Suzuki Vitara 1.4T Boosterjet Mild Hybrid 4×4 Allgrip GLX
Suzuki
Vitara
1.4T Boosterjet Mild Hybrid 4x4 Allgrip GLX
2020
SUV
5
Integral
1.4
129/5500
190
n.d.
6,2 (Combinado WLTP)
141 (Combinado WLTP)
30 395/31 095
Motor evoluído e disponível, Consumos, Comportamento, Desempenho fora de estrada, Habitabilidade, Relação preço/equipamento
Alguns materiais, Capacidade da mala mediana, Grafismo do sistema de infoentretenimento
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 190 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 9,7 |
0-400 m | 17,0 |
0-1000 m | 31,5 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 4ª | 6,5 |
Em 5ª | 10,1 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 5ª | 9,8 |
Em 6ª | 13,2 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 36,5 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 5,0 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 6,3 |
Cidade | 7,4 |
Média ponderada (*) | 6,7 |
Autonomia média ponderada (km) | 701 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1380 |
Largura atrás | 1320 |
Comprimento à frente | 1040 |
Comprimento atrás | 760 |
Altura à frente | 1020 |
Altura atrás | 950 |
Com o novo Vitara 1.4T Boosterjet Mild Hybrid 4×4 Allgrip GLX, a Suzuki introduz na gama do seu popular SUV, o modelo da marca mais procurado entre nós, a cada vez mais disseminada (e necessária, para fazer face às novas normas de proteção ambiental…) tecnologia híbrida. E o sistema mild hybrid associado ao seu motor 1.4 turbo a gasolina, e aquilo que com este mais directamente se relaciona, é mesmo a maior novidade apresentada pelo modelo após a mais recente evolução de que foi alvo, como o provará a análise detalhada a esta que é a sua variante de topo, em termos mecânicos como de equipamento.
Aliás, visualmente, por dentro como por fora, poucas são alterações apresentadas pelo renovado Vitara face ao seu antecessor. No exterior, pouco mais há a registar do que a adopção de opticas dianteiras por LED, agora propostas de série em todas as versões. No interior, praticamente nada mudou, merecendo aqui referência atributos como a generosa habitabilidade, inclusive no que ao espaço destinado às pernas de quem viaja atrás diz respeito; o correcto posto de condução, capaz de oferecer uma boa visibilidade para todos os sentidos; e a instrumentação clássica (à excepção do mostrador central digital a cores), muito informativa e legível.
Por oposição, características há que, a serem melhoradas, só beneficiariam o Vitara. É o caso do sistema de infoentretenimento, que oferece tudo o que se exige a este nivel, mas cuja operação e grafismo começam a ficar notoriamente datados; ou da capacidade da mal, não mais do que aceitável. Outro ponto que merecia ser revisto é o da qualidade dos materiais utilizadas, na sua maioria pouco nobres, embora, neste particular, o rigor da montagem e a perfeição dos acabamentos, típicos da Suzuki, permitam que mesmo nos pisos mais demolidores não existam grandes queixumes (leia-se: ruídos parasitas…), o que não deixa de ser extremamente meritório.
Como referido, o principal motivo de interesse do novo Vitara 1.4T Boosterjet Mild Hybrid é o seu motor a gasolina de 1,4 litros com injecção directa de gasolina, distribuição variável sobre a admissão e turbocompressor, agora combinado com uma solução mild hybrid denominada SHVS (Smart Hybrid Vehicle by Suzuki), assente num sistema eléctrico de 48 Volt e numa pequena bateria de iões de lítio, destinada a armazenar a electricidade gerada através da recuperação de energia em travagem e desaceleração. Com 129 cv de potência, e um binário máximo de 235 Nm (mais 15 Nm do que anteriormente, este motor vê o seu desempenho e a sua eficiência melhorarem por via do sistema SHVS, capaz de fornecer 14 cv extra em aceleração a baixo e médio regime, mas sem que a potência do conjunto superer nunca os mencionados 129 cv.
Significa isto que, nas solicitações mais exigentes, o que ocorre é o motor térmico ser menos solicitado do que o seria caso não estivesse acompanhado do SHVS, o que, naturalmente, se traduzirá num menor consumo para um mesmo nível de performance. E a verdade é que continua a ser notável a forma com estes pequenos motores da nova geração não cessam de surpreender pela positiva – no caso concreto, através de uma boa reposta logo desde os baixos regimes, que permite praticar uma condução calma e descontraída sem exigir excessivo recurso à caixa de velocidades, inclusive em cidade.
Com um funcionamento suave, e mesmo não sendo o mais silencioso da categoria (emite um ruído mais intenso a partir das 3000 rpm, mas sem que este seja totalmente desagradável ou demasiado incómodo), este conjunto motriz parece sempre ter mais do que 129 cv, agradando ainda pela elasticidade, energia e solicitude. E também convence no plano da economia, já que consegue registar consumos de muito bom nível, especialmente a velocidades moderadas e estabilizadas, mesmo em cidade não é nada guloso, acabando os valores obtidos por serem apelas ligeiramente superiores aos registado pela anterior versão 1.6 turbodiesel de 120 cv. A ritmos mais intensos, a média tenderá a aflorar os 8,0 l/100 km, superando ligeiramente os 10,0 l/100 km quando da mecânica se pretende retirar, em permanência, tudo o que esta tem para oferecer – valor que, ainda assim, também não serão nada de extraordinário.
