mais “adultas”, sendo impossível de confundir as duas gerações do modelo (também porque a primeira muito se esgotou visualmente por via de um parque rolante bastante vasto). Esta inquestionável evolução não só aumentou o apelo, como trouxe um maior dinamismo ao Qashqai, a que não será alheia a redução efectuada na altura do tejadilho, que lhe confere um perfil mais agressivo, complementado pela frente bem conseguida e por uma secção traseira dominada pelos farolins de novo desenho.

Igual patamar de evolução é patente, em termos de design, no interior, agora com uma aparência muito mais sofisticada. Mas tão, ou mais, importante é o progresso registado em termos de ergonomia, funcionalidade e, principalmente, qualidade. A esmagadora maioria dos materiais utilizados nas zonas mais expostas do habitáculo evoluíram notoriamente; o painel de instrumentos está mais bem arrumado, e oferece uma legibilidade muito superior; os espaços para arrumação de objectos cresceram em número significativo.

Ao volante, a posição é (como não poderia deixar de ser num veículo deste categoria) elevada, mas não excessivamente, e para tudo ser perfeito só era preciso o volante ser um pouco menos inclinado, já que as múltiplas regulações do banco e da coluna de direcção permitem a qualquer um encontrar facilmente a sua posição preferida. Os bancos são muito mais cómodos e envolventes, a bagageira passou a contar com 430 litros (mais 30 litros do que anteriormente), conta com piso duplo e um acesso razoavelmente correcto (se o plano de carga fosse um pouco mais baixo nada se perderia…), podendo ser ampliada mediante o rebatimento assimétrico das costas do banco posterior, que permite criar uma zona de carga plana.

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O habitáculo progrediu significativamente em termos de design como de qualidade e habitabilidade

O novo Qashqai teve ainda honras de estrear a nova plataforma CMF da Aliança Renault/Nissan destinada ao segmento C (a mesma que servirá o novo Pulsar e a futura geração do Mégane). Construída em aço, é cerca de 40 kg mais leve do que a anterior, dispõe de suspensão traseira por eixo semi-rígido nas versões 4×2, ou independente nas variantes 4×4, e dispõe de uma distância entre eixos 11 mm maior do que no Qashqai original. Se a isto se somar o aumento de 49 mm no comprimento exterior, a par de uma redução de 15 mm na altura, facilmente se percebe o motivo porque o novo Qashqai é um dos modelos com melhores cotas de habitabilidade da sua categoria excepto na altura atrás (no que foi uma clara concessão ao deisgn).

Pela positiva, referência ainda para o novo ecrã central de bordo, para controlo do sistema de infoentretenimento (apesar de táctil…), e onde são projectados os mapas do sistema de navegaçãoo ou as imagens da câmara de estacionamento traseira. A rever, a ausência de regulação longitudinal dos assentos do banco posterior (que permitiria usufruir de outra versatilidade no ajustamento da habitabilidade traseira/capacidade da mala em função das necessidades do momento); a adopção de botões sem iluminação (como os de comando dos vidros eléctricos); e a inevitável obsessão das marcas japonesas pela colocação de botões fora do alcance da vista e de acesso difícil, como acontece com os destinados a desligar os sensores de estacionamento, a escolher o modo preferido para o ESP e a inibir o funcionamento do sistema stop/start, colocados em baixo, à esquerda, atrás do volante.

Volta de 180° foi dada pela Nissan com o novo Qashqai ao nível dos dispositivos electrónicos de assistência à condução destinados a incrementar a segurança activa (disponíveis de série, ou em opção, consoante o nível de equipamento). O Châssis Control actua, através dos travões, de forma discreta, para corrigir alterações de trajectória, funcionando com uma espécia de “pré-ESP”; o sistema de anti-colisão frontal, quando detecta a eminência de um embate na traseira de outro veículo, emite um sinal sonoro e, no limite, efectua uma travagem de emergência; fazendo ainda parte do rol dispositivos mais “vulgares”, casos do assistente à manutenção na faixa de rodagem e do identificador de sinais de trânsito.

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O novo sistema de infoentretenimento é outro dos factores a merecer nota positiva no Qashqai da segunda geração

Em Portugal, a gama do novo Qashqai assenta em dois motores turbodiesel – 1.5 dCi de 110 cv e 1.6 dCi de 130 cv – e nos sistemas de tracção dianteira ou integral. Contudo, é óbvio que a esmagadora maioria das vendas passará pelas variantes 1.5 dCi de duas rodas motrizes, apostando forte a Nissan na versão aqui em análise, a dotada do novo nível de equipamento N-TEC, que combina um preço abaixo da barreira dos €30 000 com um equipamento de série por demais apelativo.

Actualmente na sua sexta evolução, o propulsor de 1,5 litros ganhau um turbo de geometria variável de menor inércia e uma nova gestão electrónica, atributos que lhe garantem um menor consumo combinado com um acréscimo de binário de 20 Nm – oferece agora 260 Nm a partir das 1750 rpm, estando 80% deste valor disponível logo a partir das 1500 rpm. Sendo um dos motores com melhor desempenho na sua categoria, esta unidade contribui decisivamente para o agrado de utilização em qualquer circunstância, graças a uma resposta franca a baixo regime que facilita a condução em cidade, ou à forma como celeremente sobre de rotação, depois de ganhar outro fulgor por volta das 2000 rpm, até perto das 5000 rpm.

A caixa manual de seis velocidades conta com um escalonamento propositadamente longo das duas últimas relações (em especial a última), para reduzir os consumos, pelo que as reprises são boas até à quarta velocidade, apenas correctas em quinta e já bastante demoradas em sexta, nitidamente uma mudança de prise. Vale à transmissão um comando suave, preciso e relativamente rápido quando é necessário à mesma recorrer com maior frequência. Indesmentível é que, quando comparado com propostas de outro calibre, e outro nível de rendimento, este Qashqai não tem grandes dificuldades em  fazer jogo igual (ou mesmo em batê-las) em termos de prestações, com nítida vantagem sobre elas ao nível dos consumos, por demais apelativos tendo em conta a sua relação peso/potência.

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O motor 1.5 dCi vai na sua sexta evolução e, à parte o seu funcionamento pouco silencioso, continua a ser um dos melhores da sua categoria

Como se tudo isto não bastasse, a eficácia do châssis é mais um factor que contribui fortemente para a óptima experiência que é conduzir o novo Qashqai 1.5 dCi. Com uma capacidade de travagem notável, dispõe ainda de uma direcção que, entre as assistidas electricamente (por sinal, com dois níveis seleccionáveis pelo condutor, embora não se note grandes diferenças entre eles), é das que melhor feeling oferece, mostrando-se bem mais precisa e informativa do que no Qashqai original.

Por seu turno, o conforto de marcha não é penalizado de forma óbvia pelo eixo traseiro pouco sofisticado, mesmo quando a qualidade do piso se degrada, residindo o único senão desta opção no funcionamento algo ruidoso da suspensão quando é obrigada a superar irregularidades mais exigentes. Ainda em termos de ruído, sinal mais para a evolução registada no domínio da insonorização, ainda assim insuficiente para disfarçar por completo aquela que será a área em que o motor revela menor brilhantismo, continuando o seu funcionamento ruidoso a invadir o habitáculo, em especial a frio e nos regimes mais elevados.

Quanto ao comportamento, haverá pouco a apontar a este Qashqai da segunda geração. Quem o encare como objecto de diversão pura ao volante (pretensão que, de todo, lhe assiste), porventura criticará alguma falta de envolvência quando sujeito a uma condução mais “radical”. Mas quantos dos seus potenciais compradores estão verdadeiramente preocupados com tal desempenho? Pela minha parte, posso adiantar que, quando conduzido da forma “civilizada” para a qual foi, assumidamente, criado, é um dos melhores representantes da sua categoria, combinando um elevado conforto com reacções sempre honestas e previsíveis, o que se traduz numa condução fácil, deveras agradável e extremamente segura, mesmo quando se impõem ritmos mais dinâmicos, ao ponto de rapidamente nos esquecermos estarmoS a bordo de um automóvel de altura superior ao habitual.

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A condução fácil, agradável e muito segura é um dos atributos mais impressionantes do novo Qashqai

E até quando se exagera o Qashqai não desilude, bem pelo contrário. Adoptando o modo do ESP que torna a sua intervenção mais  tardia, porém mais abrupta, as suas reacções continuam a ser muito naturais e progressivas, a frente mostra-se subviradora, mas não muito prematuramente, e a traseira tende a segui-la sempre com fidelidade. Inclusive nas transferências de massa mais imtempestivas, ou nas travagens em apoio mais violentas – pelo que o nunca perder a sua compostura estará longe de ser criticável num SUV compacto de duas rodas motrizes, com 110 cv, quase 1400 kg de peso e vocação nitidamente familiar…

Perante tudo isto, o novo Nissan Qashqai 1.5 dCi parece ter tudo para continuar a ser um dos automóveis preferidos dos europeus. É de tal forma equilibrado, que não é fácil apontar-lhe um defeito digno desse nome, mesmo por quem não é particular adepto do conceito SUV. A versão N-TEC analisada será das mais apelativas para o consumidor luso, pela forma como conjuga um preço competitivo com uma extensa dotação de equipamento, merecendo voltar a ser salientados os dispositivos de segurança activa. Contudo, para quem não possa dispor de verba tão substancial, não é demais lembrar que a oferta em Portugal tem início nos  €26 100 pedidos pela variante Visia com esta mesma configuração mecânica.

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Airbag para condutor e passageiro
Airbags laterais
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Châssis Control (inclui Controlo activo da trajectória+Controlo activo da condução)
Sistema anti-colisão frontal
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Fixações Isofix no banco traseiro
Assistência à manutenção na faixa de rodagem
Assistência aos arranques em subida
Identificador de sinais de trânsito
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Cruise-control+limitador de velocidade
Travão de estacionamento eléctrico
Bancos em tecido
Banco rebatível 60/40
Banco do condutor com regulação em altura+lombar
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Rádio com leitor de CD/mp3/tomadas USB+Aux/6 altifalantes
NissanConncet (inclui sistema de navegação 3D+ecrã táctil de 7″+Google Send-to-Car+Apps via smartphone)
Mãos-livres Bluetooth+streaming áudio
Sistema de acesso sem chave
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Tecto panorâmico
Luzes diurnas por LED
Faróis de nevoeiro
Assistente de máximos
Sensor de luz+chuva
Sensores de estacionamento FR/TR+câmara de estacionamento traseira
Jantes de liga leve de 17”
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit anti-furo

 

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zyrgon