Por outro lado, as prestações são mais do que dignas para um automóvel deste género, e com este nível de rendimento, muito contribuindo para que o Vitara 1.4T Boosterjet Mild Hybrid 4×4 Allgrip GLX consiga oferecer um desempenho não menos convincente a ritmos mais intensos, sobretudo quando seleccionado o modo de condução Sport. Aliás, a partir das 3000 rpm, o motor até parece ganhar novo folego, subindo de forma ainda mais fácil e decidida de regime até à red line, estabelecida às 6000 rpm, sendo com grande facilidade que se afloram os 200 km/h em estrada aberta, ou que se consegue impor uma toada mais itensa em traçados mais sinuosos, ou percursos com maiores variações de velocidade. Claro que, como as três últimas relações da transmissão, e especialmente a sexta, são um pouco mais longas, para poupar combustível, nestas circunstâncias acaba por ser necessário recurso com alguma frequência à suave, precisa e rápida q.b. caixa de velocidades, para manter o motor na faixa ideal de funcionamento.
Condicente com o voluntarismo da mecânica, o comportamento igualmente de nível superior, inclusive em estrada a ritmos inrensos. Apesar de a suspensão ser forçada a contar com um curso algo significativo (essencial para enfrentar as incursões fora de estrada), tal característica não prejudica excessivamente a eficácia em curva, pautando-se este Vitara pelos movimentos da carroçaria bem controlados, por uma frente precisa e suficientemente rápida, e por uma direcção que também convence, descrevendo as trajectória com eficiência e agilidade. Naturalmente que a elevada motricidade, mesmo nas solicitações mais exigentes, em boa parte garantida pelo sistema de tracção total Allgrip, presta aqui um importante contributo.
Domínio em que o Vitara 1.4T Boosterjet Mild Hybrid 4×4 Allgrip GLX também não renega os seus pergaminhos é quando o seu condutor decide enveredar por outros caminhos que não o asfalto. Sem ser um TT “puro e duro”, fora de estrada é bem capaz de surpreender os menos avisados, e na maioria das vezes irá mais longe do que aquilo que a maioria dos seus clientes tipo estará disposta a arriscar, pelo que as suas limitações tenderão a estar mais na coragem destes do que nas capacidades do próprio veículo.
Mesmo em situações mais exigentes, como cruzamento de eixos e pisos de muito fraca aderência, não se nega a progredir, sendo aqui determinantes factores como os ângulos característicos favoráveis, o peso contido e o sistema de transmissão integral para permitir aos mais afoitos algumas “acrobacias” inesperadas. Em especial quando totalmente desligado o controlo de estabilidade, e seleccionado o modo de condução Neve+Lock, que assegura uma repartição constante do binário de 50% para cada eixo a velocidades abaixo dos 60 km/h (tendo ainda o utilizador à sua disposição os modos Auto, para utilização quotidiana, e o modo Neve, em que o nome diz tudo).
Agora com um grupo motopropulsor ainda mais convincente, tanto em termos de performance como de consumo, o novo Suzuki Vitara 1.4T Boosterjet Mild Hybrid 4×4 Allgrip GLX continua a ser uma das propostas mais interessantes da sua categoria, e mais ainda para os que apreciam umas escapadelas por terrenos mais acidentados, tendo, provavelmente, como melhor definição o ser tão eficaz como os melhores SUV do seu segmento no asfalto, e melhor do que a maioria fora dele! Tudo isto com um elevado conforto de marcha em qualquer circunstância, e um posicionamento comercial que não deixa de convencer: apreçado em €30 395, beneficia de uma campanha de lançamento que lhe atribui um desconto de €2700, o que lhe permite acabar por ser proposto por €27 695, tanto mais competitivos quanto se atenta que a este valor está associado um muito completo equipamento de série.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1373 |
Diâmetro x curso (mm) | 73,0x82,0 |
Taxa de compressão | 10,9:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 129/5500 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 235/2000-3000 |
Alimentação | injecção directa |
Sobrealimentação | turbocompressor+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4175/1775/1610 |
Distância entre eixos (mm) | 2500 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1535/1505 |
Jantes – pneus (série) | 7Jx17″ – 215/55 (Continental ContiEcoContact5) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1275 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 9,88 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 375-710-1120/47 |
Transmissão | |
Tracção | Integral |
Caixa de velocidades | manual de 6+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica variável |
Diâmetro de viragem (m) | 10,4 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (n.d.) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (n.d.) |
Suspensões | |
Dianteira | MacPherson com triângulos transversais |
Traseira | Eixo semi-rígido |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/não |
Garantias | |
Garantia geral | 3+2 anos ou 150 000 km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 20 000 km |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Sistema de travagem de emergência em cidade
Controlo electrónico de descidas (HDC)
Assistente activo à manutenção na faixa de rodagem
Alerta de fadiga do condutor
Sistema de monitorização do ângulo morto
Sistema de leitura de sinais de trânsito
Assistente aos arranques em subida
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Fixações Isofix
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Cruise-control adaptativo+limitador de velocidade
Bancos parcialmente em pele
Bancos dianteiros reguláveis em altura
Bancos dianteiros aquecidos
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Vidros eléctricos dianteiros+traseiros
Vidros traseiros escurecidos
Rádio digital/leitor de mp3+ecrã táctil+entradas USB/Aux+6 altifalantes
Mãos-livres Bluetooth (telemóvel+áudio)
Comandos por voz
Sistema de navegação
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Ópticas dianteiras e farolins traseiros por LED
Faróis de nevoeiro
Sensor de luz+chuva
Sensores de estacionamento dianteiros+traseiros
Câmara de estacionamento traseira
Alarme
Tomada de 12 Volt na bagageira
Barras de tejadilho
Jantes de liga leve de 17”
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit de reparação de furos
Pintura metalizada bicolor (€700)